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Após quatro longas, finalmente podemos ver a reunião dos maiores heróis da DC Comics em um único filme. “Liga da Justiça” chega para reunir todos em vista da proteção da humanidade de um terrível ataque. Diferente do ambiente sombrio e dramático de “Homem de Aço” e “Batman v Superman”, o filme se aproxima mais do clima aventuresco de “Mulher Maravilha”.
Nisso, “Liga da Justiça” acaba
falhando. A troca de diretores é sentida. No início do filme vemos um visual
mais Zack Snyder, onde temos bastante do aspecto sombrio de Gotham, com o Batman
protegendo a cidade. Mas, infelizmente, tudo isso é esquecido ao longo da
história.
A alegria que parecia um acerto para
este filme, torna tudo muito exagerado com o passar da trama. Isso prejudica o
roteiro que apesar de tentar lidar com as consequências drásticas dos filmes
anteriores, mostra uma equipe que parece não estar em sintonia sobre o que
realmente acontece. Vemos inicialmente um Batman e Cyborg com problemas
psicológicos, mas que com o passar do longa são abandonados, sendo trocados por
um humor inexplicável. Ben Affleck não é um ator de comédia, Ray Fisher não
sabe fazer humor e Erza Miller de Flash é caricato demais, além de exagerar nos
caras e bocas.
A salvação fica para o carisma de
sempre de Gal Gadot como Mulher Maravilha e o visual “bad guy” de Jason Momoa
de Aquaman. O Aquaman até salva em alguns momentos, tendo ótimas falas,
principalmente quando impõe suas opiniões, mas nada tão marcante.
Mas e o Superman? A volta do Homem de
Aço, que era o momento mais esperado, é o ponto mais fraco do filme. Ao invés
do Superman clássico, estilo “Christopher Reeve”, que aparentava ser o
planejado, antes da estreia do filme, vemos um Clark confuso e com um visual
horrível, onde mostra o mesmo vestindo uma calça jeans. Isso tudo sem contar
nas “caras e bocas” que o ator Henry Cavill faz no momento das lutas. Em alguns
momentos faz o fã sentir saudade de Brandon Routh de “Superman o
Retorno”.
Sentiu falta do vilão? Lobo da Estepe
é o da vez. Ele comanda um exército de parademônios alienígenas que estão na
Terra em busca das Caixas Maternas. Não há muita interpretação. A simplicidade
disso que poderia ser algo positivo, encontra-se excessiva demais, onde o
personagem mostra uma falta de personalidade. Chega ao momento em que Zod em “Homem
de Aço” parecia gerar mais medo e impacto, do que o deste “malvado” no
filme da Liga. O Lobo da Estepe lembra um vilão da Marvel, onde nos esquecemos
dele assim que acaba o filme.
Sobre os efeitos, a substituição na
direção de Zack Snyder por Joss Whedon da pós-produção é sentida. O filme,
visivelmente, tem “dois pais”, onde temos ótimas cenas de ação ao mesmo tempo
em que vemos também um uso primário da computação gráfica, especialmente na
remoção do bigode de Henry Cavill e na construção do Lobo da Estepe. Ao
contrário de “BvS” e “Homem de Aço”, a fotografia
e a sequência não são nem um pouco memoráveis.
“Liga da Justiça” pareceu mirar em “Mulher-Maravilha”,
mas esbarrou em “Esquadrão Suicida”, onde vemos problemas de
identidade, erros primários e falhas visíveis. Personagens bons, mas que não
são bem aproveitados.
Resta a nós alguma esperança para o
futuro da DC no cinema?
Classificação: Ruim (2 de 5 estrelas)
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