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Mostrando postagens de julho, 2022

O Telefone Preto (Crítica)

entreterse.com.br Quem for para “O Telefone Preto” , mais novo lançamento do diretor Scott Derrickson ( “Doutor Estranho” ), esperando o estilo de terror apresentado, pelo cineasta, em “A Entidade” (2012), tome cuidado para não se decepcionar. Apesar de aqui, também se tratar do mesmo gênero, há muito mais ênfase na formação do suspense, do que no horror em si. Desde o início, o espectador já sente uma atmosfera própria, que em alguns momentos, chega a referenciar “It: A Coisa” (2017). Ambas as histórias focam em crianças, habitantes de uma pequena cidade, que foram sequestradas e/ou mortas por uma figura macabra, que segurava balões. Tal semelhança só não é uma cópia descarada, pois o responsável pelo conto, que gerou o longa da vez, tratar-se de Joe Hill, filho de Stephen King, autor da obra principal. Ainda que, “O Telefone Preto” abomine, desde o início, o fator nostálgico. Na história, acompanhamos Fiiney (Mason Thames), a mais nova vítima do Sequestrador (Ethan Hawke

Elvis (Crítica)

hollywoodforevertv.com.br A primeira cena de “Elvis” já é magnífica, por si só. Começamos o filme com Austin Butler encarnando o “Rei do Rock”, cantando “Trouble”, numa das grandes cenas do cinema, em 2022. A câmera lenta do diretor Baz Luhrmann, junto da fotografia de Mandy Walker, faz com que o ícone vai de encontro ao público. E nesse início, já podemos contemplar a euforia provocada por Elvis Presley. Luhrmann, conhecido por exagerar na fantasia, em algumas de suas produções, encontra o formato ideal, aqui. “Elvis” é o filme perfeito para sua magia, já que o biografado continha um ar místico, em volta de seu apelo. O roteiro, também assinado por Luhrmann, acerta ao retratar a complexidade de seu protagonista. A tão debatida relação dele com a música negra é explanada, como seu uso no “branqueamento” da própria. É de se elogiar a mescla da sua história, explicitada ao lado do contexto histórico. A velha característica do diretor, de focar num aspecto mais teatra

Agente Oculto (Netflix) – Crítica

uol.com.br James Bond é um personagem ícone na Cultura Pop, sem dúvida. Mas o que leva o fato dele não ser apenas mais um espião? Criado em 1953, o que faz ele permanecer no auge, até hoje? Por incrível que pareça, sua ação burocrática e tímida, talvez, seja a grande questão, independentemente da fase que estamos analisando. Ao longo dos anos, o espião sempre conseguiu se reinventar. Prova disso, está no seu último intérprete, Daniel Craig, que incorporou a onda, em que o cinema de espionagem passa, nos últimos anos, apostando na jornada psicológica. “ Agente Oculto” , infelizmente, vai no oposto disso. A direção é de responsabilidade dos Irmãos Russo, que voltam ao gênero que os consagrou, lá em “Capitão América 2: O Soldado Invernal” (2014). Porém, ao contrário do longa do Marvel Studios, a aposta da vez, na Netflix, não consegue ir além, se mostrando apenas um filme genérico, com grandes estrelas. Ryan Gosling é o nosso protagonista, Court Gentry, um ex-presidiário,

Turma da Mônica: A Série (Globoplay) – 1ª Temporada (Crítica)

uol.com.br A turminha do bairro do Limoeiro, definitivamente, cresceu. Desde o primeiro longa-metragem, em live action , adaptando “Turma da Mônica” , já sabíamos que aquela garotada, tão adorável, ia crescer. Talvez, a surpresa fique pelo tempo, que parece ter passado mais rápido. Ainda mais, em virtude da pandemia, que obrigou a produção partir para uma outra opção, na criação de uma, por que não, franquia, além das Telonas. Vindo de dois ótimos filmes, no cinema, chega à plataforma de streaming da Globoplay, “Turma da Mônica: A Série” . A história começa com Mônica (Giulia Benite) entusiasmada, com o primeiro final de semana das férias. Ela, então, decide reformar o velho barracão do bairro do Limoeiro, com o intuito de criar o Clube da Turma, um local onde toda a criançada do vilarejo poderá passar o tempo brincando, já que na quadra eles são impedidos pela Turma dos Maiores, liderados por Titi (Cauã Martins) e Jeremias (Pedro Souza). Nisso, Mônica contará com a ajuda

