Pular para o conteúdo principal

Todos Estão Falando sobre Jamie (Prime Video) – Crítica

cinemacomrapadura.com.br


Apesar de todo o sucesso (merecido, por sinal) de vários filmes protagonizados por personagens LGBTQIA+, nos últimos anos, tem se gerado algumas reclamações, por parte do público, por sempre se mostrar virtudes, e menos a realidade da história desses indivíduos.


Sempre destacando que histórias, independentemente de qualquer uma, são construídas através de suas falhas, tendo redenção ou não. Graças a Deus, “Todos Estão Falando sobre Jamie”, novo filme distribuído pelo Prime Video, consegue construir um protagonista LGBTQIA+ autoconfiante, mas ao mesmo tempo impulsivo ao extremo, tentando se aceitar com sua identidade.


“Todos Estão Falando sobre Jamie” não revoluciona, porém acerta quando foca na jornada de seu protagonista, que tem o objetivo de convencer todos à sua volta de que ele merece respeito. Algo que não é uma conquista, apenas um direito básico de qualquer ser humano.


Na trama, acompanhamos Jamie (Max Harwood), um jovem que tem um sonho: tornar-se uma drag queen. Para atingir o êxito, ele contará com a ajuda de sua mãe (Sarah Lanchashire) e sua melhor amiga (Lauren Patel). Porém, ele enfrentará também obstáculos, como seu pai (Ralph Ineson), que abandonou a família após descobrir a sexualidade do filho, sua professora rígida (Sharon Horgan) e um bully (Samuel Bottomley).


O roteiro, que organiza esse plot, fica por conta de Tom McRae (“Doctor Who”), que adapta sua própria peça musical.


Sobre as canções, elas ajudam no andamento da trama e colorem a paisagem, dando uma ousadia ao cenário. Sempre referenciando a ícones como Madonna, e outros desse estilo modernista. Embora, o longa não consiga emplacar uma canção memorável.


O filme também erra ao não se aprofundar em temas importantes, como a homofobia e o bullying. Além de apresentar obstáculos muito simples de serem resolvidos, que resultam num final para lá de previsível.


Porém mesmo que exagere, em algumas caracterizações, sua autoaceitação e seu toque de “realidade” já é louvável.



Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marcas da Maldição (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Mais de vinte anos, após a estreia de “A Bruxa de Blair” (1999), maior sucesso do gênero Terror com câmera na mão, a Netflix traz um novo filme com essa abordagem. O principal chamariz, para o longa dos anos 90, era a inauguração da onda de focar no uso de fitas abandonadas, com imagens de florestas assustador a s, onde habit avam maldições. Tentando retomar essa “ vibe” antiga, o diretor Kevin Ko lança seu “Marcas da Maldição” . O cineasta já é bastante conhecido, pelo talento de proporcionar “bons sustos” e criar uma atmosfera crescente, a partir de suas imagens. Em tela, é apresentado um ciclo, composto por pessoas curiosas, que se aproximam de lugares proibitivos, que acabam gerando situações amedrontadoras, como consequência as mesmas. Aqui, temos um grupo que tenta desmascarar casos sobrenaturais, para seu canal, no Youtube. Porém, eles acabam se envolvendo num ritual real, morrem e sobra apenas uma jovem mãe (Hsuan-yen Tsai), dos integrantes . ...

A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

loucosporfilmes.net Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção. Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor. A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável. Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador. A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protag...

Beckett (Netflix) – Crítica

aodisseia.com Um velho artifício para se produzir uma história, que prenda o espectador do início ao fim, é escolher uma trama que envolva paranoia e teorias da conspiração. Nessa “vibe”, a Netflix aposta em “Beckett” , um thriller que promete. Beckett é o nome do protagonista, interpretado por John David Washington ( “Infiltrado na Klan” ), que está de férias com a namorada, April (Alicia Vikander), em Atenas, na Grécia. Durante a hospedagem, em um hotel, eles ficam sabendo de um protesto, que irá ocorrer próximo, e então decidem viajar, de carro, para o interior. Porém, durante o trajeto, o casal sofre um acidente. Beckett perde a esposa e ele acaba vendo um menino ruivo, antes de desacordar. Depois de ser resgatado, Beckett se vê caçado, sem saber o porquê, e precisa lutar para chegar à embaixada americana, em Atenas. A direção de “Beckett” é comandada por Ferdinando Cito Filomarino, e possui dois grandes arcos. O primeiro foca mais nas férias felizes do casal protagoni...