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“Parasita” se mostra uma das melhores obras cinematográficas do
ano, utilizando-se de um tema simples: O antagonismo entre classes sociais. Dirigido
por Bong Joon-ho, o filme traz um olhar diferente em volta de uma história, que
funciona tanto na parte alegórica, quanto no realismo. E a maneira como é colocada é de se bater
palmas.
A trama
começa nos apresentando uma família, composta por pai, mãe e um casal de
filhos, que vive numa situação miserável. Eles moram numa casa apertada, que
simula um porão, ao mesmo tempo em que precisam conviver com vizinhos
insuportáveis. Entretanto, a vida deles muda drasticamente, através de uma
grande oportunidade.
O
filho, Ki Woo (Choi Woo-sik), consegue um emprego de professor particular de
inglês para a filha de uma família bastante poderosa. E assim, essa família
pobre, do início do filme, a partir deste garoto, começa a entrar na “casa rica”,
aos poucos.
O
pai (Song Kang-ho) consegue ser contratado como motorista, a mãe (Hyae Jin Chang)
como governanta e a irmã (Park So-dam) preenche a função de terapeuta, cuidando
do irmão mais novo da família rica. Nisso, ambas as famílias, apesar de suas diferenças,
acabam se conectando, de forma espelhada.
Nesse
contexto, a relação entre esses dois universos opostos cresce de forma
extraordinária, onde todos os personagens possuem seu momento de “brilho”. Isso
se dá muito pelo fato do diretor guardar várias surpresas com o caminhar da
trama, sem perder o foco.
Apesar
da história se mostrar ao público desde o início, de forma clara, a tensão é
crescente. A fotografia é linda, onde a câmera se mostra claustrofóbica na
pobreza, ao mesmo tempo, que ganha amplitude máxima, quando a perspectiva muda
para o lado rico. Embora o roteiro explore a dinâmica entre famílias, cada
personagem possui uma personalidade própria. Todos possuem uma função
específica, onde cada um possui uma importância chave, no contexto geral.
Sobretudo, numa cena final incrível.
Tudo
que é mostrado nesse filme é bem colocado, até mesmo alguns diálogos, que
parecem meio desnecessários, mas que ajudam na construção dramática que envolve
a história.
“Parasita”, sem dúvida, mostra a genialidade do diretor,
principalmente pelo fato do mesmo, mostrar comentários sociais de forma
irônica, engraçada, e de maneira tão pouco vista, no cinema.
Sem
dúvida, trata-se do melhor filme do ano. E que venha o Oscar!!!
Classificação: Excelente (5 de 5
estrelas).
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