Pular para o conteúdo principal

Ilha dos Cachorros (Crítica)

cosmonerd.com.br


Wes Anderson sempre se caracterizou pelo seu lado mais “hipster”, se comparado a outros grandes nomes da direção. E esse fundamento não falta no seu mais novo lançamento, “Ilha de Cachorros”, que está indicado ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Animação, podendo também aparecer no Oscar.

Aqui, Anderson procura homenagear o Japão, partindo com o objetivo de referenciar, ao máximo, Osamu Tezuka. Essa animação tem como base, abordar temas como guerra e cibertecnologia. A história é centrada em Atari, um menino que deseja encontrar seu cachorro, que está vivendo perdido em um lixão, na cidade de Megasaki, onde todos os animais foram exilados, a ordem do governo, para o combate a uma epidemia misteriosa, que acabou atingindo a metrópole.

Além de se tratar de uma animação 2D, o filme se utiliza bastante de flashbacks e hipertextos, lembrando até um pouco a figura do Astroboy de Tezuka. Comparando com histórias anteriores de Wes Anderson, “Ilha de Cachorros” funciona como algo mais emocional.

O longa, desde o início, se propõe em trazer um pouco da cultura japonesa, mesmo de forma caricata, mas com um intuito de focar numa estrutura narrativa, utilizando-se de uma musicalidade original e bem cadenciada, formando uma grande aventura.

Não se trata de uma animação da Disney, ou um grande sucesso do Studio Ghibli, mas é, com certeza, um filme bastante reflexivo, bem a cara de Wes Anderson.


Classificação: Bom (4 de 5 estrelas)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marcas da Maldição (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Mais de vinte anos, após a estreia de “A Bruxa de Blair” (1999), maior sucesso do gênero Terror com câmera na mão, a Netflix traz um novo filme com essa abordagem. O principal chamariz, para o longa dos anos 90, era a inauguração da onda de focar no uso de fitas abandonadas, com imagens de florestas assustador a s, onde habit avam maldições. Tentando retomar essa “ vibe” antiga, o diretor Kevin Ko lança seu “Marcas da Maldição” . O cineasta já é bastante conhecido, pelo talento de proporcionar “bons sustos” e criar uma atmosfera crescente, a partir de suas imagens. Em tela, é apresentado um ciclo, composto por pessoas curiosas, que se aproximam de lugares proibitivos, que acabam gerando situações amedrontadoras, como consequência as mesmas. Aqui, temos um grupo que tenta desmascarar casos sobrenaturais, para seu canal, no Youtube. Porém, eles acabam se envolvendo num ritual real, morrem e sobra apenas uma jovem mãe (Hsuan-yen Tsai), dos integrantes . ...

A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

loucosporfilmes.net Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção. Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor. A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável. Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador. A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protag...

Beckett (Netflix) – Crítica

aodisseia.com Um velho artifício para se produzir uma história, que prenda o espectador do início ao fim, é escolher uma trama que envolva paranoia e teorias da conspiração. Nessa “vibe”, a Netflix aposta em “Beckett” , um thriller que promete. Beckett é o nome do protagonista, interpretado por John David Washington ( “Infiltrado na Klan” ), que está de férias com a namorada, April (Alicia Vikander), em Atenas, na Grécia. Durante a hospedagem, em um hotel, eles ficam sabendo de um protesto, que irá ocorrer próximo, e então decidem viajar, de carro, para o interior. Porém, durante o trajeto, o casal sofre um acidente. Beckett perde a esposa e ele acaba vendo um menino ruivo, antes de desacordar. Depois de ser resgatado, Beckett se vê caçado, sem saber o porquê, e precisa lutar para chegar à embaixada americana, em Atenas. A direção de “Beckett” é comandada por Ferdinando Cito Filomarino, e possui dois grandes arcos. O primeiro foca mais nas férias felizes do casal protagoni...