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O filme “22 de Julho” chega
como um dos postulantes ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mais pela grife de
seu diretor, Paul Greengrass, conhecido da franquia Bourne e de clássicos como Domingo
Sangrento e Voo United 93, por
trazer um tipo de cinema mais imersivo, explorando bem ação e drama, do que
pela própria qualidade de sua produção.
Em “22 de Julho”, Greengrass
apostou em recriar um ataque de um militante de extrema direita que ocasionou
77 mortos e em torno de 200 feridos na Noruega, abalando toda a comunidade europeia.
A explicação para o atentado nada mais é que a diversidade de povos e idiomas
no atual país, despertando uma revolta gigantesca da extrema direita.
Assim, Greengrass aposta no convencional. O primeiro ato do longa traz
toda a reconstituição do ataque, deixando para segunda metade do filme as
consequências do ato, finalizando com o julgamento. Tudo isso em duas
perspectivas, de um lado o monstro (Anders Danielsen Lie), que cometeu tal ato,
e do outro um sobrevivente (Jonas Strand Gravli).
O maior acerto do diretor, sem dúvida, é dar o mesmo tempo e tipo de
abordagem aos dois lados. Apesar de se tratar de um assassino, o terrorista
ganha bastante destaque na tela, tentando convencer seu advogado, o júri e o
espectador de que seu ataque tinha fundamento.
Entretanto, o filme não vai muito além disso, pois em seu decorrer
percebemos que o bom continua sendo bom, e o mau continua sendo mau. Resumindo,
apesar de conter um tema relevante, “22
de Julho” bate no lugar comum, trazendo poucas novidades ao cinema.
É um filme bom, mas não vejo o porquê de tantas apostas ao Oscar de
Melhor Filme Estrangeiro. De qualquer modo, é melhor aguardarmos.
Classificação: Regular
(3 de 5 estrelas)
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