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Din e o Dragão Genial (Netflix) – Crítica

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A Sony Pictures Animation, mais uma vez, vende a distribuição de um filme seu para a Netflix. E assim como “A Caminho da Lua” (2020), “Din e o Dragão Genial” remete a uma animação de origem oriental, colocando muito de sua cultura, como pano de fundo. O diretor, dessa nova empreitada, é Chris Appelhans, que já havia trabalhado, como ilustrador, em “Coraline e o Mundo Secreto” (2009) e “A Origem dos Guardiões” (2012).


O enredo da vez é simples. “Din e o Dragão Genial” conta a história de um garoto, que é obrigado a se despedir da melhor amiga, que irá se mudar para uma vida mais rica, longe da vila, em que cresceram. Passa o tempo, e ele acaba encontrando um artefato, que aprisiona um dragão, que pode lhe realizar três desejos.


Essa história parece familiar? Sim, o longa é a modernização do conto árabe “Aladdin”, que já tinha ganhado duas versões pela Disney: uma animada, em 1992, e outra em live-action, em 2019. Assim como lá, o foco, aqui, está na importância da amizade e de reconhecermos nossas origens.


Din (Jimmy Wong), nosso protagonista, é um rapaz estudioso, que ama sua família, mas que não consegue esquecer sua amiga, Li Na (Natasha Liu Bordizzo). Um belo dia, o garoto acaba encontrando o dragão Long (John Cho), que lhe promete ajudar a se aproximar da amada.


Ao passo que Long quer realizar os desejos e ir embora, rapidamente, Din prefere pensar bem, antes de realizar suas escolhas. O problema é que, nesse meio tempo, um homem, sem escrúpulos, corre atrás do bule, que aprisiona o dragão, para satisfazer seus próprios desejos. Logo, Din precisa escapar de seus capangas, que estão em busca do artefato.


Talvez o ponto, mais interessante, a se ressaltar está na jornada de Long, ao conhecer a simplicidade e carinho de Din e sua família. Isso o faz perceber o real valor da vida, que contrapõe com seu passado sombrio. Simplicidade essa de Din, que também conquista Li Na, que percebe que era mais feliz, vivendo na vila.


Sobre os aspectos mais técnicos, “Din e o Dragão Genial” tem uma animação, em si, fluida. Porém, a parte musical não engrena, ficando bastante aquém do resto. A direção de Chris Appelhans e o roteiro de Xiaocao Liu cumprem sua função.


Mesmo não sendo uma grande inovação, no ponto de vista de narrativa, “Din e o Dragão Genial” entrega o prometido: Personagens simpáticos e diversão.



Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)

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