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Já
começa a ser uma tarefa complicada começar a avaliar um filme, cujo título é
traduzido, em português, como “os últimos dias de crime americano”. Senão
bastasse o exagero, em propor o fim da criminalidade em um local, usar 2h30 foi
cansativo para o espectador.
Misturando
ação, dentro de um futuro distópico, o enredo é tirado de um quadrinho, roteirizado
por Rick Remender, que foca na história do assaltante Graham Bricke (Edgar
Ramirez), que acabou de receber a notícia de que seu irmão, Rory (Daniel Fox),
cometeu suicídio na prisão. Passado o trauma, ele conhece Shelby Dupree (Anna
Brewster), uma mulher misteriosa que o convida para participar de um “mega
assalto”, junto do seu noivo, Kevin Cash (Michael Pitt).
Tudo
isso, em volta de uma lei federal, que permite o teste de um implante em
criminosos, que quando ativados, permitem o bloqueio de suas ações, quando
estão prestes a cometer um crime. E esse tal “mega assalto”, já dito, precisa
ocorrer, há minutos, antes de o sistema ser, totalmente, ativado.
O
argumento até que é interessante, muito pelo momento atual em que vivemos, onde
é discutido o controle governamental sobre seus cidadãos. O problema é sua
aplicação, totalmente cafona, que não consegue gerar um debate inteligente.
Karl
Gajdusek, roteirista do longa, tenta criar um estilo noir, buscando, ao máximo, contar o background de todos os personagens.
Isso é até interessante, se não fosse as atuações sofríveis, sem expressão
nenhuma, de todo o elenco, sem exceção.
Nisso,
o roteiro parece querer, ao tempo todo, justificar as ações dos personagens,
que deixa o espectador nervoso, só querendo que chegue o tal assalto, que
parece demorar, uma eternidade, para acontecer.
“The Last Days of American Crime” é daquelas produções que tem um começo que,
praticamente, já conta tudo o que irá por vir. Sem surpresas, tentando ser
pretencioso e utilizando violência gratuita.
Temos
aqui, um real desperdício de tempo.
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