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Mostrando postagens de novembro, 2021

A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

loucosporfilmes.net Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção. Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor. A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável. Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador. A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protag

Ferida (Netflix) – Crítica

netflix.com Halle Berry estreia na direção em “Ferida” , novo drama esportivo da Netflix. Aqui, temos o básico da superação, que está presente em qualquer longa, que envolva esporte. Essa repetição não seria problema algum, se o roteiro, de Michelle Rosenbarf, não fosse tão acelerado. “Ferida” acompanha a história de Jackie Justice (Halle Berry), uma ex-lutadora de MMA, que após um início promissor, decide aposentar as luvas, sem muitas explicações. Atualmente, ela passa por um momento conturbado na relação com seu marido, Desi (Adam Canto), que dá entender é o que a mantém em pé, já que Jackie está sempre a procura do conflito, principalmente, após sua aposentadoria. Certo dia, ela é convidada por Desi, para acompanhá-lo numa luta, onde a atleta que ele empresaria, está presente. De repente, sem muita explicação, Jackie se envolve numa briga, no local, que acaba viralizando, na internet. Isso faz com que um outro empresário a veja e convide-a para enfrentar a atual campeã, La

Ghostbusters: Mais Além (Crítica)

cinepop.com.br Mais do que fantasmas, os cinéfilos tinham medo eram das continuações de “Caça-Fantasmas” (1984), que no filme original era estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Erine Hudson, com direção de Ivan Retiman.   Depois de tantas decepções, em suas sequências, será que precisaríamos de mais uma? A Sony acreditava que sim, e lançou “Ghostbusters: Mais Além” , que tenta homenagear o original, mas também seguir em frente, como o possível início de novas aventuras.   Na trama da vez, iniciamos com uma mãe viúva e seus dois filhos sendo obrigados a se mudarem, para uma casa isolada, no interior. Localizada na fazenda do avô das crianças, se descobre que o local possui uma ligação com o Universo dos Caças-Fantasmas.   A direção de “Ghostbusters: Mais Além” fica a cargo de Jason Reitman, filho do diretor dos originais, que recebe a incumbência de retomar a franquia do pai. Embora pareça apenas uma escolha pelo parentesco, é importante ressaltar que ele vem de traba

Tick, Tick...BOOM! (Netflix) – Crítica

netflix.com Já dizia o samba clássico da Mocidade Independente de Padre Miguel, agremiação do carnaval carioca: “Sonhar não custa nada” . A busca do sonho, a partir do nosso imaginário, com um protagonista persistente é algo muito batido, no cinema. O mais recente projeto, que usa esse tema, é “Tick, Tick...BOOM!” , desenvolvido por Lin-Manuel Miranda, que mantém a fórmula conhecida, de acompanharmos o desafio de um personagem para atingir algo, passando por suas dores. Aqui, a obra se inspira na autobiografia de Jonathan Larson, sendo interpretado por Andrew Garfield. Larson é um compositor, que recentemente completou 30 anos de idade. Nunca tendo atingido o estrelato, ele planeja sua cartada final ao produzir um novo musical. O entorno de Jon é o mais interessante, pois abraça a melancolia dos anos 90, em meio a explosão de casos de HIV. Porém, isso é meio que desperdiçado, já que a trama prefere focar nos relacionamentos comuns do protagonista com sua namorada, algo bem

Noite Passada em Soho (Crítica)

cinepop.com.br Soho é um bairro de Londres, caracterizado pelo seu aspecto cultural e suas luzes neons, que junto dos seus famosos restaurantes, dão o diferencial do lugar. As conhecidas ruas de Soho podem ser vistas, como cenografia principal, no novo filme do diretor Edgar Wright, “Noite Passada em Soho” . Os fãs do diretor, certamente, já estão acostumados com o aspecto próprio de Wright, que ele sempre trouxe em sua filmografia. Na trilogia Corneto, temos a sua quebra da fórmula convencional, em “Scott Pilgrim Contra o Mundo” , sua adoração pela Cultura Pop, e em “Baby Driver” , seu amor pela música. Além disso, todos os seus protagonistas são caracterizados como adolescentes complexados, que precisam deixar o passado, para viver de forma plena, no seu presente. Agora, jogue isso numa fotografia neon, inspirada no cinema italiano, e chegamos em “Noite Passada em Soho” . Seu enredo é centrado em Eloise (Thomasin Mackenzie), uma menina tímida, que sai do interior da Ingla

