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Homem-Formiga e a Vespa (Crítica)

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Enquanto a Marvel e seus fãs de sua veia mais cômica se glorificam pelas mãos de James Gunn e Taika Waititi, Peyton Reed veio correndo por fora, dirigindo sozinho a sequência de “Homem-Formiga”, anteriormente comandada por ele e Edgar Wright, o “queridinho” de Hollywood.

Agora Reed consegue colocar seu estilo próprio, resultando talvez na melhor comédia do MCU, num estilo mais Shakespeariano envolvido por situações amorosas e viradas rápidas. Isso já foi visto anteriormente pelo diretor em “Abaixo o Amor”.

O que muda aqui é que “Homem-Formiga e a Vespa” precisa funcionar como uma ligação entre Vingadores 3 e 4. Assim, Reed nos traz uma comédia romântica bastante espirituosa. Tudo isso de forma bastante “beabá”, no bom sentido, claro, conversando com o espectador.

Nisso, podemos elogiar o bom uso das referências, como na pergunta que todos que não são fãs desse Universo sempre se perguntam: “Vocês sempre colocam a palavra quântico em tudo o que falam?”. Apesar de simples, essas piadas cumpre a função de conectar o filme como um todo, e não estão ali apenas para nos fazer rir. O uso do humor, inclusive, ajuda bastante nas viradas, ocasionando em “punchlines” muito bem resolvidas.

Esse humor de Reed lembra mais o de Joss Whedon, onde o roteirista colocava essas situações cômicas para conectar todo o filme e lançar uma conexão mais emocional com o espectador que assiste.

Sobre a Vespa (Evangeline Lilly) ela segura a pressão de ser agora protagonista, de uma forma magnífica. Nesse caso, agora a mulher está acima do homem socialmente (Hope entende muito mais de ciência do que Scott) e sempre pensa nas viradas antes (Hope diz, convincentemente, que evitaria que Scott seria preso em Guerra Civil).

Já em Paul Rudd, vemos que ele definitivamente se encontrou no personagem Homem Formiga, nas questões de "timing", presença e comédia, lembrando inclusive Robert Downey Jr. no papel de Homem de Ferro.

Apesar da vilã Fantasma (Hannah John-Kamen) acabar sendo uma personagem bem descartável, a estrutura do roteiro funciona, garantindo um suspense mínimo até o terceiro ato, sendo este um dos melhores terceiros atos, sem dúvida, dos dez anos da Marvel Studios.

Resumindo, o filme cumpre bem o seu papel de uma comédia simples, não querendo ser o maior longa de todos os tempos, apenas nos fazendo rir e contando uma boa história.

Classificação: Bom (4 de 5 estrelas)

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