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Ilha dos Cachorros (Crítica)

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Wes Anderson sempre se caracterizou pelo seu lado mais “hipster”, se comparado a outros grandes nomes da direção. E esse fundamento não falta no seu mais novo lançamento, “Ilha de Cachorros”, que está indicado ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Animação, podendo também aparecer no Oscar.

Aqui, Anderson procura homenagear o Japão, partindo com o objetivo de referenciar, ao máximo, Osamu Tezuka. Essa animação tem como base, abordar temas como guerra e cibertecnologia. A história é centrada em Atari, um menino que deseja encontrar seu cachorro, que está vivendo perdido em um lixão, na cidade de Megasaki, onde todos os animais foram exilados, a ordem do governo, para o combate a uma epidemia misteriosa, que acabou atingindo a metrópole.

Além de se tratar de uma animação 2D, o filme se utiliza bastante de flashbacks e hipertextos, lembrando até um pouco a figura do Astroboy de Tezuka. Comparando com histórias anteriores de Wes Anderson, “Ilha de Cachorros” funciona como algo mais emocional.

O longa, desde o início, se propõe em trazer um pouco da cultura japonesa, mesmo de forma caricata, mas com um intuito de focar numa estrutura narrativa, utilizando-se de uma musicalidade original e bem cadenciada, formando uma grande aventura.

Não se trata de uma animação da Disney, ou um grande sucesso do Studio Ghibli, mas é, com certeza, um filme bastante reflexivo, bem a cara de Wes Anderson.


Classificação: Bom (4 de 5 estrelas)

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