Marighella (Crítica)

casadocinemabrasileiro.com “Marighella” é o primeiro filme dirigido por Wagner Moura, mais conhecido como um dos grandes atores do cinema nacional. Aqui, sua proposta, por trás das câmeras, é simples: Defender a liberdade de pensamento de seus personagens, mesmo que discordamos deles, em alguns momentos. A fotografia usada, inclusive, opta pelo uso de planos mais fechados, tentando sempre captar as reações de todos. Isso fica mais nítido, quando se insere o espectador dentro da resistência, proposta pelo grupo armado, liderado pelo personagem-título, uma figura histórica brasileira, contra a ditadura militar. Embora, apesar de estar num período histórico definido, o filme amplia a discussão para qualquer luta contra opressão, tendo como seu maior representante seu protagonista, o político, escritor e guerrilheiro comunista, Carlos Marighella. É bom salientar que, aqui, não temos uma cinebiografia clássica. Seus 155 minutos focam mais no contexto histórico, do que, necessar

Alerta Vermelho (Netflix) – Crítica

indianexpress.com Se tem um filme fácil de ser vendido, sem dúvida, é “Alerta Vermelho” . O diretor Rawson Marshall Thurber conseguiu a proeza de reunir três, dos atores mais populares da atualidade: Dwayne “The Rock” Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot. Infelizmente, todo esse carisma do elenco é reduzido numa aventura datada, remetendo a pobreza dos longas de ação dos anos 90. “Alerta Vermelho” constrói todo seu projeto apenas em cima dos seus protagonistas, algo que não serve mais para o cinema moderno. Embora, tenha que se ressaltar que, no mínimo, o filme consegue mostrar seu charme. Mas o roteiro, em si, é um acoxambrado de várias outras produções, como “Missão Impossível” , “A Lenda do Tesouro Perdido” e “Indiana Jones” , com uma trama nada original. Para piorar, tudo isso é posto no maior exagero possível. “Alerta Vermelho” é um projeto, extremamente, caro, e isso é visível, em tela. Aqui, temos belas mansões e cavernas vislumbrantes. Porém, tudo isso vai emb

7 Prisioneiros (Netflix) – Crítica

herdeironerd.com Muitos estudiosos afirmam que quando uma sociedade passa muitos anos vivendo em um estado de miséria, seja na área que for, ela, aos poucos, pode passar a ignorar tais problemas e não ver tanta urgência nas resoluções, pois perde a esperança. Uma dessas realidades é a escravidão vinda de um trabalho análogo, que é muito bem retratada em “7 Prisioneiros” , novo filme nacional da Netflix. O longa traz uma história impactante, levantando uma discussão muito pouco falada, o que dificulta bastante seu combate. Na trama em questão, conhecemos Mateus (Christian Malheiros), que deixa sua cidade, no interior, após ganhar a oportunidade de um bom emprego, que pode ser o que faltava para ajudá-lo, na tentativa de tirar sua família da miséria. Chegando em São Paulo, ele descobre que irá trabalhar num ferro-velho, gerido por Luca (Rodrigo Santoro). Entretanto, aos poucos, o clima agradável do local vai desaparecendo. Mateus descobre que Luca não contratou ele e seus col

