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The Last Days of American Crime (Crítica)

observatoriodocinema.uol.com.br

Já começa a ser uma tarefa complicada começar a avaliar um filme, cujo título é traduzido, em português, como “os últimos dias de crime americano”. Senão bastasse o exagero, em propor o fim da criminalidade em um local, usar 2h30 foi cansativo para o espectador.

Misturando ação, dentro de um futuro distópico, o enredo é tirado de um quadrinho, roteirizado por Rick Remender, que foca na história do assaltante Graham Bricke (Edgar Ramirez), que acabou de receber a notícia de que seu irmão, Rory (Daniel Fox), cometeu suicídio na prisão. Passado o trauma, ele conhece Shelby Dupree (Anna Brewster), uma mulher misteriosa que o convida para participar de um “mega assalto”, junto do seu noivo, Kevin Cash (Michael Pitt).

Tudo isso, em volta de uma lei federal, que permite o teste de um implante em criminosos, que quando ativados, permitem o bloqueio de suas ações, quando estão prestes a cometer um crime. E esse tal “mega assalto”, já dito, precisa ocorrer, há minutos, antes de o sistema ser, totalmente, ativado.

O argumento até que é interessante, muito pelo momento atual em que vivemos, onde é discutido o controle governamental sobre seus cidadãos. O problema é sua aplicação, totalmente cafona, que não consegue gerar um debate inteligente.

Karl Gajdusek, roteirista do longa, tenta criar um estilo noir, buscando, ao máximo, contar o background de todos os personagens. Isso é até interessante, se não fosse as atuações sofríveis, sem expressão nenhuma, de todo o elenco, sem exceção.

Nisso, o roteiro parece querer, ao tempo todo, justificar as ações dos personagens, que deixa o espectador nervoso, só querendo que chegue o tal assalto, que parece demorar, uma eternidade, para acontecer.

“The Last Days of American Crime” é daquelas produções que tem um começo que, praticamente, já conta tudo o que irá por vir. Sem surpresas, tentando ser pretencioso e utilizando violência gratuita.

Temos aqui, um real desperdício de tempo.

Nota: (Ruim)

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