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Guerra Fria (Crítica)

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O diretor Pawel Pawlikowski, indicado ao Oscar de Melhor Diretor, vem com seu lançamento mais recente, após “Ida” vencer a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, em 2013. Apesar de “Ida” ter merecido a premiação, “Guerra Fria” não chega nem aos seus pés.

Relatando uma história de amor, o filme foca na vida de duas pessoas diferentes, em origens e personalidade. Tudo isso, ambientado na Polônia de 1945, pós-Segunda Guerra, onde o país estava em processo de reconstrução da imagem.

O grande acerto é em mostrar as diferenças do casal protagonista, num clima mais musical. Guerra Fria tenta, como objetivo, nos tocar em um ritmo mais energético, utilizando-se do folclore polonês. E por toda essa alegria, vemos que a escolha de um filme em preto e branco, nada mais é que um mero capricho do diretor.

O filme lembra um pouco “Dunkirk” (2018), de Christopher Nolan, onde havia uma harmonia nos elementos técnicos, mas também um desequilíbrio considerável na narrativa. Aqui não há um conflito tão grande.

Na questão da atuação do casal protagonista, somente Joanna Kulig, que interpreta Zula, consegue transmitir um convencimento e uma atuação condizente. Já seu par, Tomaz Kot, entrega um Wiktor frio e sem emoção, algo que parece não ter sido a intenção do filme.

Após “Ida” e “Guerra Fria”, chegou a hora de o cineasta polonês Pawilkowski mostrar algo mais novo e menos burocrata. É preciso sair um pouco da zona de conforto, e não entregar uma história de amor banal, e sem peso.


Classificação: Ruim (2 de 5 estrelas)

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