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Kevin Hart sempre foi um
comediante reconhecido, porém nunca teve um protagonismo, no cinema, de grande
alarde. O ator até que já ganhou muitos elogios, por “Um Espião e Meio”
(2016) e “Jumanji: Bem-vindo à Selva” (2017). Porém, em ambos os filmes,
ele acaba sendo ofuscado pelo carisma de Dwayne Johnson.
Numa tentativa de apostar
mais no drama, e um pouco menos na comédia escrachada, Hart busca seguir os
passos de nomes como Robin Williams, Jim Carrey e Adam Sandler, em “Paternidade”,
nova “dramédia” Original Netflix.
Aqui, Hart interpreta Matt,
um viúvo, que precisa lidar com a morte, inesperada, da esposa, logo após o
parto de sua filha, Maddy (Melody Hurd). Em pouco tempo, ele necessita superar isso,
em volta de uma família que não confia nele.
A direção do longa é comandada
por Paul Weitz (“Um Grande Garoto”). Baseado no livro “Dois Beijos
para Maddy: Um História Real de Amor e Perda”, escrito por Matthew Longelin,
o roteiro, além de Weitz, é assinado também por Dana Stevens (“Cidade dos
Anjos”).
A obra se divide em dois
grandes arcos, onde começamos com a filha recém-nascida, e terminamos com sua
ida para escola. O humor, inclusive, foca-se mais no primeiro, brincando com o
talento de Hart e as dificuldades de um pai inexperiente. Já a segunda parte, busca-se
mais o amadurecimento paterno, que tenta seguir a vida, enquanto cuida da filha.
Matt, nosso protagonista, é
um personagem em conflito contínuo, pois sempre se questiona como pai e nunca
consegue esquecer da esposa. Sua falta de decisão, no comando das situações e
no jeito de criar a menina, inclusive, gera um embate entre ele e sua sogra,
Marian (Alfre Woodward). Esse choque é bem explicitado, pois no fundo, apesar
de discordarem muito, o espectador sabe que ambos só querem o melhor para
Maddy.
Possuindo a missão de
interpretar um pai, que tem uma imensa batalha consigo, Kevin Hart traz a sua
melhor atuação da carreira. Ele mescla bem os momentos mais cômicos, onde é sua
especialidade, mas também apresenta a maturidade, no drama, quando o texto pede.
“Paternidade” só
não é o filme perfeito, pois trata-se de uma história, que já estamos cansados
de assistir. Porém, seu diretor dosa bem o drama, dando também momentos de
alívio para o espectador, e Kevin Hart, como protagonista, funciona, perfeitamente,
ao retratar a vida de um pai, que só quer o melhor para sua filha.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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