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Em 1978, começou a era dos blockbusters
no cinema, especialmente pela estreia de “Superman
– O Filme”, que possuía um slogan bastante chamativo: “Você vai acreditar que um homem pode voar!”. Para muitos, esse
filme, o maior longa de super-herói da história, conseguiu trazer para o público
uma áurea mais divertida, pura e “aventuresca”, tudo isso envolvido por um
otimismo contagiante.
Mas aí o tempo foi passando e o fracasso de Joel Schumacher na
direção de Batman, somado a outros longas desastrosos, como “Demolidor” (2003) e “Mulher Gato” (2004), fez com que a
indústria cinematográfica do gênero super-herói apostasse em algo mais pé no chão.
Assim, surge o sucesso da trilogia Batman, encabeçada por Christopher Nolan, onde
o público e a crítica acreditava que o estilo dark iria tomar a vez. Por outro lado, o Universo Cinematográfico Marvel
conseguiu adequar o bom humor a seus super-heróis e transformá-los em uma fórmula
de sucesso.
Mesmo assim, nem a Marvel nem a DC conseguiu trazer, talvez, algo
próximo ao estilo de “Superman” de
1978, sendo uma obra verdadeiramente família. Entretanto, “Shazam!” cumpre bem esse objetivo, utilizando-se de uma imersão
total, não levando-se a sério, e tendo uma motivação simples ao vilão, algo que
não é um demérito nenhum, já que o filme traz uma “vibe” mais “Sessão da Tarde”, que havia se perdido.
Sobre a história em si, ela é focada em Billy Batson (Asher
Angel), um adolescente rebelde que está em busca dos pais, que o “abandonaram”,
quando criança. Até que o garoto é adotado por uma família de “órfãos
rejeitados”, e finalmente entende o significado verdadeiro de família.
E dentro da excelente escolha de elenco para as crianças, destaca-se
Jack Dylan Grazer, escalado para viver Freddy Freeman, um nerd falastrão que
auxilia o herói protagonista a se adaptar ao novo estilo de vida, ao mesmo
tempo em que seu irmão é convocado por uma entidade mágica para defender o mundo
do mal, transformando-se em um campeão apenas dizendo a palavra Shazam.
A história é bem simples, a luta entre o bem e o mal, todavia destacando
a jornada do personagem principal em se tornar um herói padrão, apesar de ser
apenas um garoto de 14 anos.
Além dos garotos que entregam bem seus personagens, Zachary Levy
(que interpreta o herói transformado) possui o carisma que o filme precisa. Sua
atuação vem na medida certa, dando o tom real de que existe um menino por trás
do herói, mas sem exageros. De erros, apesar do filme no geral ser bastante
divertido, a caracterização dos sete pecados capitais é muito pobre, porém nada
que atrapalhe muito a narrativa do longa.
Mesmo assim, “Shazam!”, sem
dúvida, é o filme certo pra família, que aquece o coração de todos.
Classificação: Bom (4 de
5 Estrelas)
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