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Mostrando postagens de julho, 2021

Um Lugar Silencioso - Parte II (Crítica)

cinepop.com.br O que torna um filme de terror imersivo? A resposta não é simples, pois muitos dirão “jumps scares”, outros preferem tensão constante. Lançado em 2018, “Um Lugar Silencioso” foi sucesso de público e crítica, muito pela minúcia criação de atmosfera, tornando-se um dos exemplos de como se produzir um terror psicológico.   Assim, era inevitável uma continuação. Pois então, “Um Lugar Silencioso – Parte II” vem com a responsabilidade de manter o nível do primeiro, e ainda expandir o Universo. Será que conseguiu?   A história parte logo após os acontecimentos do filme anterior, onde a família Abbott luta pela sobrevivência. Obrigados a partir rumo ao desconhecido, eles descobrem que não só o som será obstáculo.   O universo pós-apocalíptico, mostrado no primeiro filme, sugeriu um potencial interessante de se explorar seus monstros. Assim, o diretor/roteirista John Krasinski, nessa continuação, retrocede no tempo, começando a nova aventura mostrando o dia em que h

Space Jam: Um Novo Legado (Crítica)

youtube.com Não se pode considerar novidade, misturar personagens animados com seres humanos, num mesmo frame. Walt Disney já trazia isso, desde seus primórdios, quando a tecnologia dava mais trabalho. Assim, tivemos inúmeras experiências com esse modelo, o que gerou bastante lucro para a indústria. Exemplo maior disso, está em “Space Jam: O Jogo do Século” , de 1996, que cativou uma geração, ao introduzir os Looney Tunes, no nosso mundo real, batendo bola com nada mais, nada menos, que Michael Jordan. E na onda das releituras e reboots, o século XXI é contemplado com uma nova história dos Looney Tunes, que também abraça a era da internet, dos jogos digitais e tudo que caracteriza a geração Z. Assim, Malcolm D. Lee dirige “Space Jam: Um Novo Legado” , adaptação que consegue trazer a essência do primeiro longa, mas também, após 25 anos, abraçar o mundo Warner, numa proposta de metalinguagem, que além de promover, tira sarro com o próprio estúdio. Na parte do basquete, um

A Guerra do Amanhã (Prime Video) – Crítica

cinepop.com.br Filme de ação protagonizado por Chris Pratt já virou clichê. Até os fãs do ator, em “Parks and Recreation” , já se não se lembram tanto dele como o preguiçoso e atrapalhado Andy Dwyer. Assim, “A Guerra do Amanhã” , produção Paramount, vendida para o Amazon Prime Video, traz, novamente, Pratt interpretando um herói de ação, porém com uma pitada de humor. No enredo, ele interpreta Dan Forester, um biólogo/militar, frustrado com sua vida, tendo como a única fagulha de otimismo, plantada em sua filha, Muri (Ryan Kiera Armstrong). Seu desanimo é jogado de lado, quando viajantes do futuro lhe pedem ajuda, para lutar contra perigosos alienígenas, intitulados Garras Brancas. Incentivado a buscar um propósito, ele deixa sua família, e parte para 2051, onde tentará impedir a extinção da humanidade, mesmo que sem garantia de retorno. Apesar de todo o nível de urgência, não dá para levar a sério “A Guerra do Amanhã” . O arquétipo do herói, montado em Pratt, é óbvio d

Loki (Disney+) - 1ª Temporada (Crítica)

bolavip.com No momento em que Loki (Tom Hiddleston) pega o Tesseract, durante “Vingadores: Ultimato” (2019), era inevitável dizer que Tom Hiddleston não iria terminar suas colaborações, com o Marvel Studios, ali. E já que o Disney+, serviço de streaming da Disney, necessita de catálogo, nada mais óbvio que a Marvel criar um conteúdo especial, para esse personagem tão adorado. Terceira série do Marvel Studios, nesse novo projeto de expansão do Universo, “Loki” se mostra como a mais original e importante, até o momento, para o futuro, via Multiverso. Terminada a Saga do Infinito, o plano é construir histórias, que além de manter o cânone, também abram espaço para brincar com alegorias do passado, da editora. A missão é criar uma salada, onde se permite ousar, em diversas possibilidades. Mas tudo na maior paciência possível. Kevin Finge, presidente do Marvel Studios, sempre destacou a importância em criar algo coeso e bem estruturado, com muita calma e planejamento. E nesse grande proje