Persuasão (Netflix) – Crítica

uol.com.br Mais uma vez, temos uma obra de Jane Austin sendo adaptada para filme. “Persuasão” é a aposta da vez e transpõe para longa, a obra homônima da autora. Sendo protagonizada, aqui, por Dakota Johnson. Johnson vive Anne, uma mulher de família tradicional e rica. Ela teve um relacionamento fracassado com Wentworth (Cosmo Jarvis), um homem humilde que a abandona, por medo da rejeição, devido a sua origem pobre. Oito anos depois, ele volta, agora rico, em busca de uma nova noiva. A partir daí, vemos como Anne reagirá sobre tal retorno. Já no início do filme, somos convidados a imergir na sua ambientação, sob os olhares da protagonista. Porém, apesar do carisma da mesma, o filme possui diversos erros básicos, que o derrubam significativamente. A começar pelos outros personagens, que rondam a protagonista. Todos são estereotipados ao extremo, dificultando um elo com o espectador. O par romântico de Johnson, por exemplo, interpretado por Cosmo Jarvis, não possu

Marcas da Maldição (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Mais de vinte anos, após a estreia de “A Bruxa de Blair” (1999), maior sucesso do gênero Terror com câmera na mão, a Netflix traz um novo filme com essa abordagem. O principal chamariz, para o longa dos anos 90, era a inauguração da onda de focar no uso de fitas abandonadas, com imagens de florestas assustador a s, onde habit avam maldições. Tentando retomar essa “ vibe” antiga, o diretor Kevin Ko lança seu “Marcas da Maldição” . O cineasta já é bastante conhecido, pelo talento de proporcionar “bons sustos” e criar uma atmosfera crescente, a partir de suas imagens. Em tela, é apresentado um ciclo, composto por pessoas curiosas, que se aproximam de lugares proibitivos, que acabam gerando situações amedrontadoras, como consequência as mesmas. Aqui, temos um grupo que tenta desmascarar casos sobrenaturais, para seu canal, no Youtube. Porém, eles acabam se envolvendo num ritual real, morrem e sobra apenas uma jovem mãe (Hsuan-yen Tsai), dos integrantes .

A Fera do Mar (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Há bastante tempo, a navegação, em águas desconhecidas, sempre rendeu boas histórias. Mantendo essa leva, a Netflix lança sua mais nova animação: “A Fera do Mar” . A trama foca na jornada de Jacob (Karl Urban) e Maisie (Zaris-Angel Hator). Ele é um marujo, que junto de sua tripulação, caça monstros. A menina é uma moradora de um orfanato, que perdeu seu pai, em uma aventura marítima. Ela, leitora de clássicos das lendas dos caçadores, foge de seu alojamento e entra de penetra em um navio, que atracou no porto. Sendo descoberta, já no meio da viagem, ela fica, sendo responsabilidade de Jacob. Além dos dois, temos o capitão Corvo (Jared Harris), líder do barco Inevitável, que está em busca de um monstro, chamado Bravata. Caso atinja o êxito na missão, sua tripulação será recompensada pela Monarquia. Porém, com a demora para execução de tal tarefa, o Rei acaba construindo um novo navio, bem mais armado. Assim, Corvo e Jacob precisam abater o Bravata, antes, pa

A Garota da Foto (Netflix) – Crítica

technewsbrasil.com.br Não é nenhuma novidade, os serviços de streaming reservarem um espaço, em seus catálogos, para documentários sobre crimes reais, devido a um interesse público considerável. A Netflix é uma dessas plataformas que se utiliza desse recurso, e traz mais uma nova produção, nessa leva, “A Garota da Foto” . A história, em questão, começa com um corpo sendo encontrado à beira da estrada. Descobre-se que se trata de uma dançarina de uma boate local, e as colegas de trabalho começam a tentar entrar em contato com algum familiar da vítima. Surge então a primeira surpresa. Sharon, a garota encontrada morta, usava um nome falso, de uma outra mulher já morta. Com a investigação avançando, revela-se que ela tinha um ex-marido, bem mais velho, com quem lutava pela guarda de um filho. Isso é só o começo, já que a partir daqui, se descobre vários eventos, sucedidos e chocantes, que se estendem por 30 anos, exemplificando o que de pior um ser humano pode realizar.

Crimes do Futuro (Crítica)

veja.abril.com.br O que o futuro nos reserva? O que de pior pode acontecer? Pegando esse aspecto mais pessimista, da segunda questão, o diretor David Cronenberg aposta no horror, vindo do seu próprio interior. Tudo de maneira artística. “Crimes do Futuro” , seu mais recente lançamento, nos permite imaginar um futuro distópico, onde a humanidade evoluiu tanto, que conseguiu eliminar todo o tipo de doença e de dor física. Entretanto, isso teve um preço, já que também se perdeu a capacidade do ser humano de sentir a própria pele. O Universo, então, se monta de maneira dolorosa, no sentido mais emocional. A perda do sentimento físico permitiu que a humanidade apelasse mais para novas cirurgias, principalmente as de natureza plástica, como uma forma de arte, celebrando cortes em nossa própria pele, como uma manifestação de prazer. Nosso corpo passou a ser um objeto de estudo e admiração. O maior expoente de área é o Dr. Saul Tenser (Viggo Mortensen), um médico que ganha a vida se apr

