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Vindo
de um baita sucesso provocado pelo filme anterior, “Deadpool 2” precisava mostrar, em sua continuação, algo potencializado
em relação ao primeiro, trabalhando da mesma forma a questão da referência pop
e da metalinguagem, mas precisando também mostrar algo novo para os fãs.
Nesse
sentido, o longa se esbarra, em momentos agradáveis e oportunidades
desperdiçadas. Cable (Josh Brolin), por exemplo, é o principal fator deste
segundo quesito, onde toda a sua mitologia dos quadrinhos dos X-Men é
simplificada ao extremo, causando decepção a quem gosta do personagem. Aqui,
Cable funciona mais como escada para as piadas de Deadpool (Ryan Reynolds).
Em
compensação, Dominó (Zazie Beetz) sabe aproveitar bem a chance que tem. Se bem
verdade, ela lucra em relação ao personagem de Brolin, por contar com mais tempo
de tela e possuir situações bastante engraçadas envolvendo seu principal poder,
onde pode manipular as probabilidades.
Outro
acerto do filme fica por conta das cenas de ação, quando são postas de forma
mais brutas. Quando Cable e Deadpool brigam na prisão, por exemplo, vemos uma
bonita coreografia de artes marciais misturada com a elasticidade do corpo de
Wade, criando uma sintonia magnífica.
Entretanto,
o diretor David Leitch, no geral, não consegue trabalhar tão bem com as cenas
de CGI, comparado ao diretor do primeiro filme, Tim Miller. Um grande exemplo
disso, vemos em Colossus (Stefan Kapicic), onde o personagem perde a textura e
lembra o herói “brucutu” da sua participação na primeira trilogia dos X-Men,
participação essa que os fãs querem esquecer.
Em
relação ao humor e a ação, o filme até vai bem, o problema é que o longa varia
muito de gênero, causando bastante confusão a quem está assistindo. É algo
parecido com o que vemos em “Zumbilândia”,
também escrito pela dupla de roteiristas Rhett Reese e Paul Werneck, misturando
de forma pobre a ironia e a seriedade. Não sabemos se devemos levar o filme a
sério ou aproveitar o grande número de piadas contadas, ou seja, o longa não é
bem definido.
“Deadpool 2” é um filme bastante indeciso, e que age de uma forma
bastante conservadora, tentando repetir o sucesso do primeiro e não se
permitindo a explorar novas possibilidades. Resumindo, ele possui boas esquetes
separadas, mas quando junta tudo, acaba virando um “Frankenstein” de difícil compreensão.
Classificação: Regular (3 de 5 estrelas)
Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito. Adorei a participação de Josh Brolin, é um ator multifacetado, seu papel de Cable é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Homens de Coragem, não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes de Jennifer Connelly . Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações.
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