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Sandman (Netflix) – 1ª Temporada (Crítica)

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O maior sucesso do autor Neil Gaiman, nos quadrinhos, “Sandman” já coleciona vários projetos de adaptação, para o live-action, que nunca vingaram. Muito disso, pelo fato do próprio Gaiman ter recusado inúmeras ideias de vários estúdios, interessados na história de Morpheus. Passados 34 anos, depois do lançamento da sua primeira edição, chega à Netflix, a tão esperada adaptação televisiva.


No geral, a história, aqui, segue, quase por completo, o visto nos quadrinhos. Começamos com Sonho dos Perpétuos/Morpheus (Tom Sturridge) sendo capturado, durante um ritual de magia, provocado por Roderick Burgess (Charles Dance). Quase um século aprisionado, ele, finalmente, escapa. Agora, ele decide recuperar seu trono, perdido no caos, nesse contratempo.


Apesar de contar com uma narrativa bem fiel ao material original, a adaptação modifica alguns aspectos, para atualizar-se com o mundo atual. Tudo isso, sendo comandado pelo próprio Gaiman, ao lado de David S. Goyer e Allan Heinberg.


As mudanças, mencionadas anteriormente, não se aplicam tanto no protagonista, mais sim no entorno. Personagens como Coríntio (Boyd Holdbrook) e Desejo (Mason Alexander Park), assumem o antagonismo da trama. Enquanto, Matthew (Patton Oswalt) e Lucienne (Vivienne Acheampong) ganha mais espaço, atuando-os como parceiros na jornada de Morpheus.


Nisso, as atuações são a grande qualidade da série. Boyd Holdbrook, por exemplo, aparece como Coríntio, se mostrando uma figura vilanesca cativante. Destaque também para as participações especiais de Gwendoline Christie, Vanesu Samunyai, Ferdinand Kingsley e Jenna Coleman, como respectivamente Lúcifer, Rose Walker, Hob Gadling e Johanna Constantine.


Embora acerte a maior parte do tempo, “Sandman” também tropeça. O lançamento de toda a temporada, de uma única vez, sugere uma maratona que pode prejudicar na degustação de uma série, que merecia um intervalo entre os episódios.


Contudo, no produto em si, a primeira temporada de “Sandman” faz jus a expectativa que os fãs nutriam. Mesmo que o tom reflexivo diminua, em comparação com os quadrinhos, ainda sim, a série entrega momentos emocionantes, graças a uma ótima escolha de elenco e o envolvimento de Gaiman. Senão é tão genial quanto a obra original, a série é uma bela porta de entrada para uma nova geração de fãs.



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

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