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Mostrando postagens de dezembro, 2019

The Mandalorian - 1ª Temporada (Crítica)

flickeringmyth.com Chega ao fim a primeira temporada de “The Mandalorian” , primeira série live-action de Star Wars, sob comando da Disney, onde se pode provar, mais uma vez, que esse universo é rico e pode, tranquilamente, ser expandido. Muito desse sucesso vem também da série ter apostado no formato “episódio da semana”, o que foi uma escolha perfeita para a plataforma, pois rendeu inúmeras discussões sobre a trama, que foram levadas por semanas. Sem contar no número de episódios, oito, que com suas durações curtas, conseguiram imprimir algo conciso, de forma segura e eficaz. Não podemos esquecer também de ressaltar o grande destaque dessa primeira temporada, que acabou gerando “memes” pela internet: o nosso querido “Baby Yoda”. Ele é o exemplo perfeito de como a Disney consegue, além de agradar os mais velhos e “xiitas” da saga, conquistar novos fãs. Vemos aqui um Star Wars mais “fofo”, mas que cumpre um propósito narrativo interessante. Mesmo que “Baby Yoda” roube

Dor e Glória (Crítica)

adorocinema.com Desde 2011, o grande diretor espanhol Pedro Almodóvar não conseguia emplacar um grande sucesso para a crítica e público, ao mesmo tempo. Mas parece que temos, finalmente, um novo “A Pele que Habito” (2011).                     Em “Dor e Glória” , o protagonista é Salvador Mallo (Antônio Bandeiras), um diretor de cinema, que passa por um momento difícil na vida, pois sofre de dores crônicas, somadas a um processo de depressão. Assim, Salvador decidiu se aposentar, estando fora da mídia há três anos. Porém, nesse meio tempo, um de seus grandes trabalhos acaba ganhando uma restauração, que o convida para se apresentar após as sessões, em coletivas, ao lado do ator Alberto Crespo (Etxeandia). Além do sucesso, a forte dependência de heroína, aproxima cada vez mais os dois. A partir desses acontecimentos, começamos a ver a relação de Salvador com as drogas, as doenças geradas por ela, tudo isso, conjunto a “flashbacks”, que contam um pouco de sua infância

Dois Papas (Crítica)

agazeta.com.br Os bastidores de um lugar, onde não se pode estar, são os melhores. E a curiosidade atiçada pelo ser humano é o que leva “Dois Papas” , filme este ambientado durante a votação para a escolha do novo Papa, no momento em que a Igreja Católica passa por uma crise de ideias, que circulam entre a tradição e a atualização. Assim, o diretor Fernando Meirelles nos promete revelar todos os segredos deste período tão polêmico para a Igreja. Para entrarmos no filme, é necessário nos situar. Estamos em 2005, após a morte do papa João Paulo II, onde a Igreja está reunida para decidir quem será o próximo pontífice. De um lado os cardeais que querem que a Igreja Católica acompanhe a evolução de pensamento do mundo contemporâneo, elegendo um papa mais progressista, e outros tentando restabelecer a ordem em busca da Paz. Entre os progressistas, temos como representante o argentino Jorge Mario Bergoglio (Jonathan Pryce), já pelo lado conservador, tudo é comandado pelo alemão J

Star Wars: Episódio IX - A Ascensão Skywalker (Crítica)

br.web.img3.acsta.net/ Apesar do cinema sempre destacar a importância de cada filme tornar-se uma obra fechada, Star Wars nunca respeitou tal regra. Em 1977, George Lucas já havia imaginado a criação de um Universo Compartilhado, num formato novelesco, exibindo sua grande história em partes. Nisso, “Uma Nova Esperança” já começa a partir de uma ação desenfreada, que se segue pela jornada do seu herói, mostrando  ao fundo, inúmeras subtramas, que depois seriam exploradas em outros meios. Assim, repaginando conceitos do tipo o bem contra o mal, ou o oprimido contra o opressor, ou amizade contra traição, Lucas conseguir criar uma relação forte entre o produto e um grande público. Mesmo que essa construção de George Lucas não ter sido um sucesso, naquela época, foi o necessário para se criar uma base de fãs, que levou a saga perdurar por vários anos. Todo esse contexto é extremamente necessário para falarmos sobre o nono episódio da saga, intitulado “A Ascensão Skywalke

