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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Soul (Disney+) – Crítica

uol.com.br Ao menos uma vez na vida, você deve ter perguntado, a si mesmo, o porquê da sua existência, ou, até, para onde vamos, após a morte. Mesmo que seja um desafio grande, que varia de pessoa para pessoa, a resposta, muitas vezes, chega de forma indireta, e nem percebemos. E nesse jeito, não verbalizado, de se encontrar um “porque” de tudo, a Pixar apresenta “Soul” , novo filme, exclusivo do Disney+, que busca responder essas questões filosóficas. Tudo isso, partindo da história de Joe (Jamie Foxx), um músico frustrado, por não ter conseguido, ainda, atingir seu sonho. É importante dizer, que apesar do tema sério, o humor/criatividade da Pixar está presente. A sequência inicial, que mostra a morte de Joe, algo que não se configura spoiler, pois trata-se do plot , é feita com um sarcasmo, que transforma tudo como algo “natural” da vida. O encontro do protagonista com uma “luz no fim do túnel”, representada por um ponto branco em volta ao preto, gera, imediatamente, uma

A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Crítica

institutodecinema.com.br Apesar de lançado só agora, em dezembro, “A Voz Suprema do Blues” respira muito do que foi visto, no mundo, em junho desse ano, nas manifestações americanas, do Black Lives Matter . O diretor do filme, George C. Wolfe, inclusive, declarou que seu desejo inicial era lançar já naquela época. Porém, foi convencido pelos produtores de que era melhor ser jogado para dezembro. E mesmo com a “briga” de datas, o texto correto e o elenco afiado ainda mantem a força que o filme vende. Baseado numa peça, de mesmo nome, de August Wilson, Wolfe nos convida, em seu filme, para a Chicago de 1927, mais especificamente, num estúdio simples, onde não há ventiladores, e o calor sentido lá, acaba acentuando a tensão, em quem trabalha nesse ambiente. Lá, estão Ma Rainey (Viola Davis) e sua banda, prontos para a gravação de seu mais novo disco. Porém, o, já citado, calor esquenta os nervos de todos presentes, levando a um clima pesado, principalmente entre a “Mãe do Blue

The Mandalorian (Disney+) – 2ª temporada (Crítica)

tekimobile.com Sem dúvidas, a maior surpresa audiovisual de 2019 foi “The Mandalorian” , série do Universo Star Wars, no Disney+. Apostando no faroeste, a história é protagonizada pela dupla Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu/Baby Yoda/A Criança, que sempre se mostraram personagens, extremamente, carismáticos. A direção não poderia ter melhor responsável do que Jon Favreau, que com auxílio de sua equipe, conseguiu explorar bem o desconhecido dessa galáxia tão distante, algo que a Trilogia “Sequel” pecou em não abordar. Bem como a primeira temporada nos vende uma série de faroeste , estilo “Clint Eastwood”, a segunda resolveu evoluir, abrindo o leque de possibilidades. Tivemos episódios de Terror, Samurai, Suspense, Assalto, cada um com uma identidade própria, mas que conseguiu ter coesão com a história principal. Ou seja, o melhor dos mundos. E para aqueles que reclamam do uso de fan service , “The Mandalorian” prova que usando-o, de maneira correta, sem se perder, é possível agradar a

Mulher-Maravilha 1984 (Crítica)

observatoriodocinema.uol.com.br Muitos vão dizer que é exagero, mas “Mulher-Maravilha 1984” é o filme perfeito para encerrar 2020. Num ano dominado pela pandemia, que nos tirou pessoas e diversões, que bom foi voltar ao cinema. O filme conta com o retorno, na direção, de Patty Jenkins, que entendeu bem o contexto e se propôs a tentar transmitir uma mensagem esperançosa, de que o mundo ainda tem jeito. Mas todo esse belo discurso não funcionaria, senão tivesse, ao seu lado, uma narrativa amarrada, que abraça o carisma da personagem, se distanciando ao máximo do tom “Snyderiano”, visto no filme anterior.   É sempre bom lembrar que em 1941, o criador da Mulher Maravilha, William Moulton Marston, já ressaltava a personagem como um contraponto ao excesso de brutalidade, vista no resto dos super-heróis. Aqui, temos uma super-heroína com o princípio básico da função: Altruísmo.   Assim, Diana (Gal Gadot) volta as telonas, agora nos anos 80, trabalhando num Museu, em Washington, vivendo

