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Morbius (Crítica)

olhardigital.com.br

O gênero Super Herói está cada vez mais consolidado, na indústria cinematográfica atual. E com a avalanche de títulos, que permeiam as estreias anuais, se permite uma variedade maior, dentro do gênero, caracterizado tanto por grandes produções, quanto por filmes questionáveis, em relação a opinião tanto da crítica, quanto o público. Mesmo assim, temos que admitir que a maioria das vezes, esses títulos possuem uma produção competente e um roteiro aceitável.


Entretanto, “Morbius”, novo filme da iniciativa da Sony Pictures, em desenvolver novos filmes para os vilões do Homem-Aranha, ainda que não contenha grandes relações com o heroi principal, parece se situar ao tempo em que não tínhamos essa abundância de filmes de super-heroi, onde se permitia, com maior facilidade, a aceitação de um filme ruim do gênero.


Morbius” comete erros inadmissíveis, para 2022. Temos aqui, um roteiro simplório, que beira o inaceitável, efeitos especiais confusos e a tentativa exausta de espremer algo, que não oferece muito. Apesar de não ser um desastre completo, muito pelo seu primeiro ato redondinho, o filme não sabe qual público que se destina e também não inova.


O ator Jared Leto, nosso protagonista, interpreta o Dr. Michael Morbius, que depois de um experimento, envolvendo morcegos, na tentativa de se curar de uma rara doença, acaba ganhando características de vampiro, como eco localização, força sobre humana, e desejo permanente por sangue humano. Seu amigo de longa data, Lucien (Matt Stmith), também sofre da mesma doença, e quer passar pelo mesmo procedimento.


E a partir daí, não me pergunte mais nada, pois não tem o que entender. Não há motivação para os personagens, e suas personalidades não cativam o espectador, em momento algum.


Apesar de a simplicidade sempre ser algo positivo, em termos de trama, “Morbius” exagera, nesse aspecto, se tornando “simplório demais”. Ainda que tenha bom ritmo, muito pela duração rápida, que permite maior agilidade, o roteiro, de Matt Sazama e Burk Sharpless, é prejudicado por não saber pra onde ir.


Prova disso, está nos coadjuvantes. Nicholas (Jared Harris) e Martine (Adira Arjona), não fogem muito do clichê da figura paterna e amorosa, respectivamente, do protagonista perdido no mundo.


Já Leto e Smith, com seus personagens, funcionam muito bem, durante o primeiro ato. Porém o roteiro sem sentido, os prejudica, no decorrer da trama, fazendo-lhes perder força.


A direção de Daniel Espinosa, em alguns momentos, até que traz algo criativo. Temos algumas sequências, envolvendo os poderes do Morbius, que realçam o potencial de Espinosa. Porém, a Sony sempre está ali, cortando as asas do diretor, voltando para a trama convencional.


E para piorar, “Morbius” nos reserva duas cenas pós-créditos, onde uma em especial, acaba desmentindo toda a jornada do protagonista, que acabamos de assistir. Assim, se encerra, talvez, a última gota de sangue, onde havia esperança, para esse Universo de vilões do Homem-Aranha, da Sony. Simplesmente, lamentável!



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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