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Ambulância - Um Dia de Crime (Crítica)

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Para você que ainda não foi assistir “Ambulância: Um dia de Crime”, novo filme do diretor Michael Bay, se prepare, pois você passará por uma sessão exaustiva e interminável.


O pior que isso não faz jus ao cinema de ação, que o longa é classificado, pois o maior pecado, aqui, é a falta de ritmo. Sem falar, que estamos assistindo uma produção de Bay, diretor de filmes acelerados, onde somos alvejados por centenas de informações, em espaços de milissegundos. Aqui, temos um roteiro pobre, em que nem o “melhor” do diretor salva de um tédio gigantesco, em termos narrativos.


Apesar de uma carreira questionável. Michael Bay sempre foi um diretor de visual incomparável. Destaques de sua filmografia, temos a ação anos 1990, vista em “Os Bad Boys”(1995) e o drama apocalíptico de “Armagedom” (1998).


Diferente do seu recente “Esquadrão 6” (2019), que no mínimo não se leva tão a sério, “Ambulância” vai para o equivalente oposto, na tentativa de mostra como Bay ainda é um diretor relevante, e preocupado com seus personagens. Ainda que isso não funcione.


Na história, acompanhamos Will Sharp (Yahya Abdul-Mateen II), um veterano de guerra desempregado, que precisa arrumar US$ 200 mil para pagar a cirurgia de sua esposa, que luta contra um câncer. Para ajudá-lo, seu irmão, Danny (Jake Gyllenhaal), pede para que Will o ajude num assalto a um banco federal, que lhes renderão US$ 32 milhões.


O conflito ético, que parecia ser bom, é resolvido em uma cena, com um diálogo simplório. No meio do caminho, o roubo dá errado, e Will e Danny acabam tendo que fugir, apelando para o roubo de uma ambulância, sendo perseguidos pela polícia, por toda a cidade de Los Angeles.


Vale lembrar que esse filme é um remake de um outro longa dinamarquês, de 2005, e possuía 80 minutos de duração. Nas mãos de Michael Bay, a história, sem o menor sentido, foi prolongada para duas horas e meia. Essa duração a mais é preenchida por piadas deslocadas e inúmeros clichês absurdos, para explicar algumas ações questionáveis.


Sem um drama convincente, Gyllenhall e Yahya não se levam a sério e utilizam-se de um humor inexplicável, para a trama em questão. E assim, o filme vai se passando, lentamente, e o público torce para que aquilo acabe o mais rápido possível.


Pena que a conclusão também é pífia, e assina, “com louvor”, a aventura sentimentalista e com lição de moral duvidosa. “Ambulância – Um Dia de Crime”, no fim, é apenas um alerta para que você pegue seu veículo, ligue a sirene e corra para bem longe, dessa história.



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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