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Mostrando postagens de março, 2021

Time (Prime Video) – Crítica

revistacinecafe.com A safra de documentários vem bastante forte, há um bom tempo. E, sem dúvida, “Time” já pode ser colocado nesse meio. A história acompanha a vida de uma mulher sozinha, que precisa cuidar de seus seis filhos, enquanto luta para a liberação de seu marido, que está preso. Nisso, o foco está mais em mostrar a complexidade do entendimento do sistema penitenciário norte-americano, em meio aos relatos de uma mulher, que teve uma trajetória, apesar de sofrida, louvável, se transformando numa líder social reverenciada. A direção de Garret Bradley nos convida para entrarmos dentro do mundo de Fox Rich e seus filhos, numa situação precária, mas que mesmo assim, na base de muita união, a esperança se mantém. O contexto inicial é a base de qualquer casal, Fox era apaixonada Rob, e juntos sonhavam em formar uma família estruturada. Mas o sonho foi interrompido, quando os problemas financeiros se agravaram e fizeram com que ambos tomassem medidas trágicas. Tal pon

Uma Canção para Latasha (Netflix) – Crítica

netflix.com Embalado por “Stand By Me” , de Bem E. King, o curta-metragem, original Netflix, “Uma Canção para Latasha” , apesar de focar em uma personagem, como diz o título, não deixa de representar a triste história de algumas pessoas negras, que tiveram um desfecho de vida desagradável, nos Estados Unidos. O foco é tentar dar uma emotiva, mas não sensacionalista, construção de jornada, a partir de animações e depoimentos de conhecidos de Latasha Harlins, assassinada em meio aos protestos de 1992, na cidade de Los Angeles, colocando a dor necessária a um fim de história dramática, de uma jovem de, apenas, 15 anos. Pelo lado técnico, o destaque fica para a direção, que se mostra sensível, mas sem deixar de expor o peso de uma vida, interrompida numa ação chocante. A intenção de provocar revolta no espectador é feita de maneira coerente, e sem muito exagero. Nota:  🌟🌟🌟🌟  (Ótimo)

Crip Camp: Revolução pela Inclusão (Netflix) – Crítica

falauniversidades.com.br Roteirizado e produzido pela dupla Nicole Newnham e Jim LeBrecht, com apoio da produtora Higher Ground, do casal Barack e Michelle Obama, em parceria com a Netflix, “Crip Camp: Revolução pela Inclusão” aparece como um forte candidato ao Oscar 2021, na categoria Melhor Documentário. Crip Camp é o nome de um local, situado em Nova York, que abrigava PCDs (Pessoas com Necessidades Especiais), entre os anos 50 e 70. Apesar desse intervalo, a história se inicia em 1972, com jovens chegando no Acampamento Jened, com o intuito de promover uma nova revolução libertária. Tudo, em volta de muita amizade. Todos compartilhavam brincadeiras, comida, relacionamentos e, principalmente, seus relatos de vida, num mundo que os “excluíram”. Aqui, eles podiam se sentir livres. Dando um contexto histórico, é bom lembrar que os anos 70 foram marcados como a época da luta por direitos civis, nos Estados Unidos. Viviam-se a era de transformações, após o fim do movimento h

Shaun, o Carneiro, o Filme: A Fazenda Contra-Ataca (Netflix) – Crítica

netflix.com Indicado ao Oscar 2021, na categoria “Melhor Animação”, “Shaun, o Carneiro, o Filme: A Fazenda Contra-Ataca , original Netflix, conta a história de uma alienígena que cai numa fazenda, e acaba fazendo amizade com Shaun, um carneiro. E agora, os dois precisam fugir de uma organização perigosa, que deseja capturar o extraterrestre. A direção é da dupla Richard Phelan e Will Becher, e a produção fica pela Aardman Animations, responsável pelos sucessos “A Fuga das Galinhas” (2000) e “Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais” (2004). Mesmo não tendo a mesma força do primeiro filme, a nova aventura é, no mínimo, divertida. Os maiores acertos estão nas referências cinematográficas, que animação brinca em homenagear. Clássicos como “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977) são apenas algumas delas. E mais, esses easter eggs não são gratuitos, todos eles auxiliam no andamento da trama. Porém, nem só de alegrias vive o filme. O

Liga da Justiça de Zack Snyder (Crítica)

tecmundo.com.br Um fenômeno bastante natural, na produção de um filme, é a retirada do primeiro corte, algo bruto, que consta todo o material filmado, onde o diretor vai lapidando, removendo a gordura do produto, até que se crie uma narrativa palatável para os espectadores. “Liga da Justiça de Zack Snyder” é isso, mas sem a última parte. Apesar de parecer longo demais, a nova versão, pelo menos, tem uma personalidade própria, algo oposto da vista em 2017. O longa original HBO MAX, traz Zack Snyder de volta ao controle da “Liga da Justiça” , dispensando tudo que lembre a refilmagem finalizada por Joss Whedon ( “Os Vingadores” ), sob a gerência da Warner, que exigia algo mais próximo a concorrente Marvel, no que vinha propondo. Apesar de todas as críticas, que muitas vezes são justas, ao menos, Snyder tem uma visão própria. Enquanto a Marvel sempre se caracterizou pelo seu lado humano, o diretor vê a Liga da Justiça como a reunião dos grandes deuses, misturando bem as mitologias

