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Persuasão (Netflix) – Crítica

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Mais uma vez, temos uma obra de Jane Austin sendo adaptada para filme. “Persuasão” é a aposta da vez e transpõe para longa, a obra homônima da autora. Sendo protagonizada, aqui, por Dakota Johnson.


Johnson vive Anne, uma mulher de família tradicional e rica. Ela teve um relacionamento fracassado com Wentworth (Cosmo Jarvis), um homem humilde que a abandona, por medo da rejeição, devido a sua origem pobre.


Oito anos depois, ele volta, agora rico, em busca de uma nova noiva. A partir daí, vemos como Anne reagirá sobre tal retorno.


Já no início do filme, somos convidados a imergir na sua ambientação, sob os olhares da protagonista. Porém, apesar do carisma da mesma, o filme possui diversos erros básicos, que o derrubam significativamente.


A começar pelos outros personagens, que rondam a protagonista. Todos são estereotipados ao extremo, dificultando um elo com o espectador. O par romântico de Johnson, por exemplo, interpretado por Cosmo Jarvis, não possui nenhum carisma, e atua de maneira pobre, apelando para frases prontas. Chega a um momento do filme, que se embute a dúvida, para o espectador, sobre o que Anne viu nele.


Mais vazio que o mocinho, só a trama mesmo. Cercada de cenas constrangedoras, onde o bizarro impera. Sem contar nos coadjuvantes que exageram nos elogios aos protagonistas, tentando, sem muita competência, mostrar ao público como eles são interessantes.


No fim, “Persuasão” é um filme fraco, que apela para o estereótipo. Principalmente, na atualização de seu tema, já que se encerra com a velha premissa, equivocada, de que as mulheres precisam apenas de um homem bem-sucedido, em suas vidas.


Acreditava-se que, no século XXI, essa questão estava superada. Parece que para alguns, ainda não.



Nota: ⭐ (Péssimo)

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