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Mostrando postagens de outubro, 2020

Os Novos Mutantes (Crítica)

observatoriodocinema.uol.com.br Foram cinco anos. Desde o início da produção até o lançamento, “Os Novos Mutantes” sofreu, e muito. Neste período, o filme trocou de produtora, após a compra da Fox pela Disney, e teve que passar por várias regravações, além de contar com inúmeros cortes. E a versão final, assinada por Josh Boone ( “A Culpa é das Estrelas” ), cumpre o prometido, sendo tão ruim, quanto esperado.   Sobre a história, somos emergidos a um hospício isolado, comandado pela Dra. Reyes (Alice Braga), que recebe uma nova paciente, a adolescente Dani (Blu Hunt). A garota acabou de perder o pai, num evento misterioso, relacionado a possíveis poderes mutantes, que a jovem não conhece.   Além de Dani, temos como hospedados nessa “casa”, outros quatro jovens: Rahne (Maisie Williams), Illyana (Anya Taylor-Joy), Sam (Charlie Heaton) e Roberto (Henry Zaga). Nisso, além do mistério da Dani, o primeiro ato foca em explorar o autoconhecimento dos poderes, do quarteto mencionado.

Tenet - Crítica

cinemacomrapadura.com.br Depois de sete meses, o mundo pode voltar as salas de cinema, de forma oficial. E a aposta da indústria é no filme “Tenet” , novo lançamento do diretor Christopher Nolan ( “A Origem” ), que por muitos, é glorificado, e que por outros, é considerado apenas medíocre (no sentido real da palavra). O filme da vez é um thriller de espionagem, que tem como mistério a sua principal proposta. Mistério este, que pode ser visto na sinopse oficial: “ Armado com apenas uma palavra – Tenet – e lutando pela sobrevivência do mundo inteiro, o Protagonista viaja através de um mundo crepuscular de espionagem internacional em uma missão que irá desenrolar em algo para além do tempo real. Não viagens no tempo. Inversões.” Promovido para ser a maior obra do diretor, “Tenet” não surpreende em nada. Trata-se de uma ode a Nolan, contando com tudo de bom e de ruim, visto na sua carreira. O uso da técnica é brilhante, porém o didatismo na explicação da trama permanece, levando, mais uma

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come

Borat 2: Fita de Cinema Seguinte (Prime Video) - Crítica

uol.com.br Após o grande sucesso de “Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América” (2006), sempre se pensou como fazer uma sequência, já que, praticamente, todo mundo conhece o jornalista, vivido por Sacha Baron Cohen. Mesmo assim, 14 anos depois, a comédia ganhou mais um capítulo, numa hora bastante propícia. É muito complicado explicar como se deu o sucesso do primeiro longa. O documentário “fake” é caracterizado pelo humor negro, que se utiliza de piadas escatológicas, provocando bastante vergonha alheia. O protagonista é montado como alguém de cultura conservadora, que se utiliza disso para escancarar preconceitos, que a sociedade geral tem. E no mundo em que vivemos, onde há um crescimento da intolerância e do negacionismo, Borat ganha um prato cheio. Assim, “Borat 2: Fita de Cinema Seguinte” nos propõe, inusitadamente, uma história de redenção. Nosso protagonista, por consequência do primeiro filme, é acusado de ser responsável pela maio

O Halloween do Hubie (Netflix) – Crítica

estacaonerd.com Reclamem ou não, temos que concordar que Adam Sandler é sinônimo de sucesso. Com seus filmes de grande audiência, a Netflix resolve apostar mais e mais nele, de olho no faturamento. Vindo do excelente “Joias Brutas” (2019), Sandler, em entrevista ao locutor Howard Stern, prometeu que faria o “pior filme de todos os tempos”, caso conseguisse uma indicação ao Oscar. E não aconteceu nenhum dos dois. Ele não conseguiu nem a indicação ao Oscar, nem seu pior filme. Porém, se esforçou. “O Halloween de Hubie” , sua nova produção, se passa em Salém, uma pequena cidade de Massachusetts, que ficou conhecida por ter sido invadido por bruxas, em 1962. Sandler vive Hubie, um homem que sofre bullying, cometido por toda a vizinhança, exceto por sua mãe (June Squibb) e por sua amiga, Violet (Julie Bowen), a quem nutre uma grande paixão. Prestes a chegada do Halloween, o protagonista se autointitula o responsável pela segurança da cidade. Hubie, como quase todos os personagens de Sandle

Os 7 de Chicago (Netflix) - Crítica

adorocinema.com Em 1968, Chicago foi palco de um grande protesto, organizado por grupos contrários à Guerra do Vietnã, que pressionava o Partido Democrata, que estava prestes a anunciar Hubert H. Humphrey, como candidato à presidência. Mas o que parecia uma reclamação pacífica, perdeu controle e gerou um grande tumulto. Após o incidente, o governo decidiu acusar um grupo, formado por sete pessoas, de conspiração, o que acabou causando um dos maiores julgamentos da história política americana. Esse evento é a base para “Os 7 de Chicago” , drama original Netflix, dirigido por Aaron Sorkin, que somado a um elenco estelar, traz um enredo potente, que ultrapassa os limites jurídicos. Tanto que, pela imprensa, ganhou o slogan “o mundo inteiro está mudando”. Sorkin, conhecido por seus belos roteiros, chega com seu segundo filme, na função de diretor, tendo a intenção de usar uma montagem rápida, e explicar como uma instabilidade política pode gerar um grande tumulto. A trilha sonora, que cont

Remédio Amargo (Netflix) - Crítica

nacionflix.com O diretor Carles Torras teve uma ideia, muito interessante: E se colocássemos um cadeirante, como o grande vilão, de um filme de suspense? Em tempos, onde se debate tanto a necessidade de inclusão social (e com razão), também nas artes, por que devemos pensar apenas no estereótipo do “coitado”, para esse biotipo?   Esse é o grande acerto de Torras, que também conta com a ajuda, no roteiro, de David Desola e Hector Hernández Vicens. Mais do que apenas colocar um vilão cadeirante, “Remédio Amargo” surpreende ao dividir a trama em dois pontos cruciais, mostrando a evolução da psicopatia do protagonista, atrelada as dificuldades, que um cadeirante normal precisa enfrentar, no seu dia a dia.     Questiona também por que um PCD não tem direito a ter outros sentimentos, como a tristeza, até mesmo a raiva. Muito disso é colocado de forma certeira, graças ao ator Mario Casas, que dá vida ao protagonista, Angel (olha o nome dele). Detestável, mesmo que debilitado, ele não transmi