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Podres de Ricos (Crítica)

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A maior surpresa dos indicados ao Globo de Ouro 2019, sem dúvida, foi “Podres de Ricos”. Mas o espanto não é só com a indicação, antes mesmo, o mundo já passou a olhar a produção, com outros olhos, pela sua bilheteria, que contou com um faturamento girando em torno dos 230 milhões de dólares, bem acima do valor da produção que custou cerca de 30 milhões.

Apesar de barato, o filme não poupa nem um centavo para nos mostrar o primeiro mundo, aonde a história irá se passar. A começar por Londres, onde vemos duas mulheres asiáticas que são tratadas por extremo preconceito, mas que conseguem contornar a situação, onde uma delas consegue telefonar para um amigo que a ajuda a comprar o local.

Em seguida, corta-se para Nova York, em um tempo futuro, onde Nick Young (Henry Golding), o menino que acompanhava as duas senhoras na primeira cena, já com vinte e poucos anos, rico e de bem com sua namorada. Assim, Nick se permite a convidar a amada para o casamento de seu melhor amigo, entretanto a internet capta o momento e espalha a vida amorosa do casal para o resto do mundo.

O principal ponto positivo para “Podres de Ricos” é contar com um elenco completamente asiático, o que gera confiança para quem está assistindo de que aquela história poderia muito bem ter acontecido. É até mesmo difícil lembramos qual foi a última vez que vimos tal situação nos cinemas.

Apesar desses acertos mais estéticos, assim dizendo, o filme erra no roteiro, que não consegue criar o menor suspense para quem está assistindo. A trama parece a de uma novela global, não gerando nada de tão excepcional, e não correndo riscos, já que o espectador desde o início sabe muito bem que o desfecho da história terá um final feliz.

No geral, “Podres de Ricos” lembra um longa qualquer da Sessão da Tarde dos últimos anos, não trazendo nada de novo, muito menos de excepcional para o cinema atual. Parece que sua indicação para o Globo de Ouro foi mais pela sua bilheteria, do que pela qualidade.


Classificação: Ruim (2 de 5 estrelas)

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