Pular para o conteúdo principal

Bala Perdida (Netflix) - Crítica

br.blastingnews.com

“Bala Perdida”, novo lançamento da Netflix, é um filme que possui uma narrativa simples e objetiva. A história começa com um homem, que deseja roubar uma joalheria, utilizando um carro fortificado. Porém, o plano dá errado e o ladrão é preso.

Depois de um bom tempo na cadeia, ele é convidado pelo chefe da polícia, a usar o seu talento, para auxiliá-lo a fortificar as viaturas, como ajuda ao combate ao narcotráfico. Assemelha-se um pouco ao final de “Prenda-me se for Capaz” (2002).

Tudo isso ocorre de forma simples e convincente. O diretor, e também roteirista, Guillaume Pierret, sabe de suas limitações e se concentra na ação, apostando em incríveis cenas de perseguição e nas ótimas coreografias de lutas.

O roteiro se assemelha ao já conhecido do gênero, servindo mais para o lado da adrenalina, e menos na questão interpretativa.

Nesse último quesito, está o maior defeito da produção. Pois, o elenco é muito limitado. Outro problema está nos estereótipos utilizados. O filme tem “pausas”, em seu ritmo acelerado, para apostar no clichê da moral do protagonista.

Porém, quando vai para o lado automobilístico, ele brilha. As cenas de perseguição são incríveis, produzidas de forma realista, nada semelhante a qualquer “Velozes e Furiosos”, que se destacam pelo abandono da física, e pela aposta no CGI.

“Bala Perdida” é um ótimo passatempo, com belas cenas de ação e perseguições alucinantes.  O filme possui um final, que serve ainda de expectativa para uma possível sequência. No mínimo, pela boa execução, merecia um dois.


Nota: ★★★★ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, for...

Freaks: Um de Nós (Netflix) - Crítica

deveserisso.com.br A Netflix parece querer mesmo construir sua própria franquia de super heróis. E a aposta do momento está em “Freaks: Um de Nós” . A “bola da vez” começa sua história de um close, onde é mostrado um olhar amedrontado, que provoca curiosidade ao espectador. A partir daí, somos convidados a seguir a caminhada de Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida simples, ao lado de sua família, e com seu trabalho estressante em um restaurante, onde sonha ganhar uma promoção. Porém, tudo muda quando um morador de rua a aborda, dizendo que sua vida pode ser mais do que aquilo. Independente da boa premissa, o filme muda de pauta, rapidamente. Resolvendo apostar numa metáfora, de que o uso de remédios impede o verdadeiro potencial de todos nós. Para piorar a situação, joga-se, sem muita explicação, várias referências aos quadrinhos e a mitologia grega, que não acrescenta em nada a trama, já confusa. Acentuando, ainda mais, seus erros, o longa alemão busca misturar u...

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come...