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A ideia inicial era que Stranger Things fosse apenas mais uma série sobrenatural. Entretanto, a Netflix ganhou um retorno mais que positivo na sua primeira temporada. Com isso, o serviço de Streaming requisitou uma segunda e a série conseguiu manter elementos da cultura pop, com personagens carismáticos e alta quantidade de referências “Nerds” dos anos 80, nesta continuação.
Mas o foco aqui está na segunda temporada que
começa bem diferente da anterior. Devido as altas expectativas deixadas na
primeira, os diretores Matt e Ross Duffer, junto com o produtor Shawn Levy
trataram o novo ano como se fosse uma continuação de um filme anterior de
grande sucesso. A meta agora é responder os ganchos deixados pela primeira e
ampliar o universo.
E funciona. A série, nesta temporada, conseguiu se
dividir bem. Os três primeiros episódios servem mais para que o espectador
reencontre os personagens e entenda o novo “vilão”, o Monstro das Sombras. Logo
mais pro meio é visto as complicações que esta nova aberração causou, deixando
para os dois últimos capítulos a resolução. Série curta e de fácil
entendimento, não cansando o espectador. Entre as novidades dois se destacam:
Max (Sadie Sink) e Bob (Sean Astin). Ambos começam buscando ainda espaço, mas
crescem com o desenrolar da história, ajudando inclusive o grupo de “nerds” a
combater as ameaças.
Mesmo sem ter um foco único como no primeiro ano (o
desaparecimento de Will), a série consegue se equilibrar entre as histórias dos
personagens, mostrando em cada episódio o espaço que cada um merece. Temos
tempo de entender também o ponto de vista de cada um dos personagens, dando ênfase
a Hopper (David Harbour), Mike (Finn Wolfhard) e Eleven (Millie Bobby Brown). As
referências Nerds permanecem nesta 2ª temporada. Podemos perceber que são citados
“Caça-Fantasmas”, “Aliens
- O Resgate”, “Gremlins”, “Contatos Imediatos do
Terceiro Grau”, “A Garota de Rosa-Shocking”, “O Ataque
dos Vermes Malditos”, “O Exorcista”, entre (muitas) outras do
cinema, da TV, da música e dos games.
Dois
pontos a se destacarem nesta 2ª temporada, um positivo e um negativo. Em
relação aos personagens, Steve (Joe Keery) é o um dos que mais crescem da
1ª para a 2ª, onde vemos o garoto rico e mimado que consegue explorar um lado
mais sentimental, sincero, e que também se acha num entrosamento perfeito com
Dustin (Gatten Matarazzo), gerando várias risadas a quem está vendo. De
negativo, a entrada de Billy, que não foi muito bem explicada e mostrou-se um
personagem bem desprezível, ao contrário de sua irmã Max, que foi um excelente
acerto.
Concluindo,
Stranger Things 2 nos mostrou que apesar de um orçamento baixo e poucos
episódios, trata-se de uma série que pode manter sua essência com bons efeitos,
montagem e com uma conclusão magnífica. Manteve o bom entrosamento no elenco
mirim, aumentando o lado sobrenatural, e principalmente mostrando que cada
personagem tem a sua importância.
Desde
as investigações da turma (Mike, Dustin e Lucas), a evolução de Steve, a boa química
entre Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan (Charlie Heaton), os traumas de Joyce (Winnona Ryder) e Hopper, até o desenrolar do trauma
de Will. Tudo de uma maneira fácil de entender e com boa qualidade.
Vale
a pena conferir as duas temporadas e esperar uma terceira. Consertando um erro
aqui e ali, tem tudo pra ser uma série perfeita e de muitas temporadas ainda
por vir.
Classificação: Bom (4 de 5 estrelas)
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