O Som do Silêncio (Prime Video) – Crítica

twitter.com O que é o silêncio para você? São inúmeras vertentes, que você pode se apegar, seja pelo lado da religião, algo como a paz, ou segredo, solidão, entre outras definições. O diretor, estreante, Darius Marder traz “O Som do Silêncio” , novo lançamento do Prime Video, que permite ampliar esse debate.   A história é concentrada na vida de Ruben (Riz Ahmed), um baterista, que vai perdendo sua audição, aos poucos. Ao seu lado, ele conta com Lou (Olivia Cooke), sua namorada, que toca ao lado dele, numa banda de rock. O casal mora num trailer e viaja, em turnê, por todo país, fazendo pequenos shows. Porém, a surdez de Ruben aumenta, fazendo com que a dupla interrompa seu cronograma e vá procurar atendimento médico.   Daí, vem o pontapé de toda jornada: Ruben descobre que perdeu 80% da audição. E para dar peso ao drama do protagonista, o diretor, antes da revelação, faz de tudo para destacar os pequenos sons, que compõem o nosso dia a dia, seja o liquidificador, a cafeteira,

Tudo Bem no Natal que Vem (Netflix) – Crítica

jornadageek.com.br Hollywood já é um velho conhecido produtor de filmes natalinos. Mas e no Brasil? Por que não temos o mesmo fenômeno? Mesmo que aqui não tenha neve, a celebração familiar, combinada a famosa ceia, se repete. E tentando se apoiar a um estilo mais brasileiro de comemorar, a Netflix lança “Tudo Bem no Natal que Vem” , com Roberto Santucci, na direção, além de Paulo Cursino, no roteiro, e é claro, Leandro Hassum, como protagonista. O trio, por sinal, já se conhece há bastante tempo, pois trabalharam juntos em “Até que a Sorte nos Separe” (2012) e “O Candidato Honesto” (2014). A história da vez tem como centro, Jorge (Hassum), um homem que incorpora Grinch, e se assume como o ser que odeia o Natal. O motivo disso vem pelo seu aniversário se comemorar também no dia 24 de dezembro, e nunca ter tido tanta relevância para a família. Como o protagonista diz: “Como dividir o espaço com o outro aniversariante, esse tal de Jesus Cristo?” No momento atual, mais velho,

Emicida: AmarElo - É Tudo pra Ontem (Netflix) – Crítica

tribunapr.com.br “Emicida: AmarElo – É Tudo pra Ontem” é um documentário que faz jus ao título. O filme é extremamente objetivo e conciso, misturando a gravação de um show do rapper, em novembro de 2019, com um retrato histórico/sociológico sobre a influência de diversos nomes importantes da comunidade negra, no Brasil. Emicida ganha, aqui, uma função dupla de protagonista/narrador, onde ele personifica uma fala mansa, transmitindo uma racionalidade bastante necessária, nos dias de hoje. O filme já começa com a infância de Emicida, onde o menino magro aprende sobre MPB. O documentário aposta mais na construção do “mito negro”, do que nos bastidores do show. Emicida, durante todo o tempo, faz esse belo exercício, indo por vários aspectos filosóficos, passando por Mateus Aleluia, vindo da sua referência africana, até o pastor Henrique Vieira, promovendo assim uma “ponte harmônica” entre o cristianismo e o candomblé. A religião, por sinal, é o centro do filme, mostrando Emicida como o Me

Cercados (GloboPlay) – Crítica

youtube.com “Cercados” , novo documentário original da GloboPlay, traz bastante informação. O projeto comandado por Caio Cavechini, mergulha sobre o caos que o Brasil sofreu, desde o início da Pandemia da COVID-19, até o fim deste ano. Ainda que se mostre um projeto interessante, o ritmo é desequilibrado e prejudica na intenção promovida. Com muitos pontos de vista, a narrativa aposta no vai e vem, e perde um pouco do seu andamento. Não há um foco claro, a história parece querer abraçar tudo relacionado a pandemia, como a Política, a Doença em si, o trabalho dos médicos, dos jornalistas, as Fake News , e assim não acha um meio claro de abordagem. Até que isso tudo poderia ser colocado, se Cavechini conseguisse realizar uma montagem mais satisfatória. As passagens não possuem fluidez. Fica a sensação de que se a Globo tivesse apostado numa série, com cada episódio focando num aspecto da Pandemia, seria uma decisão melhor. Só para se ter uma ideia, “Cercados” começa Nelson Teich, ex-Min

