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Mostrando postagens de abril, 2022

After Yang (Crítica)

mubi.com “ After Yang” é o novo filme da A24, dirigido por Kogonada, onde o sul-coreano busca discutir o existencialismo humano. Para isso, embarcamos no futuro, onde nós, seres humanos, convivemos, de forma natural, com os androides, criando, até mesmo, em alguns casos, sentimentos com eles. Exemplificando isso, somos convidados a acompanhar o drama de um pai que está procurando uma assistência técnica, para que a mesma conserte seu robô, tratado como um filho, que apresenta um defeito. Apesar de parecer uma trama batida, “After Yang” , pelo menos, tem uma forma particular de analisar a relação humano e máquina. Aqui, ao invés dos dois se combaterem, estamos diante uma relação mais próxima entre ambos. Yang (Justin H. Min), que aparece no título do filme, é um robô, que foi adquirido por Jake (Colin Farrell), com o intuito de ajudar a filha adotiva, asiática, deste último, a se adaptar com a cultura norte-americana. Porém, ele, repentinamente, dá defeito. Assim, Jake começ

O Golpista do Tinder (Netflix) – Crítica

netflix.com “ O Golpista do Tinder” , documentário Netflix, já começa chutando portas, ao mesclar trechos de filmes de princesas, da Disney, com depoimentos de mulheres vítimas de um estelionatário. Logo em seguida, vemos Cecillie Fjelhoy descrevendo um encontro, aparentemente encantador, que teve com Simon Leviev, tal criminoso. Tudo isso é colocado, de início, pela diretora, Felicity Moris, para que possamos perceber como o amor pode, muitas vezes, fazer com que a pessoa ignore sinais básicos, em virtude do romance idealizado. Moris estreia na direção, após ter trabalhado, por muito tempo, como produtora. E sua escolha é importantíssima, pois só o olhar feminino seria capaz de compreender, de maneira cuidadosa, a vulnerabilidade das mulheres, que foram enganadas por um manipulador. A direção acerta em cheio, ao sempre ressaltar que Cecile, Pernilla e Ayleen, nossas protagonistas, não possuem culpa de nada. E isso fica mais óbvio ainda, quando elas são as responsáveis pela

Cidade Perdida (Crítica)

alternativanerd.com.br “ Cidade Perdida” é o novo filme de Sandra Bullock, e ela traz todo o seu lado cômico, muito visto em seu início de carreira. Agora, a atriz vive a romancista Loretta Sage. Junto, tem a companhia de Channing Tatum, que interpreta Alan, um modelo de capa, que se torna a inspiração visual para o protagonista do novo livro de Loretta. Ainda que a mesma o ache a pessoa mais irritante do mundo. Para piorar a situação, Loretta é sequestrada por Abigail Fairfax (Daniel Radcliffe), um magnata que deseja que ela desvende símbolos hieroglíficos, que o levará a localização da Coroa de Fogo, um tesouro enterrado numa ilha, que ele mesmo comprou. Nisso, Alan precisará salvar a autora, do perigo que corre. O primeiro ato de “Cidade Perdida” até que diverte. Bullock está confortável, na comédia-pastelão, e alia isso ao seu charme. Porém, tudo desmorona quando a parte da ação entra . “Cidade Perdida” vai ganhando forma (ou não), e acaba se mostrando um filme a

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore (Crítica)

nerdsite.com.br O terceiro filme da “franquia” Animais Fantásticos é uma melhora, em relação aos antecessores, isso não se pode negar. Aqui, pelo menos, temos um roteiro linear. Porém, ainda que Jude Law esteja bem, como Dumbledore, o filme tem uma aventura, completamente, esquecível. Dirigido por David Yates, o longa peca ao focar, demasiadamente, na construção da mitologia, ao mesmo tempo em que ignora a importância de uma narrativa impactante, para o espectador. Temos bons efeitos e territórios fantásticos, mas sem uma intenção clara, ou um mero propósito. Não que isso seja uma novidade para a saga. O problema maior é que depois de três filmes, só temos a mínima construção da relação Dumbledore e Grindelwald (Mads Mikkelsen), sem crescimento. O conflito é armado, mas nunca avança. Temos mais uma vez um cenário bem-posto, porém sem urgência, e que torna o filme, uma grande aventura sem propósito. “Onde Habitam”, primeiro capítulo da franquia, já tinha explicado todo