Ms. Marvel (Disney+) - 1ª Temporada (Crítica)

einerd.com.br Já no primeiro episódio, “Ms. Marvel” mostra o desabafo de sua protagonista, Kamala Khan (Iman Vellani), que não se acha digna de salvar o mundo, pois é uma menina muçulmana de Nova Jersey, bem diferente do “perfil” dos Vingadores. Uma fala simples, mas que já inicia, brilhantemente, a jornada de uma protagonista, que estreia no Universo Cinematográfico Marvel. Ainda, que para a sorte do público, Kamala esteja, completamente, equivocada. A heroína adolescente é um fenômeno nos quadrinhos, e trazia uma enorme expectativa para sua adaptação, no live-action. Principalmente, por trazer uma nova abordagem ao Marvel Studios, focada no público mais jovem. Embora, logo no primeiro episódio, “Ms. Marvel” já atinja além do esperado, buscando retratar uma jornada mais íntima de uma garota, em busca de achar sua própria identidade. Isso é refletido de forma bastante acertada, ao meio de referências a novos elementos culturais e étnicos, que enriquecem a trama. Além do que,

Thor: Amor e Trovão (Crítica)

uol.com.br Um grande problema, recorrente, nos filmes do Marvel Studios, vem em torno do seu visual pobre, vilões esquecíveis e pouca participação feminina, no quesito poder. O próprio estúdio parece concordar com a crítica, pois “Thor: Amor e Trovão” , novo longa do Taika Waititi, vem para resolver tal questão. E, a grosso modo, até que consegue, porém com pouco desenvolvimento. Embora o filme solo anterior do herói nórdico da Marvel, “Thor: Ragnarok” (2017) conte com alguns equívocos, ele, ainda sim, serviu para trazer uma estética mais viva para o Marvel Studios, baseado numa história bem redonda. Já “Thor: Amor e Trovão” , que prometia dar continuidade a isso, tropeça, ao privilegiar, demasiadamente, o humor de Waititi, em detrimento ao desenvolvimento condizente de uma simples história. A sensação ainda é pior, pelo fato da produção contar com uma excelente premissa. Temos aqui, o retorno de Jane Foster (Natalie Portman) se tornando a Poderosa Thor, uma persona que a sa

Assassino sem Rastro (Crítica)

cinepop.com.br “ Assassino sem Rastro” já começa, desde seu primeiro minuto, a apresentar seus personagens. Conhecemos, nessa ordem, Alex (Liam Neeson), Vicent (Guy Pearce) e Davana Sealman (Monica Belucci). O que não seria nenhum equívoco, de forma estrutural, se não fosse tão desconexo entre si. O filme, desde seu início, manifesta, claramente, seu principal problema, em tela: Unidade. Alex, nosso protagonista, é um assassino profissional, que se recusa a completar um trabalho, para uma organização criminosa e acaba se tornando um alvo. Ao mesmo tempo, ele está sendo procurado pela FBI, que o tem como principal suspeito de uma série de crimes cometidos, pela cidade. Quem dera se fosse apenas a falta de conexão, o grande problema, aqui. Além disso, o roteiro de Dario Scardapane não consegue, em momento algum, tornar a jornada, ao mínimo, fluida. Chega-se a metade do filme, e somos apresentados a várias subtramas, mas que não se completemam. O espectador fica tão cansado qu

Stranger Things 4: Volume 2 (Netflix) – Crítica

cinemacomrapadura.com.br Finalmente, o Volume 2 da 4ª temporada de Stranger Things chegou até nós. A série original Netflix retorna com a turma de Hawkins, tentando levar a grande batalha para o Mundo Invertido, enquanto Eleven (Millie Bobby Brown) e Max (Sadie Sink) terão que enfrentar Henry/Vecna (Jamie Campbell Bower). Intitulados como “Papai” e “E o Plano de Onze” , os dois episódios finais trazem mais emoção, reviravoltas, e um intenso jogo mental, que faz jus ao sucesso da série, não deixando a desejar pra nenhuma temporada anterior. Com a trama já apresentada e desenvolvida na primeira parte, o Volume 2 vem para equilibrar as jornadas, ainda que o núcleo da Rússia, composto por Hopper (David Harbour), Joyce (Winona Ryder) e Murray (Bretty Gelman) esteja um degrau abaixo do resto. De mudança, temos o aumento do escopo. De forma categórica, os efeitos visuais são magníficos, e somada a ótima direção dos Irmãos Duffer dão a grande vitória para a temporada, como