jornadageek.com.br |
A primeira cena de “Kate”
já apresenta, perfeitamente, sua protagonista, interpretada por Mary Elizabeth
Winstead, correndo pelos telhados de Tóquio, movimentando-se entre os prédios e
as belas luzes de neon, que caracterizam a capital japonesa.
Cenários chamativos são o
grande trunfo para chamar o público, para a nova produção da Netflix. Dirigida
por Cedric Nicolas-Trovan (“O Caçador e a Rainha do Gelo”), “Kate”
envelopa uma trama familiar básica, onde uma assassina de aluguel busca vingança,
em meio a uma possível jornada de redenção, desenhada com ousadia estética.
O roteiro, assinado por
Umair Aleem, embora entregue o simples, consegue êxito. O foco maior está mais na
ação da protagonista, do que no seu trauma.
Winstead divide a cena com a
ótima Miku Patricia Martineau, que interpreta uma adolescente, totalmente fora
do clichê irritante, e que entra para desenvolver uma importante discussão, na
trama, que aborda a inserção da cultura japonesa, no “mundo ocidental”.
Na ação, o filme cumpre bem
o pedido, adicionando uma trilha sonora ativa e uma maquiagem de alto nível,
que imprime bem a putrefação do corpo da heroína, ao longo da trama, ampliada
pela boa interpretação de Winstead.
A montagem, assinada por
Sandra Montiel e Elísabet Ronaldsdóttir, dá o ritmo e o humor necessário, com
uma ação de alto nível.
Salvo uma reviravolta ou
outra, que não surpreende, “Kate” cumpre bem seu objetivo, de embarcar o
seu espectador, na jornada, com uma ação épica e uma protagonista competente.
Comentários
Postar um comentário