Rosa e Momo (Netflix) – Crítica

entreterse.com.br   O diretor Edoardo Ponti, em parceria com a Netflix, traz uma nova adaptação de uma obra Romain Gary, que já havia sido vista nas telonas, em 1977, chamada “Rosa e Momo” . Ambientado na Itália, mais precisamente na cidade de Nápoles, o filme busca o interior, focando no dia a dia dos moradores, de forma romântica. Aqui, temos diversas jornadas, desde peixeiros, passando por feirantes, médicos, e até mesmo as prostitutas ganham espaço. E nesse cenário bastante plural, o longa aposta no protagonista Momo (Ibrahima Gueye), um garoto de apenas doze anos, que acaba tendo que roubar para sobreviver. Sua vida muda, quando encontra Dr. Coen (Renato Carpentieri), um médico da região, que acaba abrigando o menino. Momo não possui uma perspectiva de futuro, pois não teve uma família como base, já que perdeu sua mãe, recentemente. Tudo muda, quando o jovem acaba roubando dois castiçais de uma senhora. A senhora, em questão, trata-se de Rosa (Sophia Loren), uma ex

Mank (Netflix) - Crítica

ultraverso.com.br O “maior” filme de todos os tempos, segundo o IMDB, trata-se de “Cidadão Kane” (1941). Apesar de glorificado, a produção do longa não escapou de polêmicas e atrasos. Polêmicas essas como o boicote promovido por William Randolph Hearst, até a “difícil” decisão de quem merece os créditos do roteiro: Orson Welles ou Herman Mankiewicz. E para "defender" Mankiewicz, o diretor David Fincher lança seu novo filme, “Mank” , distribuído pela Netflix.   Evidentemente, o filme não se propõe discutir só isso.  Trata-se também de um estudo de personagem, onde Mank, vivido por Gary Oldman, precisa se controlar e interagir, da maneira mais agradável possível, com as pessoas que passam por sua vida. Tudo isso, ambientando na década de 30, durante a Grande Depressão.   Para dar um toque vivo, Fincher remonta o estilo cinematográfico da época. Tudo, apesar de filmado no digital, possui um tratamento de película antiga. O som vem de apenas um canal, assim como a trilha

Se Algo Acontecer… Te Amo (Netflix) – Crítica

oitomeia.com.br “Se Algo Acontecer... Te Amo” ( “If Anything Happens, I Love You” ) é o mais novo curta-metragem da Netflix, produzido pela Gilbert Films, com direção de Will McComarck e Michael Govier. Mesmo sem diálogo, o filme tem uma belíssima trilha sonora, que dá um toque delicado e artístico a uma incrível obra.              As primeiras imagens propõem uma história sobre o distanciamento de um casal. Nisso, o curta foca nas lembranças dos personagens, se encerrando com uma lição sobre perda. O que se destaca aqui é a forma simples e bonita de relatar seu conto, onde a arte se sobressai, mesmo com um roteiro simples. O filme é emocionante e nos dá várias lições, que remetem a uma reflexão interessante. E pra fechar, o seu encerramento, criticando a questão armamentista americana, torna a discussão bastante necessária. Assim, fica a dica, pois os doze minutos de filme é um belo exemplo de como a simplicidade da vida deve ser sempre discutida e posta em prática. No

A Fera (Netflix) – Crítica

ultraverso.com.br A Netflix apresenta um novo thriller de ação. Produzido na Itália, “A Fera” é uma compra adquirida da Warner Bros, em virtude do fechamento dos cinemas, decorrente a Pandemia da Covid-19. Embora tenha sido planejado para as telonas, a qualidade/padrão assemelha-se muito ao visto no streaming. Aqui, acompanhamos a história de Leonida Riva (Fabrizio Gifuni), um veterano de Guerra, que se encontra mal psicologicamente, após ter abandonado sua própria família. Escolha essa, com objetivo de protegê-la, mesmo contra a vontade da esposa e dos filhos. Anos depois, quando sua filha caçula é sequestrada, Riva traça uma missão de busca pessoal, não sem importando com sua segurança, somente em salvar a quem mais ama. Embora trata-se de um clichê bastante saturado, utilizando-se de investigação, perseguições e ações de heroísmo, o filme consegue construir tudo, de maneira, até que, orgânica. Porém, nada chama muito a atenção. Se buscarmos de memória, até longas, desse estilo, que