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A
Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo.
Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018),
a aposta está em “Artemis Fowl: O
Mundo Secreto”.
Mas
o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar
os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O
filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos,
muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba
descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica.
A
maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não
demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o
longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado.
E
antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o
cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e
qualquer outra coisa, formando um sentido lógico. Muito disso, vem no trabalho
da montagem, somado ao enredo e roteiro. O filme, obrigatoriamente, precisa ser um fruto desses três pilares.
Como
efeito de comparação, temos, por exemplo, “Valerian
e a Cidade dos Mil Planetas” (2017). Por mais que o roteiro de Luc Besson
tenha problemas, o filme ainda tem uma linha clara, que sustenta a narrativa.
Há um ponto fixo a se chegar.
Nem
mesmo a relação paterna entre Artemis e o personagem interpretado por Colin
Farrel é algo crível. Falando em Farrel, as estrelas do filme são
desperdiçadas. Nem mesmo, Judi Dench e Josh Gad salvam o roteiro fraco.
Resumindo,
“Artemis Fowl” é uma aposta
malsucedida da Disney, que prefere focar totalmente no visual, esquecendo os
fundamentos básicos da criação de um roteiro, claro e objetivo.
Nota: ★ (Péssimo)
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