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Ben Wheatley é um diretor bem
irregular, nas suas obras. Sua carreira é marcada por acertos, como em “Kill
List” (2011) e “Turistas” (2012), mas também por pérolas, visto “No
Topo do Poder” (2015) e “Free Fire” (2016).
A obra da vez, “Rebecca: A
Mulher Inesquecível”, trata-se de uma nova adaptação do romance, de mesmo
nome, escrito por Daphne du Maurier. Nesta nova transposição, temos Lily James, vivendo uma plebeia inglesa, que acaba se apaixonando por um homem rico,
chamado Maxin de Winter (Armie Hammer), que esconde um grande mistério.
Vale lembrar que essa história
já foi mostrada, nos cinemas, pelas mãos de Alfred Hitchcock, em 1939, num longa
de mesmo nome, que ainda rendeu, ao diretor, o Oscar de Melhor Filme, no ano
seguinte.
Entretanto, a obra de Wheatley
é um pouco diferente. O novo filme procura focar na “competição” entre a esposa
“viva” e a “morta”, se aproximando mais do sobrenatural.
Mesmo assim, o novo diretor não consegue
ir além, pois se mostra muito metódico, utilizando planos artificiais, que não
abraçam a loucura proposta, inicialmente. Talvez, a responsabilidade de refilmar
um clássico tenha deixado Wheatley mais contido. Nisso, o filme parece muito mais algo
vindo da Disney, do que do “novo terror”.
Além de Lily James, que já
trabalhou pra Disney, em “Cinderela” (2015), as paisagens, que compõem a
fotografia, e o enquadramento explicam bem isso. Wheatley aposta muito em
visuais inimagináveis e cores fortes, estilo desenho, que plastificam demais o
que estamos vendo.
Assim, seus planos metódicos e
sua história rasa, que demora a engrenar, faz “Rebecca: A Mulher Inesquecível”
entrar no paradoxo de se tornar, justamente, o contrário do que propõe: Um
filme esquecível.
Nota: 🌟🌟 (Ruim)
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