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Se tem uma palavra que define
a produtora Blumhouse é diversidade, pois ela aposta em projetos de
diferentes estilos. Desde franquias de terror “clássico”, como “Halloween” (2018),
até produções de Oscar, como “Corra” (2017) e “Infiltrado na Klan”
(2018). Assim, o dono da empresa, Jason Blum, resolveu continuar o estilo de
dar espaço a cineastas iniciantes, com ideias criativas.
Porém, é muito difícil que
esses acertos se repitam, sucessivamente. Assim, “Mentira Incondicional”,
uma parceria da empresa com o Prime Video, mostra que é possível errar, mesmo
quando a intenção é a melhor possível.
Indo para a história, temos a
jovem Kayla (Joey King), que enfrenta um processo difícil, decorrente do
divórcio de seus pais, Jay (Peter Saarsgad) e Rebecca (Mireille Enos). Nesse
meio tempo, a garota começa a se mostrar mais melancólica, tendo também
comportamentos fora do padrão.
Para piorar, a menina é tida
como a principal suspeita do assassinato da melhor amiga, Britney (Devery
Jacobs). Isso faz com que seus pais, apesar das diferenças, se unam para proteger
seu “bem mais precioso”.
Voltando a parte técnica,
Veena Sud é a responsável pela direção e roteiro. Seu segundo filme, traz uma
belíssima premissa, discutindo até onde vai o desejo de proteção dos nossos
entes queridos.
Porém, a excelente discussão
se esvazia pela péssima atuação do elenco. Os personagens não possuem
personalidade alguma, se mostrando, todos eles, de maneira fria e sem
aprofundamento. Assim, o drama aposta no lado mais físico dos protagonistas, o
que simplifica demais temas importantes, como depressão e ansiedade.
Kayla, ainda se mostra uma
adolescente caricata demais, o que faz com que o espectador não tenha vontade de
acompanhar sua jornada. Já os pais, interpretados por Saarsgad e Enos, abusam
do melodrama e não aproveitam boas ideias levantadas, mas que se perdem pelo
caminho.
Não suficiente, para piorar,
o longa tem diálogos sofríveis. Sem contar nas coincidências de roteiro, que muitas
vezes podem ser consideradas, inclusive, furos na história.
Assim, “Mentira Incondicional”
só acerta na aposta, propondo reflexões importantes, mas que, infelizmente, não
ganham consistência. Com atuações sofríveis e um roteiro precário, o longa
prova que não basta uma boa proposta, mas também uma boa execução.
Isso só constata que “de
boas intenções, o inferno está cheio!”
Nota: 🌟🌟 (Ruim)
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