Paternidade (Netflix) – Crítica

netflix.com Kevin Hart sempre foi um comediante reconhecido, porém nunca teve um protagonismo, no cinema, de grande alarde. O ator até que já ganhou muitos elogios, por “Um Espião e Meio” (2016) e “Jumanji: Bem-vindo à Selva” (2017). Porém, em ambos os filmes, ele acaba sendo ofuscado pelo carisma de Dwayne Johnson. Numa tentativa de apostar mais no drama, e um pouco menos na comédia escrachada, Hart busca seguir os passos de nomes como Robin Williams, Jim Carrey e Adam Sandler, em “Paternidade” , nova “dramédia” Original Netflix. Aqui, Hart interpreta Matt, um viúvo, que precisa lidar com a morte, inesperada, da esposa, logo após o parto de sua filha, Maddy (Melody Hurd). Em pouco tempo, ele necessita superar isso, em volta de uma família que não confia nele. A direção do longa é comandada por Paul Weitz ( “Um Grande Garoto”) . Baseado no livro “Dois Beijos para Maddy: Um História Real de Amor e Perda” , escrito por Matthew Longelin, o roteiro, além de Weitz, é assinado

Viúva Negra (Crítica)

cinepop.com.br Natasha Romanoff já pedia um filme solo, há muito tempo. Scarlett Johansson encarnou a personagem, na Marvel, e foi ganhando espaço até o seu fim impactante, em “Vingadores: Ultimato” (2019). Em 2021, finalmente, “Viúva Negra” chega aos cinemas, mesmo que não explore, de fato, a espiã. O longa começa até bem, ao tentar retornar ao passado de Natasha, tentando entender o que motivou a vida dessa heroína, e ainda trazer uma boa discussão, apesar de jogada, sobre libertação feminina. A ideia parece ser clara: Dar a Johansson um adeus digno. Porém, tudo isso é colocado no mais genérico padrão do MCU. Ao invés de se jogar e aproveitar o protagonismo e a direção feminina, o estúdio joga no seguro, tentando “fingir” se tratar de um “Capitão América e o Soldado Invernal” (2014). Porém, aqui não temos a energia necessária para isso. Em “Viúva Negra” , Natasha volta as suas origens, mais precisamente, perto de sua “pseudo-família”, com quem passou a infância. Situand

Din e o Dragão Genial (Netflix) – Crítica

sitedosgeeks.com A Sony Pictures Animation, mais uma vez, vende a distribuição de um filme seu para a Netflix. E assim como “A Caminho da Lua” (2020), “Din e o Dragão Genial” remete a uma animação de origem oriental, colocando muito de sua cultura, como pano de fundo. O diretor, dessa nova empreitada, é Chris Appelhans, que já havia trabalhado, como ilustrador, em “Coraline e o Mundo Secreto” (2009) e “A Origem dos Guardiões” (2012). O enredo da vez é simples. “Din e o Dragão Genial” conta a história de um garoto, que é obrigado a se despedir da melhor amiga, que irá se mudar para uma vida mais rica, longe da vila, em que cresceram. Passa o tempo, e ele acaba encontrando um artefato, que aprisiona um dragão, que pode lhe realizar três desejos. Essa história parece familiar? Sim, o longa é a modernização do conto árabe “Aladdin” , que já tinha ganhado duas versões pela Disney: uma animada, em 1992, e outra em live-action, em 2019. Assim como lá, o foco, aqui, está na importância da

Awake (Netflix) – Crítica

uol.com.br A humanidade sofre o baque de ser afetada por um incidente global, menos uma garota, que se descobre imune. Diante disso, toda população tenta capturá-la, com o objetivo de descobrir a cura. Apesar de parecer muito a trama do jogo “The Last of Us” , temos aqui a sinopse de “Awake” , o mais recente longa da Netflix. Para diferenciar, o filme resolve apostar num evento, em que as pessoas não conseguem mais dormir. Nisso, o longa dirigido por Mark Raso, foca na história de Jill (Gina Rodriguez), uma ex-militar, que se vê tendo que proteger seus filhos, Noah (Lucius Hoyos) e Matilda (Ariana Greenblatt), esta última sendo a “garota-chave”, que ainda permanece com a “habilidade” de dormir. Aos poucos, toda a tecnologia acaba: os carros não funcionam, os celulares se desligam sozinho. Tudo isso faz com que a sociedade enlouqueça, inclusive criando alucinações, em seus pensamentos. Nesse caos, Jill tem a dúvida: Confiar no governo e levar Matilda para ser estudada, ajudando