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Juliet (Sydney Sweeney) é uma
menina ambiciosa, que só pensa em alavancar sua carreira musical. Principalmente,
superando sua irmã gêmea, Vivian (Madison Iseman).
Com medo de perder a vaga na
Universidade, ela acaba vendo sua sorte mudar, quando encontra uma partitura
misteriosa, que lhe oferece o caminho do sucesso, mas que cobra um preço alto.
Assim, nasce a premissa de “Noturno”, um terror psicológico, que lembra
muito “Cisne Negro” (2010), ao explorar os sacrifícios, que muitos fazem
pela arte, mesmo que estes os levem para um “lado mais sombrio”.
A direção e o roteiro ficam a
cargo da estreante, Zu Quirke. Mesmo iniciante, conseguimos notar personalidade,
em seu trabalho, muito pela construção de belos planos-sequências, inseridos na
fotografia de Carmen Cabana, que nos passa um clima, além do sombrio
mencionado, melancólico, utilizando-se de tons frios.
E mesmo que conte com personagens
sem muita profundidade, o roteiro consegue focar bem em Juliet, que possui motivações
plausíveis, e que nos faz questionar, se ela não está do lado certo da
história. Além do roteiro, não podemos deixar de lado, a excelente performance
de Sydney Sweeney, no papel da protagonista. A atriz transmite, pelo olhar, sua
ambição e o efeito, que o sobrenatural exerce nela. Sobre os coadjuvantes,
mesmo sem tanto espaço, Madison Iseman e John Rothman cumprem bem o papel,
quando solicitado.
Um defeito que incomoda, principalmente
no andamento da trama, são os diálogos, muitos rasos, que chegam quase a desbancar
um melodrama exagerado, mas que, no final, conseguem voltar ao seu eixo. Além
disso, a falta de originalidade, combinada com o excesso de simplicidade, faz o
espectador ter a sensação de uma boa história, mas que não vinga o esperado.
Mesmo assim, a excelente
atuação de Sweeney é de se aplaudir, e faz com que “Noturno” se
torne um ótimo passatempo, ainda que desperte o pior que há em nós.
Nota: 🌟🌟🌟 (Ok)
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