Ron Bugado (Crítica)

atrevida.com.br Embora ignorado pelo grande público, muito pela acirrada concorrência de “Eternos” , que lhe tomou muitas salas de cinema, “Ron Bugado” , mesmo assim, merecia uma atenção um pouco maior do espectador, ainda sem tanta ambição. Sua principal força está na simplicidade de sua história, referenciando bastante o mundo em que vivemos, sem abandonar sua premissa apresentada. Aqui, temos um longa, extremamente, correto. O plot já é estabelecido logo no início, onde conhecemos nosso protagonista: Barney (Jack Dylan Grazer), um garoto pobre, que vive uma era em que a tecnologia já avançou bastante. Tanto, que agora as crianças mais favorecidas possuem robôs individuais e multiusos, como um bem de consumo de grande status. A referência com a vida real é direta, onde compreendemos a crítica social presente. No filme, o criador da tecnologia Mark (Justice Smith) planejou tal produto como uma forma de conexão entre os jovens. Porém, a princípio, o resultado é completamen

Vingança & Castigo (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Apesar de se tratar de uma trama ficcional, “Vingança e Castigo” já começa afirmando que seus personagens, de fato, existiram. Aqui, seu elenco negro vive pessoas reais, seja da lei, seja do crime, do Velho Oeste americano, embalado num faroeste. O objetivo do diretor Jeymes Samuel é desmitificar o gênero, criando uma versão de história para pessoas negras, que nunca foram cogitadas em grandes projetos de faroeste. O plot de “Vingança & Castigo” é simples. O filme começa transportando o espectador para a visão de uma criança, que acaba de ver o perigoso Rufus Back (Idris Elba) invadindo sua casa e executado seus pais, a sangue frio. Depois disso, o menino cresce, agora sendo chamado de Nat Love (Jonathan Majors), e se transforma num pistoleiro, que passa o dia fazendo pequenos roubos. Tudo muda, quando ele acaba descobrindo que Rufus será libertado da prisão. Nisso, ele decide montar uma gangue, que será formada por Stagecoach Mary (Zazie Beetz), Jim Be

Eternos (Crítica)

verdesmares.com.br Chloé Zhao é uma diretora de curta carreira, mas que já chamou atenção logo no seu terceiro filme, “Nomadland” (2020), que lhe rendeu o Oscar, tanto de Melhor Filme, quanto Melhor Direção. Antes mesmo de sua coroação, ela já havia sido escalada para dirigir “Eternos” , novo filme do Marvel Studios, focado na história de seres superpoderosos, presentes na Terra, há sete mil anos. O que, a primeiro momento, é estranho, pois estamos diante de uma artista com carreira no cinema independente, que gosta de utilizar, de preferência, atores não profissionais. Ela nunca havia estado envolvida na produção de um blockbuster. Assim, surge a dúvida: Kevin Finge, presidente do Marvel Studios, iria ter coragem de reduzir Chloé Zhao, uma diretora autoral, vencedora do Oscar, ao estilo homogêneo da franquia? Ou teríamos um equilíbrio maior? “Eternos” , assim, se apresenta como um filme grandioso, que procura aliar bem, embora não em todo momento, a visão particular da dir

O Último Duelo (Crítica)

denofgeek.com “O Último Duelo” já traz o peso da sua história, logo nos seus primeiros minutos, quando um de seus protagonistas, durante o século 14, dispara a seguinte frase: “O estupro não é uma agressão à mulher, mas uma violação a propriedade de seu marido”. Embora tenhamos evoluído muito como sociedade, o empoderamento feminino ainda continua sendo necessário a discussão, tanto que as mulheres, corretamente, seguem lutando por seus direitos. Sendo ainda mais específico, vimos, a pouco tempo, o “Movimento Me Too” ganhando espaço, e denunciando inúmeras atrocidades, que aconteceram às escuras, no mercado cinematográfico. Essa importante discussão só faz crescer o épico medieval, trago pelo diretor Ridley Scott, que também não se aborta do que de melhor o estilo oferece. Indo para trama, conhecemos Marguerite (Jodie Comer), que acaba de se tornar esposa do cavaleiro Jean de Carrouges (Matt Damon). Embora casada, ela acaba despertando o interesse de outro nobre, Jacques Le Gris (Adam