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“Interceptor”, filme recém-chegado ao catálogo Netflix, é daquelas produções que nos lembra aqueles títulos genéricos de ação, dos anos 80, que embalaram várias noites do Supercine. São vários elementos que fizeram parte daquela época, como conflito Rússia-EUA, um vilão lutador de artes marciais, e busca por vingança.
Além do mais, aqui se repete a história simples, mais focada na violência e na exaltação ao militarismo. Na trama, acompanhamos JJ (Elsa Pataky), uma militar americana, que carrega o peso psicológico de ter sido abusada, por um superior. No meio disso, ela é designada para servir uma base marítima bélica.
Embora pareça uma tarefa simples, tudo muda quando a Rússia decide atacar a base americana, onde JJ está. Assim, começa a história, escrita pela dupla de roteiristas Matthew Reilly e Stuart Beattie, que foca na jornada de uma militar que fará de tudo para salvar sua base.
“Interceptor” se mostra, desde o início, como um filme simples de sobrevivência. Isso não é problema algum, se a sua composição não fosse tão pobre. A começar pelo vilão, interpretado por Luke Bracey, que trata-se de um homem revoltado com o exército americano, mas que no meio da trama, inexplicavelmente, diz que sonha numa América forte novamente. Nunca fica claro se ele ama ou odeia seu país.
Que bom seria se só o roteiro fosse o problema, aqui. A direção também é pavorosa, ao não conseguir convencer nem no simples drama.
“Interceptor” nada mais é que um filme ultrapassado, que se acha contemporâneo. Sem dúvida, será esquecido em uma semana, quando a própria Netflix já promoverá um novo lançamento.
Tomara, que seja, no mínimo, melhor. Embora, diga se de passagem, não é uma tarefa tão difícil, em nível de comparação.
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