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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Poderia Me Perdoar? (Crítica)

observatoriodocinema.bol.uol.com.br Lee Israel foi nada mais nada menos, que a biógrafa que chegou a ter os livros mais vendidos da história. Entretanto, ela acabou tendo sua carreira decaindo ao longo dos anos, o que provocou uma mágoa interna na personagem. Assim, Lee passou a juntar o seu senso de humor com um excelente conhecimento histórico para forjar cartas de famosos, onde o dinheiro começou a vir. “Poderia me perdoar?” possui uma história simples, que conta uma jornada que figura entre o mundo das celebridades e o dos anônimos. Aqui a estética do filme não importa nem um pouco, os personagens utilizam-se de um figurino antigo, locações sujas e sem qualquer padrão de beleza. O filme sofre mesmo pela simplicidade excessiva em seu enredo. Tudo é jogado nas costas da protagonista. Nisso, é de ressaltar a busca da atriz Melissa McCarthy em se desvencilhar dos seus papéis cômicos, sendo possível vermos várias camadas expostas em torno de uma aparência trágica. Vale u

No Portal da Eternidade (Crítica)

adorocinema.com Contar a vida de um artista famoso na tela do cinema parece ser algo muito simples, já que a história do mesmo está pronta em sua biografia. Mas nem todo personagem é digno de nos prender a um filme completo. Ele precisa ter uma particularidade, que nos mova do início ao fim. E “No Portal da Eternidade” , longa biográfico sobre a carreira do pintor Vincent Van Gogh, cumpre bem esse papel, já que o protagonista possui uma mente bastante peculiar. O diretor, Julian Schnabel, então, resolve apostar em um tipo de narrativa mais crua e depressiva, utilizando-se bastante da técnica da câmera na mão. Tudo é muito sutil, e caminha de acordo com a emoção do personagem que está em cena. Pode causar certo estranhamento do público em geral que irá consumir o filme, o fato de o diretor abusar dos cortes, que em certo nível acaba causando uma quebra no ritmo da narrativa. Mas tudo isso acaba não atrapalhando, por se tratar de um filme sobre a vida de Van Gogh. Essa dist

Guerra Fria (Crítica)

cinepop.com.br O diretor Pawel Pawlikowski, indicado ao Oscar de Melhor Diretor, vem com seu lançamento mais recente, após “Ida” vencer a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, em 2013. Apesar de “Ida” ter merecido a premiação, “Guerra Fria” não chega nem aos seus pés. Relatando uma história de amor, o filme foca na vida de duas pessoas diferentes, em origens e personalidade. Tudo isso, ambientado na Polônia de 1945, pós-Segunda Guerra, onde o país estava em processo de reconstrução da imagem. O grande acerto é em mostrar as diferenças do casal protagonista, num clima mais musical. Guerra Fria tenta, como objetivo, nos tocar em um ritmo mais energético, utilizando-se do folclore polonês. E por toda essa alegria, vemos que a escolha de um filme em preto e branco, nada mais é que um mero capricho do diretor. O filme lembra um pouco “Dunkirk” (2018), de Christopher Nolan, onde havia uma harmonia nos elementos técnicos, mas também um desequilíbrio considerável na nar

Vice (Crítica)

vice.com A primeira vista, “Vice” parece ser mais um filme de política, que a Academia adora indicar ao Oscar, só para valorizar o próprio país. Mas esse longa trata-se do extremo oposto. A história foca em Dick Cheney (Christian Bale), talvez o vice-presidente mais atuante na história da política americana. O diretor do filme, Adam McKay ( “A Grande Aposta” ), foca num filme com mais humor e diálogos rápidos, no intuito de contar a história de um personagem nem um pouco carismático, se apoiando em mais um brilhante desempenho de Christian Bale, na pele do protagonista. Mais uma vez, ele precisou se transformar fisicamente para um papel. Aqui, além do ganho de peso, Bale precisou engrossar o pescoço para se assemelhar o ex-vice-presidente. Sem contar com o timbre de voz, que muda ao passar do filme, devido ao envelhecimento do personagem. Deve ser carta marcada no Oscar de Melhor Ator. Mas nem só de Bale vive o filme. Apesar de ser uma figura com muita personalidade,