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Artificialidade, nas
interpretações, sempre foi um dos motivos levantados para afastar muita gente
de Musicais.
Porém, Hollywood tem
apostado bastante nesse gênero, nos últimos tempos. Apesar do grande marco ainda
esteja em “A Noviça Rebelde” (1965), temos vários exemplos
interessantes, nos anos 2000. Tais como “Em um Bairro em Nova York” (2021),
“Rocketman” (2019), “La La Land” (2017), “Mamma Mia!”
(2008), entre outros.
O gênero, aliás, apesar dos
protestos, sempre esteve presente no cinema. Porém, mesmo com todos esses
fatores positivos, “Cinderela”, novo lançamento do Prime Video, é um longa
vazio.
Kay Cannon (“Não Vai Dar”)
é o responsável pela direção, e mira nas fórmulas, já conhecidas, tentando atualizar
a história, aos tempos de hoje, colocando camadas modernas à uma narrativa
clássica.
Estrelando
o filme, temos Camila Cabelo vivendo Ella, uma aspirante a estilista, órfã, que
vive no porão da casa de sua madrasta, Vivian (Idina Menzel), uma mulher que
tem como principal meta de vida criar suas duas filhas, para conquistarem um
bom partido.
Pelo
lado da Família Real, temos o rei Rowan (Pierce Brosnan) e a rainha Beatrice (Minnie
Driver), que estão focados em conseguir um casamento proveitoso para o príncipe
Robert (Nicholas Galitzine), com o intuito de manter a longevidade da realeza.
Só que Robert acredita no “amor verdadeiro”, e acaba o encontrando ao conhecer Ella.
No
lado musical, a trilha é embalada por Madonna, Queen, The White Stripes e Ed
Sheeran, tentando, ao máximo, subverter a história conhecida. Soma-se isso ao
fato de Ella não querer se casar, mas sim abrir seu próprio negócio. A mensagem
de empoderamento feminino é clara e necessária.
Voltando
ao protagonismo, Cabelo usa bem sua simpatia e presença, em belos números
musicais. Seu tom explora um humor autodepreciativo, que faz graça com todo lado
mágico, já conhecido.
Minnie
Driver e Pierce Brosnan proporcionam uma dinâmica de casal mais velho, que é divertida,
mesmo sem tanto foco. O príncipe Robert, entretanto, só fica na beleza
estética. Sua atuação é sofrível e o texto também não o ajuda, mesmo com todo holofote.
Em
resumo, “Cinderela” tem uma bela mensagem, todavia sua execução não
aproveita o que tem de melhor.
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