Pular para o conteúdo principal

Turma da Mônica: A Série (Globoplay) – 1ª Temporada (Crítica)

uol.com.br

A turminha do bairro do Limoeiro, definitivamente, cresceu. Desde o primeiro longa-metragem, em live action, adaptando “Turma da Mônica”, já sabíamos que aquela garotada, tão adorável, ia crescer. Talvez, a surpresa fique pelo tempo, que parece ter passado mais rápido. Ainda mais, em virtude da pandemia, que obrigou a produção partir para uma outra opção, na criação de uma, por que não, franquia, além das Telonas.


Vindo de dois ótimos filmes, no cinema, chega à plataforma de streaming da Globoplay, “Turma da Mônica: A Série”.


A história começa com Mônica (Giulia Benite) entusiasmada, com o primeiro final de semana das férias. Ela, então, decide reformar o velho barracão do bairro do Limoeiro, com o intuito de criar o Clube da Turma, um local onde toda a criançada do vilarejo poderá passar o tempo brincando, já que na quadra eles são impedidos pela Turma dos Maiores, liderados por Titi (Cauã Martins) e Jeremias (Pedro Souza).


Nisso, Mônica contará com a ajuda de Magali (Laura Rauseo), Cascão (Gabriel Moreira), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Milena (Emily Naiara), Marina (Laís Vilela), Do Contra (Vinícius Hugo), Nimbus (Rodrigo Kenji) e Humberto (Lucas Infante).


Tudo perfeito, até a chegada de Carminha Frufu (Luiza Gattai) e Denise (Becca Guerra), que decidem dar uma festa, no mesmo dia/horário da inauguração do clube, só pra sabotar os planos de Mônica. Todavia, um acontecimento inesperado fará com que todos os convidados sejam suspeitos, para a detetive Denise.


Tendo apenas oito episódios, de vinte minutos cada, “Turma da Mônica – A Série” não perde muito tempo, com apresentações. O espectador, por exemplo, precisa ter um mínimo de conhecimento sobre o universo dos gibis, criado por Maurício de Sousa. Tanto, que nem só o quarteto principal (Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão) influi na trama, mas também os personagens de apoio participam diretamente. Um exemplo disso está na relação de Carminha Frufu e Denise, que pode causar bastante estranheza, por exemplo, para quem não conhece das duas, antecipadamente.


O roteiro, escrito pela dupla Mariana Zatz e Mirtes Santana, traz uma pegada investigativa, totalmente inspirada em Agatha Christie, onde todos são suspeitos, sendo inserida na dinâmica juvenil. Esse formato facilita o trabalho do diretor geral, Daniel Rezende, e possibilita o mesmo homenagear tanto os quadrinhos de Maurício de Sousa, quanto a Cultura Pop, como um todo.


Talvez, o único porém fica para a repetição, algumas vezes, exaustiva, de algumas informações, que travam o dinamismo. Mas ainda sim, nada que destrua a história, por completo.


No fim, “Turma da Mônica: A Série” atinge o prometido, facilmente, pois foca no principal: Entregar bastante diversão, homenageando, lindamente, a nossa cultura nacional. Uma maratona rápida, perfeita como uma programação de férias, que ainda deixa história por contar, no futuro.



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Esposa (Crítica)

g1.globo.com “A Esposa” é o exemplo clássico de um filme comum, que tem uma história simples e nada edificante, mas que cresce com uma grande atuação, que nesse caso é Glenn Close. Aqui, Close entrega uma personagem magnífica e explosiva, utilizando-se da luta do feminismo, que cresce bastante nos últimos anos. A história do filme foca no casal Joan e Joe Castleman (Close e Jonathan Pryce). Ele é um escritor bem sucedido e aclamado, e ela, aos olhos da sociedade, é apenas a esposa. Entretanto, quando Joe está prestes a ganhar o Nobel de Literatura, a relação chega ao estopim. O longa foca nos momentos chaves da vida do casal, utilizando-se também de flashbacks , para mostrar o porquê da personalidade de cada um dos dois. Vemos como eles se conheceram, onde ele era um professor casado e ela, uma estudante sonhadora. Isso bate em cheio com o pensamento dela atual, de que se arrepende do caminho que trilhou ao lado do marido, como uma mera esposa, largando de vez sua carrei...

007 - Sem Tempo para Morrer (Crítica)

olhardigital.com.br É quase um consenso que para ser um 007 básico, você precisa de um terno preto, gravata borboleta, manusear bem armas, cabelo cortado e um charme próprio. Ainda assim, é possível dar originalidade a cada adaptação. Prova disso está no influenciador Sean Connery, no “sexy” Pierce Brosnan e no emotivo Daniel Craig, que fizeram com que a franquia pendurasse tanto tempo, entre nós. Vendido como a despedida de Craig no papel, “007 – Sem Tempo Para Morrer” começa com um Bond querendo se aposentar. Vivendo na Jamaica, junto de sua amada Madeleine (Léa Seydoux), James precisa voltar a ativa, quando é solicitado por Felix Leiter (Jeffrey Wright), membro da CIA. Leiter precisa que Bond o ajude a combater uma ameaça global, liderada por Lyutsifer Safin (Rami Malek), que está desenvolvendo uma tecnologia que pode destruir a humanidade. Além de Safin, Bond ainda precisa deter a Spectre, organização lá do filme anterior, que permanece na ativa. Aumentando ainda mais ...

Nada de Novo no Front (Netflix) – Crítica

cnnbrasil.com.br Como diria o filósofo francês Jean-Paul Sartre: “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem” . Partindo dessa visão mais perversa da Guerra, surge “Nada de Novo no Front” , filme alemão épico de guerra da Netflix. Baseado no romance homônimo, de Erich Maria Remarque, o longa foca-se na história de Paul Baumer (Felix Kammerer), um jovem que acaba de chegar no exército alemão. Devoto fervoroso ao sentimento de patriotismo, ele nem imagina o que irá ter que passar, para que sobreviva, durante a Primeira Guerra Mundial. Essa surpresa vem muito pelo fato de estarmos diante da primeira grande guerra. Ou seja, os soldados, até então, não possuía um mínimo de ideia do que enfrentariam pela frente, já que só se ouvia as “glórias”, relatadas por seus superiores. Esse Ultranacionalismo, que é vendido, é posto, no filme, em todo o primeiro ato. Visivelmente em tela, a fotografia é esplêndida, focando no deslumbre de jovens sonhadores, que se veem...