Um Príncipe em Nova York 2 (Prime Video) – Crítica

epipoca.com.br Algo bem recorrente, em Hollywood, são as sequências de filmes, que ninguém pediu. Muito disso, pela falta de criatividade, na maioria delas, e o excesso de nostalgia, em detrimento de algo novo. De positivo, para aqueles que tentam novas aventuras desse tipo, a baixa expectativa facilita. Pois bem, 30 anos após o lançamento do filme original, Eddie Murphy e Arsenio Hall retornam aos seus consagrados papéis. A nova trama, dirigida por Craig Brewer, que já havia trabalhado com Murphy, em “Meu Nome é Dolemite” (2019), volta a história de Akeem (Eddie Murphy), que segue casado com Lisa McDowell (Shari Headley), mas que acaba perdendo o pai, precisando assumir o trono. Em seguida, o novo rei de Zamunda descobre a origem de um filho bastardo, nos Estados Unidos, e decide, junto de seu fiel escudeiro Semmi (Arsenio Hall), voltar ao Queens, em busca de seu herdeiro. Com a ajuda de seus velhos amigos da barbearia, ele consegue achar o paradeiro de LaVelle Junson (Jermai

WandaVision (Disney+) – Crítica

olhardigital.com.br Você pode não ser um fã assíduo, mas, certamente, teve contato com algo do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), mesmo que indiretamente. De 2008 até 2021, o Marvel Studios, junto da sua “filial”, Marvel Television, produziram, ao todo, 23 longas e 11 séries, todos ligados aos quadrinhos da editora. Desde o fim da divisão televisiva, comandada por Jeph Loeb, ficou a dúvida se o estúdio daria exclusividade a produções cinematográficas. Porém, tudo mudou quando a Disney, que detém os direitos da Marvel, decidiu criar seu próprio serviço de streaming, o Disney+. A partir dali, foi prometido ao público poder usufruir de novas produções originais, exclusivas. Ainda mais, com o selo da gerência de Kevin Finge, presidente do Marvel Studios. Para a estreia do novo modelo de expansão, surge “WandaVision” , que com a oportunidade do formato, passou a expandir ainda mais o Universo, de forma palatável. A minissérie, que conta com direção de Matt Shakman e rote

Destruição Final – O Último Refúgio (Prime Video) - Crítica

coletivonerd.com.br Já deixo de antemão para você, que ainda não viu o filme, em questão, que "Destruição Final: O Último Refúgio"  é aquela velha receita, do longa de apocalipse natural. Temos além da ameaça, uma família unida, humanos egoístas, efeitos especiais, trilha sonora de impacto, diálogos pobres e uma lição a ser aprendida, no final. A história da vez aposta num thriller, focado num casal com problemas no relacionamento, tendo que serem obrigados a se abrigarem num bunker coletivo, para que consigam se proteger do impacto iminente de um cometa, que está prestes a se chocar com a Terra. A diferença da vez é que aqui, temos um pouco mais de honestidade, e menos pirotecnia. Ric Roman Waugh, diretor do longa, e o roteirista Chris Sparling, sabem de suas limitações, tanto na parte criativa quanto de orçamento, e focam no simples. Exemplo disso, temos a concepção das cenas de destruição, que sempre são colocadas pelo olhar dos personagens, ou por transmissões da mídia, q

Eu Me Importo (Netflix) – Crítica

nerdtrip.com.br Antes de começar, é importante deixar claro, para você, caro leitor, de que a classificação de “Eu me Importo” na sessão comédia, do recente Globo de Ouro, não é 100% fidedigna. Pois, na maioria do tempo, o filme contém cenas pesadas e de caráter “gore”. Porém, se formos pensar no gênero comédia como um estilo que se apega a uma direção mais rápida, uma linguagem pop e personagens carismáticos, talvez possa se justificar tal escolha de categoria. Resumindo, o filme é um “mix” de comédia e ação, sendo essa última puxada mais para o thriller. Embora pareça confuso, pois isso requer muito planejamento, “Eu me Importo” não decepciona. J Blakeson assina a direção, utilizando-se de uma dramaturgia simples, mas eficiente. A sua aposta de protagonismo está no clichê do “trambiqueiro carismático”. A bola da vez fica a cargo de Marla (Rosamund Pike), uma mulher fria e inteligente, que pratica golpes em idosos, ao se declarar tutora deles, se beneficiando da legislaç