Escolha ou Morra (Netflix) – Crítica

slashfilm.com Mais novo lançamento da Netflix, “Escolha ou Morra” tem a história mais boba e batida possível. O lado bom é que o espectador, que ainda tiver a coragem de assisti esse filme, perderá apenas 1h30 da sua vida. De início, já é possível ver que a intenção do longa é referenciar outros títulos do gênero, como “Nerve” (2016) ou “A Hora da Sua Morte” (2019). Aqui, temos a velho “terror farofa”. Na trama, acompanhamos Kayla (Iola Evans), uma jovem que abandonou os estudos, e vive em dificuldades financeiras. Um belo dia, ela acaba encontrando um jogo de computador, dos anos 80, que oferece US$ 125 mil, para aquele que conclui-lo. Porém, para a surpresa da garota, o jogo é amaldiçoado, e a cada fase finalizada, desfechos trágicos ocorrem, para as pessoas, que estão em volta. Portanto, a história é mais que batida e não surpreende a ninguém, que conheça o mínimo do gênero. O filme tem um roteiro pra lá de preguiçoso, e acha que pode se apoiar apenas na sua pro

Um Jantar Entre Espiões (Prime Video) – Crítica

cosmonerd.com.br Depois de se aventurar nos blockbusters , especialmente em “Star Trek” e “Mulher-Maravilha” , Chris Pine volta ao universo dos filmes, fora do circuito mais popular. Ao lado dele, temos aqui, Thandine Newton, onde juntos protagonizam “Um Jantar Entre Espiões” , recente lançamento do Prime Video. Começamos a história em 2012, quando um avião foi sequestrado, em Viena, por um grupo de terroristas chechenos, que mantiveram mais de cem passageiros, como reféns. Logo após essa sequência, somos realocados para uma sala do FBI, onde Henry (Chris Pine), Celia (Thandiwe Newton), Bill (Jonathan Pryce) e Vick (Laurence Fishburne) tentam resolver este e futuros ataques terroristas, que poderão acontecer, nos próximos dias. Com o fim trágico, deste caso, o grupo não teve futuro e se desfez. Oito anos depois, Vick pede para que Henry investigue a própria corporação. Isso acaba fazendo com que Henry tenha que reviver antigas memórias, como por exemplo, ter que reencontra

Sonic 2 - O Filme (Crítica)

canaltech.com.br Mesmo com uma campanha de publicidade contendo diversas “polêmicas”, o resultado final de “Sonic – O Filme” (2020) foi um bastante positivo , se tratando de uma adaptação de videogames, para as telonas. Focando no público infantil, o filme, protagonizado pelo ouriço azul mais rápido da cultura pop, ainda contou com a bela participação do astro Jim Carrey, voltando a veia cômica, que o consagrou. Resultado favorável, logo rendeu-lhe uma sequência. E “Sonic 2 – O Filme” consegue ser ainda melhor. Dirigido por Jeff Fowler, especialista em animação e efeitos visuais, retorna par a trazer uma nova jornada, ainda mais acelerada e divertida. A trama é simples. Isolado, após ter sido derrotado no filme anterior, o vilão Ivo Robotnik (Jim Carrey), agora num visual mais fiel aos jogos, está de volta à Terra, em busca de vingança. Para isso, ele tentará encontrar um artefato mágico, que lhe dará grandes poderes. Assim, Sonic precisa encontrar tal objeto, antes,

