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A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

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Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção.


Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor.


A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável.


Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador.


A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protagonistas “esquisitos” para interagir com o mundo “normal”, enfrentando o cotidiano humano, do dia a dia. Isso faria com que o espectador “descobrisse” que os Addams são humanos como nós.


Embora isso ainda esteja presente em “A Família Addams 2: Pé na Estrada", sua aplicação é preguiçosa e sem emoção, numa trama muito rasa.


O enredo começa com Wandinha (Chloë Grace Moretz) participando de uma feira de ciências escolar, quando cientistas misteriosos a abordam, tentando fazer com que ela questione sua própria origem. Será que ela é uma Addams, mesmo? O problema é que esse mistério, por si só, não é algo que consiga se levar por muito tempo de trama, algo que o filme insiste.


Além disso, essa discussão sobre a origem de Wandinha fica exclusiva dela com seu pai, algo que enfraquece bastante os outros personagens, que são deixados de lado.


Tentando ainda criar um road trip, em cima disso, sem sucesso, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” só não é pior pelo potencial de seus protagonistas, que trazem um pouco de carisma para o longa. Mas em termos de história, nada que se consiga tirar.



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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