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Mostrando postagens de junho, 2020

Bala Perdida (Netflix) - Crítica

br.blastingnews.com “Bala Perdida” , novo lançamento da Netflix, é um filme que possui uma narrativa simples e objetiva. A história começa com um homem, que deseja roubar uma joalheria, utilizando um carro fortificado. Porém, o plano dá errado e o ladrão é preso. Depois de um bom tempo na cadeia, ele é convidado pelo chefe da polícia, a usar o seu talento, para auxiliá-lo a fortificar as viaturas, como ajuda ao combate ao narcotráfico. Assemelha-se um pouco ao final de “Prenda-me se for Capaz” (2002). Tudo isso ocorre de forma simples e convincente. O diretor, e também roteirista, Guillaume Pierret, sabe de suas limitações e se concentra na ação, apostando em incríveis cenas de perseguição e nas ótimas coreografias de lutas. O roteiro se assemelha ao já conhecido do gênero, servindo mais para o lado da adrenalina, e menos na questão interpretativa. Nesse último quesito, está o maior defeito da produção. Pois, o elenco é muito limitado.  Outro problema está nos

Wasp Network - Rede de Espiões (Crítica)

adorocinema.com As diferenças entre Cuba e EUA começaram a tomar forma, sem dúvida, no início dos anos 60, quando o ditador Fulgêncio Batista foi deposto e Fidel Castro liderou a Revolução Cubana. Assim, os EUA, como resposta, decidiu bloquear o acesso à ilha, com o argumento de proteger o país de uma possível ameaça comunista. Nesse contexto é que se insere “Wasp Network – Rede de Espiões” , novo lançamento da Netflix, dirigido pelo francês Oliver Assayas ( “Personal Shopper” , “Horas de Verão” ), que foca em contar a história de desertores cubanos, que vivem em Miami, trabalhando para o FBI. A história começa sendo contada pelo ponto de vista de René (Edgar Ramirez), um piloto cubano que larga a família, em Cuba. Também é mostrada a trajetória de Juan Pablo Roque (Wagner Moura), um ex-militar, também cubano, que ficou famoso por ter nadado até a base de Guantánamo, em busca de asilo político. Como o próprio subtítulo do filme diz, o foco é nos espiões, e assim tr

7500 (Crítica)

empireonline.com “7500” é o mais recente suspense do Prime Video. E talvez, seja o filme mais irregular, na síntese da palavra, para se avaliar. Ele possui tudo o que um bom longa-metragem contempla. Temos boas atuações, direção firme e um roteiro correto. Porém, não empolga, por sempre parecer faltar algo a história. O enredo se inicia com terroristas armados, que atacam a cabine de comando de um avião, tentando sequestrá-lo. Para piorar a situação, a tentativa de invasão não possui êxito, de início, o que “obrigam” os sequestradores a matarem um passageiro, e manterem o resto da tripulação como refém. Como é visto, o plot do filme até parece interessante. O problema está no modo de contá-lo. A ação, principal chamariz do filme, se concentra dentro de uma cabine. Este “microambiente” é designado a nos ensinar tudo, desde o funcionamento da aeronave, até o que o número 7500, do título do filme, quer dizer. Assim, o sequestro se inicia, e nos prende, nos seus pr

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, formand

Destacamento Blood (Crítica)

jornalggn.com.br O trauma de uma guerra já foi, inúmeras vezes, trabalhado, na ficção. Normalmente, sendo visto na pele de um soldado, que tenta se readequar ao mundo atual, totalmente diferente. Porém, um erro bastante comum a esses filmes é a forma de tratamento único. Assim, o diretor Spike Lee, em “Destacamento Blood” (2020), procura nos dar outro lado, mostrando inúmeras visões de uma mesma guerra, com alguns tendo conseguido seguir em frente, e outros soldados carregando um trauma forte, por muitos anos. Na parte do roteiro, a aposta vai para dividir a trama em dois momentos, misturando passado e presente, procurando ressaltar a amizade de um grupo de soldados negros, que tiveram que repetir uma missão, que fizeram, há muito tempo. A viagem, porém, acaba, como em qualquer filme, trazendo desafios, não antes planejados, que promovem ao espectador conhecer o psicológico dos personagens, dando força as suas relações, entre os amigos e familiares. Trata-se de um “f

The Last Days of American Crime (Crítica)

observatoriodocinema.uol.com.br Já começa a ser uma tarefa complicada começar a avaliar um filme, cujo título é traduzido, em português, como “os últimos dias de crime americano”. Senão bastasse o exagero, em propor o fim da criminalidade em um local, usar 2h30 foi cansativo para o espectador. Misturando ação, dentro de um futuro distópico, o enredo é tirado de um quadrinho, roteirizado por Rick Remender, que foca na história do assaltante Graham Bricke (Edgar Ramirez), que acabou de receber a notícia de que seu irmão, Rory (Daniel Fox), cometeu suicídio na prisão. Passado o trauma, ele conhece Shelby Dupree (Anna Brewster), uma mulher misteriosa que o convida para participar de um “mega assalto”, junto do seu noivo, Kevin Cash (Michael Pitt). Tudo isso, em volta de uma lei federal, que permite o teste de um implante em criminosos, que quando ativados, permitem o bloqueio de suas ações, quando estão prestes a cometer um crime. E esse tal “mega assalto”, já dito, precisa

A Vastidão da Noite (Prime Video) - Crítica

cosmonerd.com.br Nos primeiros minutos, já é possível perceber que “A Vastidão da Noite” irá apostar no tom mais próximo do visto no seriado “Além da Imaginação” , numa espécie de episódio piloto, dirigido por Steven Spielberg ( “ET – O Extraterrestre” ). E até que funciona! Assim, desde o início, o diretor Andrew Patterson, estreante na função, não deixa de esconder suas referências. Pelo contrário, vemos tudo da cultura pop, dos anos 80, mencionada de maneira respeitosa. E mesmo com esse olhar para o passado, Patterson consegue ousar, principalmente na sua maneira de contar a história e filmar. O enredo se passa durante uma partida de basquete, que movimenta Cayuga, uma cidade pequena, “estilo Interior”. Enquanto quase todos estão presentes nesse grande evento, a telefonista Fay Crocker (Sierra McCormick) e o radialista Everett Sloan (Jake Horowitz) precisarão trabalhar. E durante o momento em que toda a cidade desfruta da partida, os dois acabam percebendo interferênc