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A Esposa (Crítica)

g1.globo.com

“A Esposa” é o exemplo clássico de um filme comum, que tem uma história simples e nada edificante, mas que cresce com uma grande atuação, que nesse caso é Glenn Close. Aqui, Close entrega uma personagem magnífica e explosiva, utilizando-se da luta do feminismo, que cresce bastante nos últimos anos.

A história do filme foca no casal Joan e Joe Castleman (Close e Jonathan Pryce). Ele é um escritor bem sucedido e aclamado, e ela, aos olhos da sociedade, é apenas a esposa. Entretanto, quando Joe está prestes a ganhar o Nobel de Literatura, a relação chega ao estopim.

O longa foca nos momentos chaves da vida do casal, utilizando-se também de flashbacks, para mostrar o porquê da personalidade de cada um dos dois. Vemos como eles se conheceram, onde ele era um professor casado e ela, uma estudante sonhadora. Isso bate em cheio com o pensamento dela atual, de que se arrepende do caminho que trilhou ao lado do marido, como uma mera esposa, largando de vez sua carreira de literária.

O filme peca, de verdade, nas tramas paralelas. Não há muita profundidade e motivo para se identificar, por exemplo, com Nathaniel Bone (Christian Slater), um autor que deseja a todo custo escrever uma biografia de Joe, de forma sensacionalista, muito menos com o filho do casal, David (Max Irons), um escritor sonhador, que vive à sombra do pai, numa trama pra lá de clichê.

Resumindo, “A Esposa”, apesar de interessante, trata-se de uma história simples, que se apoia demais na excelente atuação de Glenn Close, que deve aparecer como indicada nas grandes premiações.



Classificação: Regular (3 de 5 estrelas)

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