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No momento em que Loki (Tom
Hiddleston) pega o Tesseract, durante “Vingadores: Ultimato” (2019), era
inevitável dizer que Tom Hiddleston não iria terminar suas colaborações, com o
Marvel Studios, ali. E já que o Disney+, serviço de streaming da Disney,
necessita de catálogo, nada mais óbvio que a Marvel criar um conteúdo especial,
para esse personagem tão adorado.
Terceira série do Marvel Studios,
nesse novo projeto de expansão do Universo, “Loki” se mostra como a mais
original e importante, até o momento, para o futuro, via Multiverso.
Terminada a Saga do Infinito,
o plano é construir histórias, que além de manter o cânone, também abram espaço
para brincar com alegorias do passado, da editora. A missão é criar uma salada,
onde se permite ousar, em diversas possibilidades.
Mas tudo na maior paciência
possível. Kevin Finge, presidente do Marvel Studios, sempre destacou a
importância em criar algo coeso e bem estruturado, com muita calma e planejamento.
E nesse grande projeto, “Loki” é o início/confirmação da ideia de
Multiverso.
Dirigido pela dupla Michael
Waldron e Kate Herron, “Loki” nos reapresenta o personagem título, que,
no MCU, foi de Vilão a Anti-Herói, tendo um final trágico em “Vingadores:
Guerra Infinita” (2018). Lembrando, que o Loki, daqui, trata-se do Loki
visto após os eventos de “Os Vingadores” (2012), quando ele havia
acabado de invadir Nova Iorque, com seu exército alienígena.
Logo vem a primeira boa
sacada do roteiro. Se pensávamos que o plot começaria daqui, o episódio
piloto já quebra isso, com o roteiro jogando nosso protagonista para um
vislumbre de seu futuro, logo após ser preso pela AVT (Autoridade de Variação Temporal),
uma espécie de “Polícia do Tempo”, que mantém a ordem, na “Linha do Tempo
Sagrada”.
Trabalhar com o conceito de
viagem no tempo nunca foi fácil. Assim, a série “perde um tempo necessário”, em
seus dois primeiros episódios, para explicar o Multiverso, suas camadas e seu
impacto no como conhecemos tudo, até ali. A partir do terceiro, a história
mergulha no que se propõe, de fato: Uma jornada de autodescobrimento.
Apesar da série, inúmeras
vezes, se enrolar nas suas justificativas, como por exemplo: “Onde estão os Vingadores?
Por que o Capitão América não foi impedido de voltar no tempo?”, a busca
incessante em Loki tentar entender seu propósito, em meio ao encontro de suas
variantes (ou seriam suas múltiplas personalidades?) é a chave de tudo. E nisso, a série é magnífica.
Na parte técnica, “Loki” traz uma direção de arte impecável, aliada a um elenco espetacular. Em
especial, a dupla Tom Hiddleston, como protagonista, e Owen Wilson, como Agente
Mobius. Ambos exalam química e diversão.
Mais objetiva, ao contrário, por exemplo, de “Falcão e Soldado Invernal”, “Loki” mantém um bom ritmo do
início ao fim, e consegue ofuscar pequenos erros de narrativa, com a inserção
de surpresas/subtramas envolventes.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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