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Toda trilogia tem um segundo
filme com uma base mais complementar e sem muita reviravolta, funcionando mais
como um desenvolvimento dos personagens, apresentando um inimigo mais forte
e o caminho pavimentado para a conclusão.
“Star
Wars: Os Últimos Jedi” não foge do clichê, mas isso não vira
algo cafona, pelo contrário é feito de uma forma nunca antes vista. O foco não
está em quem é vilão e quem é mocinho, mas sim, em dar ao espectador dois
pontos de vista, “confusos” (no bom sentido), no que é o bem e o mal.
O novo diretor e roteirista,
Rian Jonhson, procurou não “copiar” o trabalho de seu antecessor, J.J. Abrams.
E isso faz com que o longa tenha uma assinatura própria, apresentando novos
personagens e resgatando algumas histórias da trilogia original.
Apesar disso, permanece o
lado humorístico dos androides e também a “ditadura” projetada pelos vilões. As
piadas também estão lá, algo que não poderia faltar a nenhum filme da saga.
Muito se comparou este filme
com episódio V da saga, “O Império
Contra-Ataca”, e isso não é exagero, já que ambos possuem muitas
reviravoltas e um drama envolvente. E nisso, Johnson acerta, mostrando em uma
câmera acelerada, diálogos rápidos e excelentes protagonistas. Focando de um
lado em uma Rey inocente, protagonizada por Daisy Ridley, e do outro, num vilão
furioso chamado Kylo Ren, na pele de Adam Driver.
Outra coisa que não poderia
faltar são os militares. O roteiro colabora com eles, onde todos estão em
apenas um núcleo separado, usando métodos diferentes para ajudar a Resistência.
E nisso o grupo que mais chama atenção é o trio formado por Finn (John Boyega),
Poe Dameron (Oscar Isaac) e a novata Rose (Kelly Marie Tran), que permite um
equilíbrio e respiro aos espectadores.
Apesar de o filme contar com
vários personagens, cada um deles tem a sua importância e possuem o destaque
merecido. Assim como “O Despertar da
Força”, eles são mais importantes que o ambiente onde estão inseridos.
Voltando a falar do trio
principal, Rey, Luke e Kylo Ren funcionam como a essência do filme. O Retorno de
Mark Hammil a saga no papel de Luke Skywalker transforma o personagem em um
líder relutante, sábio e excêntrico. Ele não é um Jedi qualquer. Rey permanece
aquela menina em busca do crescimento, como no episódio anterior, e Kylo Ren é
o personagem com a maior evolução, onde agora sim, entendemos quem é esse vilão
de verdade.
Leia (Carrie Fisher), apesar
da morte da atriz que a interpreta, possui uma de suas melhores aparições na
saga, chegando a emocionar quem sabe de todos os bastidores de sua morte. Outra
aparição que provoca lágrimas é a do mestre Yoda, que funciona mais como um
fã-service.
Sobre os vilões, além de
Kylo Ren, também temos atuações impecáveis de Domhnall Gleeson na pele do
General Hux e do fenômeno Andy Serkis como o Líder Supremo Snoke. Já a
personagem polêmica do episódio anterior, Maz Katana (Lupita Nyong), só possui
uma breve participação e não prejudica tanto a história.
Resumindo, o que aparentava
ser uma simples continuação do episódio anterior, “Star Wars – Os Últimos Jedi” é uma junção entre a tradição da saga
(Rebelião vs Império, Luz vs Escuridão, fã-service, easter-eggs), com uma
pitada de renovação. Apesar de ser o segundo filme da trilogia, o longa mostra
o início de um novo e excelente futuro para a franquia.
Simplesmente, um filme “Star
Wars”.
Classificação: Excelente (5 de 5 estrelas)
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