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Filme de ação protagonizado
por Chris Pratt já virou clichê. Até os fãs do ator, em “Parks and
Recreation”, já se não se lembram tanto dele como o preguiçoso e atrapalhado
Andy Dwyer.
Assim, “A Guerra do
Amanhã”, produção Paramount, vendida para o Amazon Prime Video, traz, novamente, Pratt interpretando um herói de ação, porém com uma pitada de humor.
No enredo, ele interpreta Dan
Forester, um biólogo/militar, frustrado com sua vida, tendo como a única fagulha
de otimismo, plantada em sua filha, Muri (Ryan Kiera Armstrong). Seu desanimo é
jogado de lado, quando viajantes do futuro lhe pedem ajuda, para lutar contra perigosos
alienígenas, intitulados Garras Brancas.
Incentivado a buscar um propósito,
ele deixa sua família, e parte para 2051, onde tentará impedir a extinção da humanidade,
mesmo que sem garantia de retorno.
Apesar de todo o nível de
urgência, não dá para levar a sério “A Guerra do Amanhã”. O arquétipo do
herói, montado em Pratt, é óbvio demais, pois não há questionamentos. Até mesmo
as tiradas cômicas do personagem, o que demonstraria uma espécie de
imaturidade, que daria uma empatia ao protagonista, aqui não é transformada em
algo natural. Tudo parece fora do lugar.
Se o humor não convence,
esperava-se mais do drama. Porém, nem isso. A inserção de uma relação
conturbada familiar, entre pai e filho, não encaixa.
Dan se sente abandonado pelo
pai, James, interpretado por J.K Simmons. Embora tanto Pratt, quanto Simmons,
tentem entregar emoção, presente no texto, tudo é
desinteressante. Todas as falas rementem a um discurso motivacional, totalmente
antinatural.
Esquecendo o drama, “A
Guerra do Amanhã” melhora, quando não se leva tanto a sério, especialmente
na ação. As criaturas são bem caracterizadas e demonstram um certo pavor. Porém,
toda adrenalina das explosões é minimizada pelo fator humano, que não convence.
“A Guerra do Amanhã” mostra
que nem mesmo uma ação envolvente, muito menos o carisma de um bom protagonista,
salva o sentimentalismo barato, de seu texto pobre.
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