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Julie
Andrews encantou o mundo em 1964, na adaptação do conto da australiana P.L
Travers, em um filme da Disney. Muitos classificam "Mary Poppins" como algo grandioso,
misturando músicas marcantes, pessoas reais e animações.
Após
50 anos, a Disney permanece em querer remontar o clássico, como uma sequência
do primeiro filme, se passando 20 anos depois. Para isso, o papel da
protagonista fica neste momento a cargo de Emily Blunt.
Agora a história foca em Michael e Jane Banks (Ben
Whishan e Emily Mortimer), as crianças que viram Mary Poppins na primeira
versão em 1964 e que agora são adultos. Michael Banks tem dois filhos, e perdeu
a esposa recentemente, sua irmã tenta ajudá-lo como pode, mas ela parece está
no filme apenas para fazer par romântico com Jack (Lin-Manuel Miranda), o
acendedor de poste, que na primeira versão era interpretado por Dick Van Dyke.
O enredo é muito simples e cheio de lições
intermináveis de moral, tudo girando em torno da família Banks conseguir achar
um documento essencial para não perderem a casa. Eis que surge a babá gloriosa
vindo dos céus, Mary Poppins.
A
utilização das três crianças, que são cuidadas por Poppins, nessa versão, só
está ali para um objetivo: fazer o público chorar em cenas, que extrapolam a
emoção gratuita. Outro problema é a participação da excelente atriz Meryl
Streep, que aparece aqui em apenas uma cena, e não tem função nenhuma para a
história. Mas quem extrapola na atuação caricata, é o chato e
irritante dono do banco, William Wilkins, interpretado pelo ator Colin Firth.
A
versão original de Mary Poppins sempre será lembrada como um dos maiores
musicais já produzidos, isso não há como negar. Mas o filme atual não traz nada
de novo, exagerando ao máximo a referenciar o passado. O único acerto do longa
é a escolha de Emily Blunt como a protagonista, pois ela consegue, ao mínimo,
trazer um charme e segurar a atuação pífia do restante do elenco.
A
função principal de um musical é fazer uma história composta por canções, que
auxiliem no andamento da história, desenvolvendo os personagens, e ficando
memorável pra vida toda. E com certeza, “O Retorno de Mary Poppins” não
é um desses musicais.
Classificação: Ruim (1 de 5 estrelas)
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