Parasita (Crítica)

omelete.com.br “Parasita” se mostra uma das melhores obras cinematográficas do ano, utilizando-se de um tema simples: O antagonismo entre classes sociais. Dirigido por Bong Joon-ho, o filme traz um olhar diferente em volta de uma história, que funciona tanto na parte alegórica, quanto no realismo. E a maneira como é colocada é de se bater palmas. A trama começa nos apresentando uma família, composta por pai, mãe e um casal de filhos, que vive numa situação miserável. Eles moram numa casa apertada, que simula um porão, ao mesmo tempo em que precisam conviver com vizinhos insuportáveis. Entretanto, a vida deles muda drasticamente, através de uma grande oportunidade. O filho, Ki Woo (Choi Woo-sik), consegue um emprego de professor particular de inglês para a filha de uma família bastante poderosa. E assim, essa família pobre, do início do filme, a partir deste garoto, começa a entrar na “casa rica”, aos poucos. O pai (Song Kang-ho) consegue ser contratado como motorist

Entre Facas e Segredos (Crítica)

observatoriodocinema.bol.uol.com.br O caminho até a resolução de um mistério, pelo menos no cinema, vale muito mais do que sua solução. Afinal, tudo precisa estar colocado de uma maneira lógica, onde a narrativa explique tudo. Nesse conceito, o diretor Riah Johnson traz o seu mais novo filme: “Entre Facas e Segredos” . Nós, meros espectadores, somos convidados a seguir os olhos do investigador Benoit Blanc (Daniel Craig), que se trata de uma clara referência aos detetives citados nos contos de Agatha Christie, para investigar o assassinato do escritor Harlan Thrombrey (Christopher Plummer). A vítima construiu sua fama publicando livros de mistério, onde até mesmo sua casa possui uma clara ambientação de um romance desse tipo. Aqui, Johnson, que além dirigir, também comanda o roteiro, referencia ao máximo os clássicos do gênero, com uma pitada de questões ligadas a meritocracia e imigração. A história nem é tão chamativa, até mesmo pela lentidão em que é apresentada.

Meu Nome é Dolemite! (Crítica)

observatoriodocinema.bol.uol.com.br A carreira de ator, em Hollywood, pode ser bastante complicada, ainda mais se o caminho trilhado possuir altos e baixos, navegando entre o sucesso e o fracasso. Talvez, Eddie Murphy possa ser o melhor exemplo desse tipo de trajetória. O ator brilhou em longas como “Um Tira da Pesada” (1984) e “Um Príncipe em Nova York” (1988), mas também fracassou, especialmente nos seus últimos projetos, como em “As Mil Palavras” (2012) e “Mr. Church” (2016). Ainda sim, ele decidiu tomar coragem e semear um novo caminho, agora em “Meu Nome é Dolemite” . Dirigido por Craig Brewer, a história foca na vida do comediante Rudy Ray Moore, mais conhecido por “Dolemite”, e conta com o roteiro sendo escrito por Scott Alexander e Larry Karaszewski. Moore, no filme, se encontra por volta dos 50 anos, onde, finalmente, tem a ideia de criar uma nova “persona”. Agora, ele viverá vagando pelas ruas de Los Angeles, como um “cafetão, dono de boate, que luta carat

História de um Casamento (Crítica)

i2.wp.com Há um ditado que diz que o pior lado de um ser humano surge quando o mesmo luta por algo no tribunal. Nesse contexto, “História de um Casamento” , dirigido por Noah Baumbach ( “Frances Ha”) , para a Netflix, busca, através do divórcio, mostrar o que um ser humano é capaz para provar seu argumento. Lembrando, que a questão da separação já é um tema recorrente na obra de Baumbach, onde, anteriormente, explorou a separação de seus pais no filme “A Lula e a Baleia” (2005), e aqui decide se inspirar no próprio divórcio. Em “História de um Casamento” , o objetivo é mostrar ao espectador que não temos garantia do controle de tudo, mesmo que ambas as partes queiram. Nisso, vemos a história focada em Charlie (brilhantemente interpretado por Adam Driver), um diretor de teatro, e sua esposa, a atriz Nicole (Scarlett Johansson, também impecável), que lutam para educar o filho Henry (Azhy Robertson). O relacionamento se mantém bem, até que Nicole é chamada para filmar