A humanidade sofre o baque
de ser afetada por um incidente global, menos uma garota, que se descobre imune.
Diante disso, toda população tenta capturá-la, com o objetivo de descobrir a
cura. Apesar de parecer muito a trama do jogo “The Last of Us”, temos
aqui a sinopse de “Awake”, o mais recente longa da Netflix.
Para diferenciar, o filme
resolve apostar num evento, em que as pessoas não conseguem mais dormir. Nisso,
o longa dirigido por Mark Raso, foca na história de Jill (Gina Rodriguez), uma
ex-militar, que se vê tendo que proteger seus filhos, Noah (Lucius Hoyos) e
Matilda (Ariana Greenblatt), esta última sendo a “garota-chave”, que ainda
permanece com a “habilidade” de dormir.
Aos poucos, toda a tecnologia
acaba: os carros não funcionam, os celulares se desligam sozinho. Tudo isso faz
com que a sociedade enlouqueça, inclusive criando alucinações, em seus
pensamentos. Nesse caos, Jill tem a dúvida: Confiar no governo e levar Matilda
para ser estudada, ajudando toda sociedade, ou proteger sua filha de todos?
Embora tenha uma bela
premissa, Raso, que além de dirigir, também roteiriza o projeto, junto de
Gregory Poirier (“A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos”), não
consegue fugir do comum tema pós-apocalíptico.
A dupla não consegue dar
sentido a história, formando um roteiro bizarro. Exemplo disso está na sequência
da igreja, onde o texto parece apostar num interessante debate sobre “Fé versus
Ciência”, mas durante uma condição de emergência, que não pede aquilo. Logo em
seguida, outra aposta estranha: Uma discussão tranquila sobre Terraplanismo,
enquanto uma criança dirige um carro. Como isso foi aprovado?
Indo para o elenco, até que o
longa não é tão prejudicado. Gina Rodriguez executa bem o papel da mãe
desesperada, mesmo que com uma personagem sem desenvolvimento, tal qual Ariana Greenblatt,
que vem recebendo bons papéis, nos últimos anos.
No aspecto técnico, a
direção até tenta apostar em interessantes planos-sequência, embora não consiga
salvar a ação clichê.
Faltou a Netflix, em “Awake”,
proporcionar uma história com ritmo e que, curiosamente, não desse sono ao espectador.
Depois dos lamentáveis “Birdbox” (2018) e “O Silêncio” (2019), “Awake”
é para a Netflix algo como a pá de cal, para as tramas pós-apocalípticas.
Comentários
Postar um comentário