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Mostrando postagens de novembro, 2020

Era Uma Vez Um Sonho (Netflix) - Crítica

observatoriodocinema.uol.com.br Depois da Prime Video lançar “Borat 2: Fita de Cinema Seguinte” , em pleno ano eleitoral, temos o “outro lado da história” sendo contado, pela adaptação da obra de J.D. Vance, que também chega ao streaming. Dando um contexto maior, para quem não sabe, “Era Uma Vez Um Sonho” , mais novo lançamento da Netflix, vem de um livro de memórias escrito por Vance, onde relata suas memórias, que podem ser, totalmente, relacionadas ao estilo de público, que elegeu Donald Trump a presidente dos EUA, em 2016. O “orgulho do interior”, algo muito característico do americano médio, pode ser visto de modo positivo ou negativo, dependendo da sua interpretação. Esse tipo de abordagem não é tão incomum. Stephen King, por exemplo, utilizou-se, em diversas de suas obras, temas como alcoolismo, masculinidade tóxica, vícios e questões armamentistas. Na história da vez, Vance não esconde como a sociedade conservadora, na qual conviveu, é responsável por parte de sua personalidade

Mulan (2020) – (Disney+) - Crítica

medium.com A Disney, nos últimos anos, tem apostado alto no “gênero” live-action, tentando reviver suas grandes animações. Esse tipo de remake tem feito muito sucesso, com uma bilheteria alta, embora tenha dividido a percepção crítica das obras.   E a mais recente aposta do estúdio está em “Mulan” , que teve uma estreia diferente, em virtude da pandemia da COVID-19, tendo seu lançamento dividido entre o cinema e o serviço de streaming, Disney Plus.   Infelizmente, isso pode pegar no julgamento da obra, já que se trata do remake, da Disney, de maior orçamento, passando os US$ 200 milhões, e muito da sua técnica não possa ser tão sentida, em casa.   Indo para o filme em si, “Mulan” é um épico, que busca cativar o espectador pela emoção, apostando numa paleta de cores forte e uma bonita fotografia. Porém, isso pode ser um artifício barato para esconder os problemas do roteiro.   Se na animação original, de 1998, Mulan se mostrava uma mulher vanguardista, defendendo sua fa

Mentira Incondicional (Prime Video) - Crítica

guiadostreaming.com.br Se tem uma palavra que define a produtora Blumhouse é diversidade, pois ela aposta em projetos de diferentes estilos. Desde franquias de terror “clássico”, como “Halloween” (2018), até produções de Oscar, como “Corra” (2017) e “Infiltrado na Klan” (2018). Assim, o dono da empresa, Jason Blum, resolveu continuar o estilo de dar espaço a cineastas iniciantes, com ideias criativas. Porém, é muito difícil que esses acertos se repitam, sucessivamente. Assim, “Mentira Incondicional” , uma parceria da empresa com o Prime Video, mostra que é possível errar, mesmo quando a intenção é a melhor possível. Indo para a história, temos a jovem Kayla (Joey King), que enfrenta um processo difícil, decorrente do divórcio de seus pais, Jay (Peter Saarsgad) e Rebecca (Mireille Enos). Nesse meio tempo, a garota começa a se mostrar mais melancólica, tendo também comportamentos fora do padrão. Para piorar, a menina é tida como a principal suspeita do assassinato da melhor amiga, Brit

O Que Ficou Para Trás (Netflix) - Crítica

tribunapr.com.br O terror, talvez, já possa ser considerado o gênero que mais cresceu, nos últimos anos. Muito por ter integrado conflitos sociais, em várias de suas obras. Diretores tem se utilizado disso para expressar suas angústias, como o racismo e a violência, algo já comum no horror.   Nessa esteira, temos “O Que Ficou Para Trás” , distribuído pela Netflix, e dirigido por Remi Weekes, que se prova um terror mais reflexivo. Não espere apenas sustos, mas também um debate sobre desigualdade social.   A trama nos convida a seguir o casal Bol (Sope Dirisu) e Rial (Wunmi Mosaku), refugiados do Sudão, que buscam uma casa na Inglaterra. Ao chegar na Terra da Rainha, o governo local lhe designa uma residência.   Porém, o sonho de uma vida nova acaba tornando-se um pesadelo, quando o casal descobre que sua nova casa está sendo assombrada por espíritos demoníacos. Isso, motiva os dois a pedirem uma nova moradia, porém o medo da deportação, os impede. Assim, eles devem enfrentar

Noturno (Prime Video) - Crítica

clubedapoltrona.com.br Juliet (Sydney Sweeney) é uma menina ambiciosa, que só pensa em alavancar sua carreira musical. Principalmente, superando sua irmã gêmea, Vivian (Madison Iseman). Com medo de perder a vaga na Universidade, ela acaba vendo sua sorte mudar, quando encontra uma partitura misteriosa, que lhe oferece o caminho do sucesso, mas que cobra um preço alto. Assim, nasce a premissa de “Noturno” , um terror psicológico, que lembra muito “Cisne Negro” (2010), ao explorar os sacrifícios, que muitos fazem pela arte, mesmo que estes os levem para um “lado mais sombrio”. A direção e o roteiro ficam a cargo da estreante, Zu Quirke. Mesmo iniciante, conseguimos notar personalidade, em seu trabalho, muito pela construção de belos planos-sequências, inseridos na fotografia de Carmen Cabana, que nos passa um clima, além do sombrio mencionado, melancólico, utilizando-se de tons frios. E mesmo que conte com personagens sem muita profundidade, o roteiro consegue focar bem em Juliet, que p

Rebecca - A Mulher Inesquecível (Netflix) - Crítica

netflix.com Ben Wheatley é um diretor bem irregular, nas suas obras. Sua carreira é marcada por acertos, como em “Kill List” (2011) e “Turistas” (2012), mas também por pérolas, visto “No Topo do Poder” (2015) e “Free Fire” (2016). A obra da vez, “Rebecca: A Mulher Inesquecível” , trata-se de uma nova adaptação do romance, de mesmo nome, escrito por Daphne du Maurier. Nesta nova transposição, temos Lily James, vivendo uma plebeia inglesa, que acaba se apaixonando por um homem rico, chamado Maxin de Winter (Armie Hammer), que esconde um grande mistério. Vale lembrar que essa história já foi mostrada, nos cinemas, pelas mãos de Alfred Hitchcock, em 1939, num longa de mesmo nome, que ainda rendeu, ao diretor, o Oscar de Melhor Filme, no ano seguinte. Entretanto, a obra de Wheatley é um pouco diferente. O novo filme procura focar na “competição” entre a esposa “viva” e a “morta”, se aproximando mais do sobrenatural. Mesmo assim, o novo diretor não consegue ir além, pois se mostra muito