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O primeiro 1/4 de filme já nos diz o que “Thor: Ragnarok” vai entregar: uma
aventura engraçada de duas horas. Thor, o deus do Trovão, finalmente consegue
se encaixar no Universo Marvel como todo. Ao contrário de seus outros dois filmes
solo, ele consegue criar empatia com espectador e mostra para nós que Chris
Hewstorwn sabe fazer piadas, se encaixando perfeitamente no mundo dos
Vingadores.
Apesar de o filme ter algumas mudanças de tom
entre o engraçado e a maldade da vilã Hela, o diretor Taika Watiti consegue
priorizar no roteiro um humor irônico, que é a sua vertente. Para quem conhece
o diretor, o filme é a sua cara. Novamente, comparando com os outros dois
filmes solo de Thor, esse sem dúvida é o mais forte e que inclusive pode
concorrer ao prêmio de uma das “melhores aventuras” da Marvel no cinema, não
deixando a desejar nem mesmo para os dois filmes dos Guardiões da Galáxia.
Do lado bom, temos ainda o abandono dos
termos filosóficos (que se encaixam de uma maneira bem melhor nos filmes da DC)
e a entrega da jornada, com uma pitada de entretenimento e humor que fazem Thor Ragnarok se mostrar como um filme
sem medo, pode se permitir a errar nas piadas adultas e no visual exagerado.
Algo que certamente tem o dedo de Taika.
Como prometido desde o início, as
inspirações das HQs do “mestre” Jack Kirby, que completaria 100 anos em 2017,
estão lá. Do visual de Sakar até o figurino das Valquírias somado ao estilo e
tempo de comédia de Jeff Goldblum, como Grão-Mestre. Ficou até um “gostinho de
quero mais” do personagem de Goldblum. Voltando a vilã Hela, Cate Blanchett nos
mostra como deve se portar uma vilã da Marvel, mostrando a Mandarim, Barão Zemo
e Cia, o que é uma ameaça de verdade.
O filme também não é 100%. Temos alguns
velhos problemas que o Universo Marvel continua carregando. Apesar da excelente
atuação de Cate Blanchett como a vilã Hela, ela não é tão aproveitada e o filme
prefere priorizar o humor provocado pelo trio Thor, Hulk e Loki. Thor não
consegue se portar como líder e o time montado por ele e os outros três (Hulk,
Loki e Valquíria), que era algo prometido nos trailers, não funciona. Apenas
quando eles conseguem se organizar em duplas, ocorre a dinâmica, principalmente
em Thor junto com Hulk. Hela, por exemplo, como elogiei, funciona bem, mas o
filme não a usa muito e prefere focar em Sakar, e não na “nova Asgard” governada
por ela.
Mas como um todo o filme é bom, e nos dá a
entender que a Marvel agora está dando espaço para novos diretores, saindo um
pouco da fórmula. Outro caso a se destacar é de que se você é fã do Thor sério
e clássico, você pode se decepcionar, já que a Marvel quer humor e parece que
essa vai a caminhada do filho de Odin daqui para frente.
Um filme simples, focado no Ragnarok e com muita piada, sem priorizar muito os eventos de Vingadores: Guerra Infinita. O resultado pareceu
bom.
Classificação: Bom (4 de 5 estrelas)
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