A Bolha (Netflix) – Crítica

filmelier.com Passada uma hora, assistindo “A Bolha” , novo lançamento Netflix, já percebemos que trata-se de um projeto sem o menor cabimento. Essa nova empreitada do serviço de streaming, em lançar um filme por semana, consequentemente, apesar de sempre abastecer novidades no seu catálogo, muitas vezes não foca tanto na qualidade, dessas mesmas obras. Na trama da vez, acompanhamos um grupo de atores e atrizes, que estão gravando a sequência de uma famosa franquia de ação, que envolve dinossauros voadores. Porém, o surgimento de uma pandemia faz com que toda a equipe de filmagem tenha que se trancar, em quarentena, dentro de um hotel. Por meio de contrato, a produtora os proíbe de sair, para que não haja atrasos na finalização do filme. A direção de “A Bolha” é de Judd Apatow, que já é conhecido na indústria, por usar o humor do cotidiano, focado em situações banais do dia a dia. Mas aqui, ele traz uma comédia, extremamente, sem graça. As piadas são fora de tom, e o timi

Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial (Netflix) – Crítica

cinemaeafins.com.br Nos últimos anos, vem crescendo a onda de filmes semi-autobiográficos, onde cineastas focam num período específico de suas próprias vidas. Grandes exemplos, onde essa dinâmica foi explorada, temos “Boyhood: Da Infância a Juventude” (2014), “Roma” (2018) , “A Mão de Deus” (2021), “Belfast” (2021). Independente do tipo de narrativa escolhida, todas elas carregam o olhar autoral, como um norte para sua abordagem. Por isso, para muitos espectadores, fica complicado separar uma aventura divertida com o narcisismo do criador da obra. Talvez, o maior nome desse “gênero”, o diretor Richard Linklater sempre procurou focar nesse tipo de perspectiva, utilizando-se premissas básicas, arquétipos simples e referências pop, que cercaram sua vida, mas também, certamente, influenciou na caminhada de várias pessoas. Aqui, em “Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial” , Linklater se coloca, numa versão semi-autobiográfica, na pele de Stan, um aluno da escola primária, q

Morbius (Crítica)

olhardigital.com.br O gênero Super Herói está cada vez mais consolidado, na indústria cinematográfica atual. E com a avalanche de títulos, que permeiam as estreias anuais, se permite uma variedade maior, dentro do gênero, caracterizado tanto por grandes produções, quanto por filmes questionáveis, em relação a opinião tanto da crítica, quanto o público. Mesmo assim, temos que admitir que a maioria das vezes, esses títulos possuem uma produção competente e um roteiro aceitável. Entretanto, “Morbius” , novo filme da iniciativa da Sony Pictures, em desenvolver novos filmes para os vilões do Homem-Aranha, ainda que não contenha grandes relações com o heroi principal, parece se situar ao tempo em que não tínhamos essa abundância de filmes de super-heroi, onde se permitia, com maior facilidade, a aceitação de um filme ruim do gênero. “ Morbius” comete erros inadmissíveis, para 2022. Temos aqui, um roteiro simplório, que beira o inaceitável, efeitos especiais confusos e a tentativa

Ambulância - Um Dia de Crime (Crítica)

nerdsite.com.br Para você que ainda não foi assistir “Ambulância: Um dia de Crime” , novo filme do diretor Michael Bay, se prepare, pois você passará por uma sessão exaustiva e interminável. O pior que isso não faz jus ao cinema de ação, que o longa é classificado, pois o maior pecado, aqui, é a falta de ritmo. Sem falar, que estamos assistindo uma produção de Bay, diretor de filmes acelerados, onde somos alvejados por centenas de informações, em espaços de milissegundos. Aqui, temos um roteiro pobre, em que nem o “melhor” do diretor salva de um tédio gigantesco, em termos narrativos. Apesar de uma carreira questionável. Michael Bay sempre foi um diretor de visual incomparável. Destaques de sua filmografia, temos a ação anos 1990, vista em “Os Bad Boys” (1995) e o drama apocalíptico de “Armagedom” (1998). Diferente do seu recente “Esquadrão 6” (2019), que no mínimo não se leva tão a sério, “Ambulância” vai para o equivalente oposto, na tentativa de mostra como Bay ainda é um diretor