Pular para o conteúdo principal

Solo: Uma História Star Wars (Crítica)

Imagem relacionada
cinemacomrapadura.com.br

A Disney quis apostar alto na tentativa de explorar o passado de Star Wars no cinema, e isso acaba gerando polêmica entra os fãs. Muitos deles torcem o nariz ao ver que a produtora tenta remodelar toda uma história já gabaritada.

O spin-off da vez tem como objetivo contar a origem do contrabandista mais famoso do cinema, interpretado na franquia original por Harrison Ford, mas que aqui conta com uma aventura que dá pro gasto, respostas desnecessárias e sem o mínimo de inspiração.

Todo esse projeto é comandado pelo diretor Ron Howard, que tenta ao máximo deixar a tela suja, com ambientes repletos de lama e explosões, tentando explorar um novo mundo, nunca antes visto no universo de George Lucas. A falha, porém, acontece quando o diretor não consegue criar identidade e muito menos um clímax aceitável a aventura do jovem Solo. Ele não consegue trabalhar bem o drama e também não sabe explorar tão bem o lado magnífico que personifica um filme “Star Wars”. Isso tudo faz com que “Solo: Uma História Star Wars” seja eleito como o mais fraco de todos os filmes da saga.

O protagonista, desta vez interpretado por Alden Ehrenreich, não consegue entregar um Han Solo convincente. Trata-se mais de uma caricatura mal feita da interpretação do lendário Harrison Ford. O resto do elenco, também é bastante desperdiçado, principalmente o Lando interpretado por Donald Glover, que mostra uma boa atuação, mas o filme não consegue utilizar de forma correta o personagem. A única que se salva é a Kira, interpretada por Emilia Clarke, que entrega uma personagem sincera.

O filme tenta como objetivo contar a história de pessoas que vivem renegadas, à margem do Império, mas ao mesmo tempo fica limitado a responder perguntas sobre o passado de Han Solo, perguntas estas que não precisava ser respondidas.

De positivo, vale a coragem de tentar repetir o sucesso visto em Rogue One, onde se abandona o uso dos sabres de luz, explorando temas mais palpáveis. Entretanto, a execução disso atrapalha muito.

Resumindo, o longa conta com um elenco bom, ideias bacanas, mas uma execução péssima. "Solo - Uma História Star Wars" acaba se tornando um filme esquecível.


Classificação: Regular (3 de 5 estrelas)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Arremessando Alto (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Embora tenha sucesso, de público diga se passagem, nas comédias, o ator Adam Sandler já não causa mais surpresa quando aposta em projetos mais dramáticos. Aliás, essas escolhas, geralmente, são acertadas. Ele já trabalhou com diretores do alto gabarito, como Paul Thomas Anderson ( “Embriagado de Amor” ), os Irmãos Safdie ( “Joias Brutas” ), Noah Baumbach ( “Os Meyerowitz” ), Jason Reitman ( “Homens, Mulheres e Filhos” ). Todos esses exemplos, longe da sua produtora, Happy Madison . Apesar da desconfiança, “Arremessando Alto” pode ser a exceção que confirma a regra, de que Sandler “não dá certo” produzindo e atuando, ao mesmo tempo. O filme, recém-lançado, na Netflix, traz um Adam Sandler mais próximo do real, já que o ator é um fã confesso de basquete. “Arremessando Alto” é dirigido por Jeremiah Zagar ( “We The Animals” ), e traz Sandler na pele de Stanley Surgerman, um olheiro do Philadelphia 76ers, tradicional clube da NBA, a principal Liga de Basquete Am

Continência ao Amor (Netflix) – Crítica

tecmundo.com.br “ Continência ao Amor” , sem dúvida, pelo menos, em termos de popularidade, é um dos maiores sucessos da Netflix, no ano. Liderando por semanas, em visualizações, o filme é do gênero romance, e apela para tropes básicos como: um casal formado por opostos, inicialmente precisando fingir um relacionamento, porém desenvolvendo maiores sentimentos. A direção é comandada por Elizabeth Allen Rosenbaum, experiente em produções focadas no público jovem. Aqui, ela, pela primeira vez, tenta trazer uma obra, um pouco, mais dramática, enquanto equilibra uma série de clichês. Embora tenha até êxito nisso, a primeiro momento, os desdobramentos, desse aspecto mais sério, não acompanham a narrativa. Na trama, em si, conhecemos Cassie (Sofia Carson), uma jovem latina e liberal, que encontra Luke (Nicholas Galitzine), um rapaz militar e conservador, que possui uma relação distante com seu pai. No sentido de apresentação de seus personagens, até que o filme funciona. O bás

Ghostbusters: Mais Além (Crítica)

cinepop.com.br Mais do que fantasmas, os cinéfilos tinham medo eram das continuações de “Caça-Fantasmas” (1984), que no filme original era estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Erine Hudson, com direção de Ivan Retiman.   Depois de tantas decepções, em suas sequências, será que precisaríamos de mais uma? A Sony acreditava que sim, e lançou “Ghostbusters: Mais Além” , que tenta homenagear o original, mas também seguir em frente, como o possível início de novas aventuras.   Na trama da vez, iniciamos com uma mãe viúva e seus dois filhos sendo obrigados a se mudarem, para uma casa isolada, no interior. Localizada na fazenda do avô das crianças, se descobre que o local possui uma ligação com o Universo dos Caças-Fantasmas.   A direção de “Ghostbusters: Mais Além” fica a cargo de Jason Reitman, filho do diretor dos originais, que recebe a incumbência de retomar a franquia do pai. Embora pareça apenas uma escolha pelo parentesco, é importante ressaltar que ele vem de traba