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Embora ignorado pelo grande
público, muito pela acirrada concorrência de “Eternos”, que lhe tomou
muitas salas de cinema, “Ron Bugado”, mesmo assim, merecia uma atenção
um pouco maior do espectador, ainda sem tanta ambição.
Sua principal força está na
simplicidade de sua história, referenciando bastante o mundo em que vivemos, sem
abandonar sua premissa apresentada. Aqui, temos um longa, extremamente, correto.
O plot já é estabelecido
logo no início, onde conhecemos nosso protagonista: Barney (Jack Dylan Grazer),
um garoto pobre, que vive uma era em que a tecnologia já avançou bastante.
Tanto, que agora as crianças mais favorecidas possuem robôs individuais e
multiusos, como um bem de consumo de grande status.
A referência com a vida real
é direta, onde compreendemos a crítica social presente. No filme, o criador da
tecnologia Mark (Justice Smith) planejou tal produto como uma forma de conexão
entre os jovens. Porém, a princípio, o resultado é completamente o inverso.
Voltando ao nosso
protagonista, Barney é o único de sua escola que não possui um robô, o que
consequentemente prejudica no seu entrosamento com os colegas. Entretanto, tudo
parece mudar quando seu pai (Ed Helms) e sua avó (Olivia Colman), enfim, lhe
presenteiam com o tal robô. Só que infelizmente, a peça vem com defeito.
Ron (Zach Galifianakis), o
robô em questão, não consegue se conectar à internet, como os outros. Assim,
ele precisa se entrosar com Barney, pela maneira tradicional. Sua convivência com
o dono acaba divertindo o público, já que tudo é construído de forma natural e
alegre.
E mesmo que o roteiro,
assinado por Peter Baynham e Sarah Smith, se assemelhe muito com o visto em “Operação
Big Hero” (2014), aqui temos um protagonista autêntico e muito carismático.
Além disso, o texto consegue equilibrar bem a crítica que quer fazer, jamais se
tornando algo exagerado.
Apesar de contar com
personagens coadjuvantes, muitíssimo, estereotipados, as situações apresentadas
permitem uma certa empatia com espectador. Principalmente, no âmbito da
discussão principal, que tenta questionar a dependência máxima da tecnologia,
por parte da maioria dos jovens.
Direto e engraçado, muitas
vezes, a animação consegue divertir as crianças, mas também agradar os
mais velhos. Apostando no velho clichê (mas que funciona) da amizade, “Ron
Bugado” é um ótimo passatempo, e por isso já vale a pedida.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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