Pular para o conteúdo principal

The Mandalorian - 1ª Temporada (Crítica)

flickeringmyth.com

Chega ao fim a primeira temporada de “The Mandalorian”, primeira série live-action de Star Wars, sob comando da Disney, onde se pode provar, mais uma vez, que esse universo é rico e pode, tranquilamente, ser expandido.

Muito desse sucesso vem também da série ter apostado no formato “episódio da semana”, o que foi uma escolha perfeita para a plataforma, pois rendeu inúmeras discussões sobre a trama, que foram levadas por semanas. Sem contar no número de episódios, oito, que com suas durações curtas, conseguiram imprimir algo conciso, de forma segura e eficaz.

Não podemos esquecer também de ressaltar o grande destaque dessa primeira temporada, que acabou gerando “memes” pela internet: o nosso querido “Baby Yoda”. Ele é o exemplo perfeito de como a Disney consegue, além de agradar os mais velhos e “xiitas” da saga, conquistar novos fãs. Vemos aqui um Star Wars mais “fofo”, mas que cumpre um propósito narrativo interessante.

Mesmo que “Baby Yoda” roube a cena, o Mandaloriano protagonista, que dá o nome a série, também consegue trazer uma verdade na atuação, apesar do passado desconhecido e uma personalidade, muitas vezes, dúbia. Mesmo que o ator Pedro Pascal, que dá vida ao personagem, na maior parte do tempo, não tire o capacete, ele consegue trazer empatia ao público, pela sua jornada bastante sincera. O destaque maior vai para as cenas de ação, que envolve o Mandaloriano, no qual ele se vê encurralado, mas mesmo assim acha uma saída.

O formato episódio, além de impedir um esquecimento rápido dos fãs, proporciona uma liberdade maior para o roteiro de cada episódio, podendo dar uma cara própria a todos eles. Nesta primeira temporada vimos de tudo, desde “minifilmes”, até jornadas mais emocionais. O porém disso, é que a série como um todo não ganha tanta consistência, pois há episódios inesquecíveis, e outros lamentáveis.

Entretanto, pelo lado da trilha sonora, temos o lado mais consistente da temporada. Ludwig Göransson traz uma identidade própria à série, ao mesmo tempo em que sua trilha já parece familiar aos fãs da saga, desde os primeiros toques.

Resumindo, “The Mandalorian”, mesmo que um pouco presa a saga Skywalker, ainda sim, consegue agradar, retornando o lado da mitologia, vista apenas nos livros e que havia sido esquecida, nos últimos filmes. De todo modo, o resultado foi bastante satisfatório.


Classificação: Ótimo (4 de 5 Estrelas)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Esposa (Crítica)

g1.globo.com “A Esposa” é o exemplo clássico de um filme comum, que tem uma história simples e nada edificante, mas que cresce com uma grande atuação, que nesse caso é Glenn Close. Aqui, Close entrega uma personagem magnífica e explosiva, utilizando-se da luta do feminismo, que cresce bastante nos últimos anos. A história do filme foca no casal Joan e Joe Castleman (Close e Jonathan Pryce). Ele é um escritor bem sucedido e aclamado, e ela, aos olhos da sociedade, é apenas a esposa. Entretanto, quando Joe está prestes a ganhar o Nobel de Literatura, a relação chega ao estopim. O longa foca nos momentos chaves da vida do casal, utilizando-se também de flashbacks , para mostrar o porquê da personalidade de cada um dos dois. Vemos como eles se conheceram, onde ele era um professor casado e ela, uma estudante sonhadora. Isso bate em cheio com o pensamento dela atual, de que se arrepende do caminho que trilhou ao lado do marido, como uma mera esposa, largando de vez sua carrei...

007 - Sem Tempo para Morrer (Crítica)

olhardigital.com.br É quase um consenso que para ser um 007 básico, você precisa de um terno preto, gravata borboleta, manusear bem armas, cabelo cortado e um charme próprio. Ainda assim, é possível dar originalidade a cada adaptação. Prova disso está no influenciador Sean Connery, no “sexy” Pierce Brosnan e no emotivo Daniel Craig, que fizeram com que a franquia pendurasse tanto tempo, entre nós. Vendido como a despedida de Craig no papel, “007 – Sem Tempo Para Morrer” começa com um Bond querendo se aposentar. Vivendo na Jamaica, junto de sua amada Madeleine (Léa Seydoux), James precisa voltar a ativa, quando é solicitado por Felix Leiter (Jeffrey Wright), membro da CIA. Leiter precisa que Bond o ajude a combater uma ameaça global, liderada por Lyutsifer Safin (Rami Malek), que está desenvolvendo uma tecnologia que pode destruir a humanidade. Além de Safin, Bond ainda precisa deter a Spectre, organização lá do filme anterior, que permanece na ativa. Aumentando ainda mais ...

Nada de Novo no Front (Netflix) – Crítica

cnnbrasil.com.br Como diria o filósofo francês Jean-Paul Sartre: “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem” . Partindo dessa visão mais perversa da Guerra, surge “Nada de Novo no Front” , filme alemão épico de guerra da Netflix. Baseado no romance homônimo, de Erich Maria Remarque, o longa foca-se na história de Paul Baumer (Felix Kammerer), um jovem que acaba de chegar no exército alemão. Devoto fervoroso ao sentimento de patriotismo, ele nem imagina o que irá ter que passar, para que sobreviva, durante a Primeira Guerra Mundial. Essa surpresa vem muito pelo fato de estarmos diante da primeira grande guerra. Ou seja, os soldados, até então, não possuía um mínimo de ideia do que enfrentariam pela frente, já que só se ouvia as “glórias”, relatadas por seus superiores. Esse Ultranacionalismo, que é vendido, é posto, no filme, em todo o primeiro ato. Visivelmente em tela, a fotografia é esplêndida, focando no deslumbre de jovens sonhadores, que se veem...