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Após o grande sucesso de “Klaus”
(2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se
de “A Caminho da Lua”, que foca na perda e na própria aceitação, como os
seus temas principais.
Uma questão, que se deve
ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto,
não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra
característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que
para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar.
A premissa parte da história
de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus
pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao
máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal.
No meio disso, com o passar
dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um
“irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme.
Nesse começo de longa, é
inegável a beleza da ambientação, onde se mostra, de maneira espetacular, a
cultura chinesa e a mistura do 2D e 3D. Sem contar nas inúmeras referências, em
especial, a uma bela homenagem ao filme “Viagem à Lua” (1902), de
Georges Méliès.
Voltando a história, no meio
dessas mudanças, Fei Fei decide ir à lua, para, além de tentar conhecer a Deusa
da Lua, também se auto entender. A partir disso, o filme enfraquece um pouco, ao
tentar colocar personagens novos, tentando se relacionar com a protagonista, utilizando-se
apenas do humor infantil.
O roteiro, escrito por Audrey
Wells e Jennifer Yee McDevitt, peca, se mostrando bastante confuso. Muito pelo
excesso de música e cor, que prejudica a história.
Apesar desses problemas, muitos
vindo no segundo ato, o filme consegue dar um bom retorno, no final, ao retomar
a tradição chinesa, e nos dando mensagens importantes, mesmo com os percalços do
caminho.
Resumindo, a animação, em si,
é bonita e bem produzida, já a história, se perde um pouco, ao longo do filme.
Nota: 🌟🌟🌟 (Ok)
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